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Diniz avalia que Fluminense ‘conseguiu fazer um grande jogo’ no empate com Palmeiras

FOTO: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Depois do seu segundo jogo no comando do Fluminense em 2022, o técnico Fernando Diniz comentou o empate de 1×1 com o Palmeiras, fora de casa, em entrevista coletiva. Na primeira partida pelo Brasileirão, o técnico já fez mudanças táticas no time. Mesmo assim, o Diniz reforçou que o mais importante para ele é o time ser competitivo e, claro, ganhar.

– Eu tenho menos preocupação com as minhas ideias do que vocês pensam, vocês falam muito da parte tática. O que eu quero que eles (jogadores) entendam o quanto antes e vai ser sempre o principal, desde o primeiro dia que eu cheguei e se eu ficar aqui 5, 6 anos, vai ser ter o espírito de competitividade. Eles tiveram, e absorveram quase que de maneira imediata. É isso que faz um time prevalecer sobre o outro, equilibrar as forças, como o caso foi hoje, e ter mais chance de ganhar jogos e ganhar campeonatos. Nesse sentido, acho que foi um resgate daquele Fluminense que fez a final contra o Flamengo, e ganhou de maneira brilhante o campeonato estadual.

O trinador garantiu que a saída de Nathan foi apenas por cansaço. Em relação a Ganso, que saiu aos 19 do primeiro tempo, o treinador informou que não foi nada muito preocupante.

– O Nathan foi cansaço. O Ganso foi um desconforto, mas nada grave, tanto é que ele ficou um pouco no campo, ele bateu um escanteio. Alguma coisa aconteceu mas nada pra gente ficar muito preocupado.

Fernando também admitiu que perda de Paulo Henrique no início do primeiro tempo não foi muito grave para o que tinha planejado para a partida.

– (A saída do Ganso) Não impactou no que eu tinha pensado. Impacta que você perde o jogador mais criativo do time, o cara que tem mais proximidade com o jogo que eu proponho, tanto pela qualidade que ele tem, tanto por a gente já ter trabalhado junto, e que nesse momento estava sendo, até mesmo, o nosso jogador mais decisivo. Mas, da minha proposta de jogar, não mudou absolutamente nada. Os jogadores que entraram foram bem, foi um coletivo muito forte, o time hoje conseguiu fazer um grande jogo, na minha opinião.

O técnico analisou as entradas de Caio Paulista e Fred. Ambos entraram no fim do segundo tempo e participaram do gol de empate do Tricolor. Além deles, Diniz falou de Nonato, que entrou no lugar de Ganso.

– Os dois (Caio Paulista e Fred) entraram muito bem, o Notato também tinha entrado bem no jogo. Todo mundo que entrou, entrou bem.

Diniz valorizou muito o elenco e destacou a coletividade do time.

– O Fluminense tem um elenco muito equilibrado. Já falei outras vezes, além de gostar tem muito jogadores aqui do Fluminense, eu ja tentei levar alguns para clubes nos que eu trabalhei no passado. As mudanças na quarta-feira (Sul-Americana) surtiram efeito, mas repito, não ganhou porque entraram jogadores só, ganhou porque foi um espírito de coletividade muito acentuado, que fez com que a gente fizesse uma grande partida.

Durante a coletiva, o treinador foi perguntado como reagiria caso o resultado tivesse sido uma derrota. Além disso, foi lembrado de sua primeira passagem no Fluminense (2019) e não gostou muito de terem mencionado o tempo que ficou na zona de rebaixamento. Na resposta, até citou Guardiola.

– (o empate) Da tranquilidade pra trabalhar, mas assim… Vocês gostam de citar treinador europeu, vê la a entrevista do Guardiola, vou responder mais ou menos no mesmo tom. Tem que tá preocupado com o que se trabalha, com aquilo que se propõe no jogo. Se tivesse perdido o jogo… É claro que é muito melhor empatar, nós podíamos ter ganho o jogo também, tivemos chances para ganhar, o Palmeiras teve chance pra ganhar. A gente tem que parar de achar que conflita rendimento com resultado, parece que a equipe que tem pouco rendimento vai aumentar a chance de ganhar. Naquela época (2019), imagina se o Fluminense mantém aquele time jogando, como tem o palmeiras há um ano e meio, dois anos? Lembra daquele time? Marcos Paulo, JP (João Pedro), Caio Henrique… Jogadores que ninguém conhecia, e olha como eles tão hoje. Então assim, a gente (Brasil) quer imitar o modelo europeu, mas… 

Fernando disse que não fez nada taticamente especial para enfrentar o Palmeiras, mas que estudou muito os jogos do time. Além disso, ratificou que o Tricolor jogou bem.

Eu acho que eu não fiz nada muito especial pro Palmeiras. A gente avaliou muito o que eles tavam fazendo. É o time que mais passa jogo na televisão, já tinha jogado uma vez contra. A gente analisou bastante, sabíamos os pontos fortes que eles tinham e de uma ou outra deficiência que poderiam ter, mas nada especial. O time (Fluminense) jogou de uma maneira melhor do que na quarta porque teve mais dois dias de treino, a gente se preparou focou muito no jogo e conseguiu criar muitas oportunidades, mas assim, não fiz nada específico pro Palmeiras.

O técnico ainda parabenizou a estrutura do clube.

– Aliás é um time que merece todos os créditos por aquilo que eles tem feitos nessas duas últimas temporadas. É um time que tem um excelente trabalho técnico, tem grandes jogadores, tem um poder financeiro, tem estrutura… Os resultados obtidos até aqui não foram por casualidade, foi por causa do trabalho e mérito de muita gente.

A partida de hoje teve alguns momentos de confusão fora do campo. Ambos treinadores, Abel Ferreira e Fernando, ganharam cartão amarelo. Diniz preferiu não comentar muito sobre o assunto.

– (a confusão) Fica lá dentro do campo, as pessoas fazem o que elas acham que devem fazer, eu faço o que eu tenho que fazer, não me arrependo de nada do que eu fiz no campo. Foi uma coisa que acho que tem que ficar dentro do campo e cada um se manifesta do jeito que quiser. Procuro falar do que aconteceu na partida tecnicamente, não tem nada que eu gostaria de falar a respeito disso.

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