Repatriado pelo São Paulo no ano passado, Daniel Alves vinha sendo a referência técnica do time em 2020, antes da paralisação por conta da pandemia de Covid-19. Em entrevista ao canal de Zico no Youtube, o camisa 10 Tricolor comentou sua adaptação ao futebol brasileiro, o trabalho de Fernando Diniz e o atual cenário do futebol nacional.
Chegada e adaptação
Daniel Alves falou sobre sua chegada ao São Paulo, abordando as dificuldades encontradas no início de sua passagem, sob o comando do técnico Cuca:
– Não acredito que quando cheguei no São Paulo e estava jogando no meio eu estava fora de sintonia. Mas eu era o cara que tinha sido contratado. Então os caras quase que exigiam que eu pegasse a bola, batesse o tiro de meta para mim mesmo, driblasse todo mundo, driblasse o goleiro dos caras e fizesse o gol. Eu disse: “Desculpa, mas vocês estão equivocados”. Sou um jogador de otimizar quem está ao lado. Sou jogador de servir, de construir e armar.
Questionado sobre sua mudança de posição de lateral-direito para o meio de campo, Daniel Alves não se esquivou:
– Como faz um investimento num jogador que pode ajudar tua equipe ser muito melhor, equilibrada, gerar mais jogo e mais ocasiões de gol, e você coloca ele pregado numa parte desse tamanho do campo (se referindo à lateral)? Se você me colocar num time que não está acostumado a jogar coletivo, de lateral-direito, está cometendo uma loucura.
Confiança e análise
O meia afirmou confiar no treinador Fernando Diniz, bem como na qualidade do elenco do São Paulo. Ele não hesitou em colocar o time do Morumbi em patamar semelhante ao do atual campeão Flamengo:
– Se as pessoas no contexto geral começarem a comprar, torcida, equipe, direção e entre jogadores, o projeto que o Diniz traz com seu estafe, tenho certeza que o São Paulo vai voltar a ser o que era e vai encantar outra vez seus torcedores. Acredito que hoje é a equipe que melhor joga, junto ao Flamengo. Hoje no futebol brasileiro são as duas melhores equipes.
Tirou onda!
Em conclusão, Daniel Alves ainda brincou sobre ter dado canetas em Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo, quando ainda atuava na Espanha:
– Eu sempre falo o seguinte: todos os jogadores que brigam para ser melhor do mundo já levaram caneta minha, né! O Ney no treino, Cristiano no jogo e o Messi no jogo também, quando eu estava no Sevilla – disse, aos risos.
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