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Dívidas, contratações e planos para o futuro: o dia 82 do mandato de Casares

Dívidas, contratações e planos para o futuro: o dia 82 do mandato de Casares
Fellipe Lucena/saopaulofc.net

Em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, o presidente do São Paulo, Julio Casares, não deixou passar a oportunidade de elucidar uma série de informações importantes a respeito de passado, presente e futuro de seu time do coração. Em 2020, o profissional especialista em marketing derrotou Roberto Natel e, liderando a chapa Juntos pelo São Paulo, assumiu a cadeira presidencial do Tricolor no dia 1º de janeiro. Presente nas arquibancadas do Morumbi desde os anos 70, Casares é são-paulino oriundo da zona leste da capital paulista. O mandatário carrega com orgulho a responsabilidade de estar na linha de frente de um clube que reúne mais de 20 milhões de torcedores.

Além de ter deixado claro que sua alegria jamais havia sido tão grande em se tratando do dia a dia no seu clube do coração em razão da sintonia com Muricy Ramalho, que recentemente adotou o mesmo discurso, o que acabou desmentindo os boatos de intrigas entre os dois, Casares aproveitou mais de 60 minutos de entrevista para explicar diversas circunstâncias da rotina vivida em Cotia, Barra Funda e Morumbi.

Naming Rights

“É um dos desafios mais difíceis. Primeiro que você não tem a cultura dos naming rights no Morubi por conta de uma resistência histórica. Nós até viramos essa página, mas, em razão da crise mundial, os investimentos mais vultuosos acabam sendo repensados. Então esse é um desafio, que merece meses ou anos para ser discutido. Além disso, esta conversa também é algo que depende muito da estabilidade econômica”.

Foi com essa declaração que Julio Casares driblou uma das perguntas pertinentes às cifras são-paulinas atuais. Quando assumiu o cargo de presidente, ele se deparou com um cofre deficitário em cerca de 800 milhões. Para solucionar o problema, o executivo tem apostado na profissionalização:

“É claro que ficamos muito preocupados ao analisarmos compromissos, como direitos de imagem, que, em razão da pandemia, foram ‘jogados’ tudo para março. Também tem as questões de acordos judiciais e outras pendências, então não é um brinquedo de gestão para juvenil. É uma gestão que merece ter atenção, preparo, entrega, responsabilidade e equipe. Quero saudar a profissionalização”, pontuou.

Aquisições

O atual mandatário tricolor assumiu a necessidade da venda de um ou outro atleta do plantel são-paulino, mas não deixou passar as dúvidas referentes às contratações de ídolos e referências passadas.

Um desses nomes foi o do argentino Calleri. Frequentemente colocado em pauta nas janelas de transferências internacionais, o argentino é visto como um sonho distante para Casares. O presidente confia no futebol do atacante, mas, ao mesmo tempo, afirma que as pedidas salariais por seu futebol não condizem com a realidade atual do São Paulo Futebol Clube:

“É um grande jogador, alguém que estará sempre a nível do clube como avaliação. Já conversamos, mas existem pretensões do estafe do jogador que estão muito aquém do São Paulo. Isso (o contato entre as partes) ocorreu há cerca de 40 dias, mas reforço termos conseguido dois grandes recursos: Eder e Willian. Acho que estamos no caminho certo”, ressaltou.

Ainda no campo das contratações, Casares reforçou que o goleiro Jean está à disposição do mercado. Ele também aproveitou para dizer que Borré não faz parte dos planos atuais do clube, a não ser que um grupo de investidores e empresários aceite participar de sua contratação, e ressaltou que Alex, ex-meia do Palmeiras, está chegando ao Sub-20 do Tricolor com uma imersão de dois meses ininterruptos no CT de Cotia.

“Todos conhecem o Alex e o que ele pensa de futebol. Ele é moderno, inovador e gosta de aprender. A aposta na vinda do Alex é a da formação de um técnico. Todos nós acreditamos no potencial do Alex. Ele começa em abril e ficará 60 dias em imersão total em Cotia. Ele vivenciará todas as experiências possíveis nesse dia a dia”, afirmou.

Em paralelo a isso, Casares também afirmou que Kanu, do Botafogo, não teve contratação viabilizada por conta de uma relação financeira-administrativa com o Botafogo, que detém seus direitos. O presidente confirmou a chegada de Benítez, que deve ser o próximo nome a ser devidamente apresentado, e ressaltou que Zetti, ex-ídolo do clube, também deverá chegar para auxiliar na formação dos goleiros do São Paulo.

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