Campeonato Brasileiro

Dado Cavalcanti concorda com atuação ruim da equipe e fala sobre o desgaste físico dos jogadores: ‘O nível de performance foi muito diferente, muito longe do nosso ideal’

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia teve sua primeira derrota no Brasileirão após perder por 1×0 para o Internacional, neste domingo, em Pituaçu. Na entrevista após a partida, o técnico Dado Cavalcanti foi questionado sobre o desempenho da equipe e as dificuldades físicas dos atletas.

“Concordo com tudo. Essa nossa equipe foi muito ansiosa no jogo de hoje, o nível de performance foi muito diferente, muito longe do nosso ideal. Entendo também que nós entramos com uma formação que eu entendo como a ideal, repetindo, jogando com um pouco mais de entrosamento, mas, em repetição de escalação também traz desgastes. Nós temos aí uma sequência absurda de decisões desde Copa do Nordeste a Sul-Americana e hoje não foi diferente, com períodos muito pequenos de recuperação de um jogo para outro. Tem um momento que alguns jogadores sentem mais do que outros. Hoje foi isso”, disse.

Dado reafirmou a questão física dos seus jogadores, admitiu que foi uma das piores atuações da equipe no seu comando, e não negou que a atuação individual e coletiva da equipe deixou a desejar. No entanto, espera não repetir o erro nas próximas partidas.

“Nós fomos bem abaixo. Eu entendo que nossa equipe é muito intensa, é uma equipe agressiva, que marca alto e todas essas variáveis existe um motor primário. A intensidade necessita de uma melhor condição inicial de nossos atletas. Hoje não tinha ninguém 100% em campo. Talvez dois jogadores, que estavam cem por cento zerados eram o Juninho e o Matheus Teixeira. O Daniel, mesmo ficando fora por dois jogos, teve um problema na coxa e passou por um período de recuperação. Individualmente tivemos uma noite ruim, coletivamente não fomos efetivos, não tivemos a organização necessária para usufruir disso e as peças que entraram também foram contagiados por um momento ruim, Jogos assim acontecem. Esperamos ter a maturidade suficiente para entender o que aconteceu hoje e lógico, não repetir mais”, afirmou.

O treinador preferiu não enaltecer as fragilidades.

“Não é por causa da derrota que vamos enumerar fragilidades. Particularmente não falo isso. Em triunfos falei as fragilidades. Não vou enaltecer porque perdemos o jogo. Temos fragilidades, sim. Vamos buscando evoluir para que as fragilidades não nos façam perder pontos preciosos”, disse.

Sobre o pênalti polêmico, Dado se indigna sobre a decisão do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães e a falta de revisão do VAR.

“Revi o lance, particularmente não entendo como pênalti. A única coisa que faltou foi o Matheus Teixeira sair da frente. Ele faz o movimento para o lado, tira o corpo, tira as mãos, e o jogador tromba. Da próxima vez, ele vai ter que sair do meio para que o jogador passe, estender um tapete vermelho, talvez. Essa é minha opinião. Também estranhei o fato de o VAR não ter chamado o árbitro. Acho que foi muito duvidoso. Valeria uma revisão na cabine do VAR para decidir. Enfim, paciência”, respondeu.

O técnico também foi questionado sobre o desempenho do time quando teve um jogador a mais. O Internacional também teve jogadores expulsos no confronto contra o Fortaleza na rodada anterior e o Vitória pela Copa do Brasil, mas saiu derrotado nessas ocasiões.

“Enredo é o mesmo, mas o time é outro, o comportamento diferente. Jogo passado, o Inter, com um a menos, fez uma linha de cinco atrás, sobrou muito espaço para finalizações. Hoje foi o contrário. O enredo é o mesmo, mas a caracterização do jogo é diferente. Mas não me escondo e não passo pano. A nossa performance não foi das melhores”, disse.

O técnico falou sobre os laterais e a busca por reforços da equipe:

Não é por hoje, não vai ser por ontem nem por amanhã. Conversas acontecem há bastante tempo. Esperamos chegada de reforços, quem sabe nas próximas semanas, até o final do mês, a gente tenha notícias positivas para reforçar ainda mais o grupo porque o campeonato é longo.

O próximo jogo do Bahia será na próxima quinta-feira (17), contra o Ceará, pela quarta rodada do Brasileirão. As equipes irão se reencontrar após a final da Copa do Nordeste. O técnico falou sobre esta crescente rivalidade entre os times,

“Acho que é a maior rivalidade. São as duas equipes que fizeram as duas últimas finais da Copa do Nordeste. Entendo sim que há uma rivalidade entre as equipes, existe uma disputa nessa condição”, afirmou

Outros trechos da entrevista de Dado:

Bahia x Liberdade de Patrick do Inter

“Discordo da liberdade. Patrick ganhou todas as disputas porque ele ganha as disputas. Dificilmente ele perde. Nos confrontos físicos, ele é absoluto. Tentamos sair um pouco dele na fase ofensiva para não buscar essas disputas. Discordo da condição qeu ele tenha jogado só. Ele passou por cima dos marcadores que chegaram próximo a ele”

Performance e demora na substituição de Rodriguinho

“É um jogador decisivo, que já resolveu vários jogos. A presença dele em campo traz sempre expectativa que possa resolver. Entendo que ele hoje não teve performance tão efetiva. É um jogador que vem sofrendo muito com a sequência, não é nenhum garoto mais. Recuperação que não é total traz resquício de um jogo para outro. Esse acúmulo traz um peso maior”

Verticalidade e efetividade das finalizações

“Jogo vertical faz parte de nossa proposta. Hoje não fomos bem, não fomos efetivos. Individualmente erramos muito. Finalização de fora é muito a característica individual dos atletas que estavam em campo. Não foi um jogo limpo, proveitoso. Hoje nossa performance foi bem abaixo dos padrões do Bahia”

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