O momento do Cruzeiro, financeira e desportivamente, não é dos melhores. Não à toa, em pleno o sábado de Aleluia (3 de abril, neste ano), feriado santo da Igreja Católica, um grupo de torcedores do clube manifestaram contra o presidente Sérgio Santos Rodrigues e, assim como manda a tradição, queimaram “Judas” – conhecido como traidor e que é anualmente “malhado” na Semana Santa.
No protesto, a figura de “Judas” foi associada ao atual presidente do Cruzeiro, e o grupo de torcedores queimou um boneco que tinha como rosto uma foto de Sérgio Santos Rodrigues. A manifestação ocorreu na antiga sede administrativa da Raposa, no bairro Ouro Preto, na Região Sul de Belo Horizonte.
Um dos motivos do protesto é a má fase do time, mas também tem forte ligação com a atual relação entre o presidente celeste e os torcedores do Cruzeiro. Além de dívidas com o elenco, o dirigente da Raposa foi alvo de críticas algumas vezes durante a última semana, em razão de aglomerações durante a pandemia de Covid-19 – Sérgio Santos Rodrigues promoveu uma “pelada” na Toca da Raposa II e, também, foi visto em Capitólio, no interior de Minas Gerais, com um grupo de amigos.
Ainda, o caso Cacá, que veio à tona na última quinta-feira (1), indignou muitos torcedores. Em vídeo que circula na internet, o grupo de torcedores, além de chamar o atual presidente de Judas, pede a renúncia de Sérgio.
— Estamos queimando o Judas do presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues. É um protesto da torcida contra esse presidente que não faz nada pelo nosso time. Aí está a queimação do Judas em frente a sede da Rua Timbiras para todo mundo ver a indignação da torcida do Cruzeiro com esse presidente. É isso que nós queremos, que ele renuncie e saia da presidência do Cruzeiro. Ele não serve para administrar o nosso clube. É um protesto da torcida que quer ver o time subir para a Série A do ano que vem, porque com esse presidente a gente não sobe não.
Até o momento, o Cruzeiro não se manifestou sobre o caso.
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