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‘Nacho não era nem para ter viajado’, diz Cuca sobre desgaste contra Bahia

'Nacho não era nem para ter viajado', diz Cuca sobre desgaste contra Bahia
Foto: Pedro Souza/Atlético

O Atlético-MG perdeu para o Bahia na noite dessa quarta-feira (4) por 2 a 1, quebrando uma invencibilidade de 10 jogos. Porém, o resultado ruim não foi suficiente para eliminar o Galo na Copa do Brasil, já que o placar agregado terminou em 3 a 2 para o lado alvinegro. Ao final da partida o técnico Cuca, em entrevista coletiva, falou sobre o desgaste que a equipe com viagens e jogos em sequência.

— Não serve de desculpa, mas os jogadores como o Zaracho, Nacho, Nathan, Arana, que estão fora, fazem muita falta. Ontem atrasou muito a viagem, a gente chegou aqui praticamente meia noite, uma viagem desgastante faz uma diferença. O adversário sair num abafa grande, conta com a sorte de falharmos no primeiro gol, muda tudo. O Bahia passa a ter uma confiança maior e, para nós, fica um jogo muito perigoso. Faltou luz numa parte, seguiu-se no primeiro tempo e nesse tempo tomamos o segundo gol. Então, não adianta, no meio tempo, rasgar com um jogador, brigar com o árbitro, não é isso que nós fizemos, arrumamos o que tinha para arrumar com conversa e mudanças, o segundo tempo foi bem melhor.

O Nacho, que, se fosse levar ao pé da letra, não era nem para ter viajado. A gente trouxe ele por, numa necessidade, ter que por para jogar, porque não se sabe o que o jogo vai apresentar e ainda bem que trouxemos, porque ajudou também a mudar o panorama do jogo e, apesar da derrota, fizemos um segundo tempo bom em relação ao que jogou no primeiro”.

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Em fase iluminada, o “salvador” do Atlético-MG, mais uma vez, foi o atacante Vargas, que, assim como na partida contra o Athletico no final de semana pelo Campeonato Brasileiro, entrou no segundo tempo e marcou o gol que garantiu a “vitória” alvinegra. Cuca vê o jogador recuperando a sua forma após ter tido Covid-19 e já aponta possível titularidade no próximo jogo, contra o Juventude no domingo (8), pelo Brasileirão.

Vargas
— O Vargas está readquirindo a sua forma, vem de Covid recente, tem entrado gradativamente em tempos maiores, entrou em dois meio tempos, daqui a pouco está na condição de, na necessidade, jogar uma partida inteira. Entrou bem, a exemplo do que tinha feito contra o Athletico, hoje foi um dos responsáveis pela mudança de atitude, principalmente, que nós tivemos na segunda etapa.

Ainda falando sobre a derrota, Cuca viu o Bahia impor um ritmo muito intenso no primeiro tempo e falha defensiva no primeiro gol como decisivos, mas disse que o adversário não conseguiu manter a mesma intensidade na segunda etapa, em que o Atlético-MG cresceu e conseguiu marcar um gol.

— O Bahia, no primeiro tempo, impôs um ritmo muito forte e não conseguiu colocar esse ritmo no segundo tempo, nós imprimimos um ritmo forte na segunda etapa, não encontramos esse ritmo no primeiro. Poderíamos até ter empatado e virado o jogo pelas ocasiões que tivemos no segundo tempo, mas é um jogo diferente, não é um jogo do Campeonato Brasileiro, que vale os três pontos e você tem que ganhar, é um jogo diferente em que o adversário teve a eficácia, jogou melhor, mas contou com a sorte de nós falharmos no primeiro gol e aí muda tudo, fica por um gol. Encontraram o gol numa jogada pela esquerda, com um cruzamento, numa jogada bonita e nós, no intervalo, mudamos a equipe em três peças e os que entraram ajudaram bastante a equipe a fazer um jogo diferente e bem melhor que na primeira etapa.

O Atlético-MG entrou para a partida com três volantes — Allan, Jair e Tchê Tchê — que não conseguiram parar o ataque do Bahia nem armar as jogadas de ataque da equipe. O técnico Cuca explicou que optou por colocar Sasha na armação, mesmo atuando como segundo atacante, mas reconhece que não foi uma boa atuação dos homens de meio de campo do Galo.

— Não se trata de escolhas, se trata de ter o jogador para um tempo de jogo, ele (Vargas) tem o tempo determinado para entrar, porque está em processo de transição de volta da Covid e se preparando dentro dos próprios jogos. Quem sabe no próximo jogo ele já tenha uma condição de um tempo maior, como é o caso do jogo do Juventude. A armação, nós tínhamos jogadores, Jair, Allan e Tchê Tchê armam, o Sasha vindo de trás arma, não foi o jogo deles hoje, acontece, não é por causa disso que vão perder a nossa confiança.

Por fim, Cuca disse que tira o jogo contra o Bahia como lição para os próximos jogos mata-mata, em que terá as quartas de final da Copa do Brasil e Libertadores (contra o River Plate).

— Hoje, nós perdemos em um momento que podíamos perder. Lógico que não é bom, ninguém gosta, mas perdeu-se em um jogo de 180 minutos, venceu-se por 3 a 2. Então, passou-se a frente a equipe que mais gols fez, que menos tomou e agora estamos entre os oito. Agora fica um momento de aprendizado muito grande, porque em alguma situação, um primeiro tempo ruim como a gente faz assim, pode ser que não se reverta mais.

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