15 de março de 2020. Essa foi a última vez em que o Cruzeiro esteve em campo. Já se foram dias e meses sem futebol e, neste período, o clube se reformulou. Alguns jogadores deixaram a Toca, outros retornaram e, ainda, teve aqueles que vestiram a camisa celeste pela primeira vez na apresentação ao torcedor e imprensa. Uma verdadeira reformulação da equipe, principalmente devido as questões financeiras do clube.
O time reestreará neste domingo, às 11h, no Mineirão, contra a URT. E, daquele elenco que esteve em campo contra o Coimbra, último jogo da equipe antes da paralisação, pouco se deve repetir. Além de jogadores que deixaram o elenco, como Edílson e Robinho, por questões financeiras, e Éverton Felipe e Jonathan Roberth, que voltaram aos seus clubes, velhos conhecidos do torcedor retornaram ao Cruzeiro, como Patrick Brey e Henrique, e algumas promessas chegaram.
Os reforços apresentados foram o meia Régis, o lateral-direito Raul Cáceres, o lateral-esquerdo Giovanni, o meia atacante Claudinho e o atacante Guilherme. Ainda, algumas ‘crias da casa’ subiram ao profissional e devem ser importantes peças neste momento do clube, visto que podem render bons frutos na competição e se destacarem, podendo até gerar retorno financeiramente ao Cruzeiro no futuro.
Apesar dos inúmeros reforços, Edílson pode fazer falta na temporada, e mesmo na reestreia contra a URT. Isso porque o jogador vinha sendo importante para o clube no início de 2020 e apesar de Raul Cáceres chegar firme para preencher essa carência, a experiência do lateral-direito pode fazer falta ao elenco.
A atenção e responsabilidade da partida tende então a cair sobre os ombros do goleiro e ídolo celeste Fábio e do atacante Marcelo Moreno. O volante Henrique será outro protagonista celeste neste recomeço de temporada, mas, a princípio, não poderá reforçar a Raposa, em campo, contra a URT, devido a recuperação em razão de um acidente de carro sofrido. Léo seria outro importante personagem nesse retorno aos gramados, mas desfalca o time celeste após testar positivo para Covid-19, e deve ser substituído por Marllon.
Em contrapartida, a juventude do elenco pode ser crucial para levar a equipe celeste a classificação para as fases finais do Campeonato Mineiro, a considerar velocidade, entrega em campo e até mesmo a velha vontade de “mostrar serviço”.
Alguns deles foram destaques antes mesmo da parada do futebol e, tendo em vista a reformulação celeste, podem ganhar ainda mais espaço ao longo da temporada e continuar mostrando bom futebol, como Maurício, Thiago e Jadsom. Além disso, há uma expectativa em torno da estreia do reforço Claudinho, de 19 anos. Vindo da Ferroviária, o meia atacante se destacou na Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Neste embate entre experiência e juventude, o técnico Enderson Moreira, também novidade durante a paralisação, pode dar ritmo ao elenco e criar um time ofensivo, característica fundamental para o clube na sequência da temporada. E mais ainda nessa reestreia no Campeonato Mineiro, já que o clube precisa vencer para continuar a depender somente de suas forças na competição.
Olho nele
O recém- promovido ao elenco profissional Stênio, de apenas 17 anos, deve figurar entre os titulares. O jogador, visto como uma joia da base celeste, tem como ponto forte a habilidade com a bola nos pés e a capacidade de se desvencilhar do marcador em um confronto “mano a mano”.
Quem for vê-lo em campo, pode esperar boas jogadas. A lembrança de outro atleta vindo da base tende a vir à tona: a de Ronaldo. O atleta também estreou como profissional celeste no Campeonato Mineiro, mas ainda mais novo que Stênio. Ronaldo, futuramente chamado de Fenômeno, tinha, na época, 16 anos. Será que as semelhanças param por aí?
Invencibilidade
Se dependesse somente do histórico do confronto no Campeonato Mineiro, a Raposa entraria em campo mais tranquila quanto ao resultado. Isso porque o Cruzeiro nunca perdeu para a URT na competição. Dos 23 jogos disputados pelo estadual, o time celeste venceu 19 e empatou quatro.
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