Seleção Brasileira

Do banco para as redes: alterações de Tite renderam quatro gols ao Brasil e acirram disputas por vagas no ataque

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O Brasil garantiu vaga para as quartas de final no fim de semena, após o fim da terceira rodada, na qual nem entrou em campo. Agora, com a vitória sobre a Colômbia, de virada, por 2 a 1, assegurou o primeiro lugar do Grupo B tendo ainda mais um jogo para fazer. A seleção sobra, tem 100% de aproveitamento, mas Tite dá mostras de que ainda não encontrou o time ideal.

                 

Desde que começou a Copa América, Tite indicou que usaria a primeira fase como um laboratório para observar os jogadores. Dos 24 convocados, apenas Felipe e Douglas Luiz não estiveram em campo, enquanto Danilo, Fred, Gabriel Jesus e Neymar foram os únicos titulares nos três jogos da competição. Os testes acontecem em todas as posições, mas o ataque é o setor que houve mais mudanças.

Diante da Venezuela, Neymar e Gabriel Jesus formaram o quarteto ofensivo com Lucas Paquetá e Richarlison. Contra o Peru, Everton Cebolinha e Gabi receberam oportunidades. Já no jogo com a Colômbia, Richarlison voltou ao time e Éverton Ribeiro foi testado. Nenhuma formação agradou, tanto que Tite promoveu substituições no intervalo em todos os jogos.

Coincidentemente o Brasil acabou melhorando a produção ofensiva no segundo tempo. Dos nove gols marcados na Copa América, apenas dois aconteceram na primeira etapa e foram feitos por jogadores de defesa. Marquinhos contra a Venezuela e Alex Sandro diante do Peru.

Outro fator curioso é de que dos sete gols marcados na segunda etapa, quatro foram de jogadores que saíram do banco de reservas, todos atacantes. Gabi sobre a Venezuela, Éverton Ribeiro e Richarlison diante do Peru, e Firmino contra a Colômbia, único que não foi titular nesta Copa América.

A disputa no ataque está em aberto e apenas Neymar tem vaga cativa, já que Gabriel Jesus, mesmo iniciando todas as partidas, ainda não balançou as redes. Além disso, o atacante foi utilizado tanto pelo direito, quanto centralizado, sem ter tido uma grande atuação.

É fundamental que o Brasil produza nos dois tempos da partida. Domingo, contra o Equador, Tite terá a última oportunidade de encontrar o ataque ideal antes do mata-mata. Hoje o treinador tem apenas Neymar, mas o craque pode não ser suficiente para conquistar a Copa América. Diante da Colômbia, o camisa 10 não esteve inspirado como de costume e quando isso acontece, o time sofre. A vitória chegou nos acréscimos, mas pode ser que no futuro próximo não se tenha tempo para conquistá-la.

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