Futebol americano

Do pior time da NFL ao Super Bowl: A redenção do Cincinnati Bengals

Super Bowl
Divulgação/NFL

Há dois anos atrás, o Cincinnati Bengals estava na primeira posição no draft o que quer dizer que a equipe tinha o pior desempenho entre as 32 franquias da NFL. Agora, depois de uma reconstrução, a equipe chega ao Super Bowl, onde não chegava desde 1988.

O PRIMEIRO PASSO DA RECONSTRUÇÃO

Após uma temporada com apenas três vitórias como foi a temporada 2019 dos Bengals, chegava a hora de alguma coisa mudar. Ou de uma mudança radical na franquia. No comando técnico, Marvin Lewis dava lugar a Zac Taylor. E a era de Andy Dalton também chegava ao fim em Cincinnati. Era tempo de novos ares.

NA POSIÇÃO CERTA, NO ANO CERTO

Enquanto os Bengals estavam lutando para conseguir vencer na NFL, no College Football, um nome era unanimidade e encantava todos os scouts das franquias: O quarterback Joe Burrow. Jogando por LSU, o jovem quarterback bateu alguns recordes como maior número de touchdowns em uma temporada com 65 touchdowns e também o maior número de jardas para uma temporada: 6.039 jardas, além de ser o vencedor do Heisman e campeão nacional nesse mesmo ano.

Com todo esse destaque, Joe Burrow ultrapassou outra grande estrela do college, Tua Tagovailoa, e se colocou como a primeira escolha geral do Draft. E, sendo os Bengals o pior time da temporada, era para Cincinnati que Burrow iria levar o seu talento.

Na primeira temporada de Burrow na NFL, ele apresentou as boas armas que já havia mostrado em LSU. Foi o único quarterback da classe a começar como titular já na semana 1. E o jogador estava cotado para ser o Offensive Rookie of the Year, quando rompeu os ligamentos do joelho e acabou a sua temporada.

No lance da lesão, um dos problemas dos Bengals foi escancarado: A linha ofensiva precisava melhorar. E era do draft do ano seguinte que parecia vir a resposta.

E AÍ BENGALS, O QUE VOCÊ VAI FAZER?

Com a lesão de Burrow, o primeiro ano de rebuild dos Bengals estava acabada. Era praticamente impossível que a franquia obtivesse qualquer resultado sem o seu quarterback titular. E isso seria importantíssimo para o futuro da franquia e o sucesso nessa temporada.

Novamente com um ano entre os piores da liga, os Bengals conseguiram a quinta escolha geral no draft de 2021. E, com grandes problemas na sua linha ofensiva, um nome era dado como certo na escolha de Cincinnati: Penei Sewell.

Sewell jogou pela Universidade de Oregon e era tido por muitos analistas como um talento generacional. Seu talento era acima da média e tudo que os Bengals poderiam querer para proteger Joe Burrow. Mas o front office de Cincinnati tinha outros planos.

Em 2019 na temporada mágica de LSU no College, outro nome foi um fator importante para o sucesso de Burrow e do programa: Ja’Marr Chase. E, surpreendendo a todos, essa foi a escolha dos Bengals.

Durante a off season, a escolha de Chase foi muito questionada. Isso porque uma das maiores necessidades de Cincinnati era justamente a posição onde estava disponível o prospecto mais talentoso do draft e o time preferiu selecionar um wide receiver. Mas, isso não quer dizer que o time esqueceu a sua linha ofensiva.

No mesmo draft, foram 3 offensive linemans escolhidos: O center Trey Hill, os offensive tackles D’Ante Smith e Jackson Carman, e ainda adicionou mais alguns nomes durante a free agency.

Nenhum dos nomes da OL de Cincinnati possui o talento de Sewell, mas, após a temporada de Ja’Marr Chase, que é um dos favoritos ao prêmio de offensive rookie of the year, a escolha do WR parceiro de Burrow em LSU não é mais questionada.

NOVOS ARES NA DEFESA

Além do ataque ter sido reforçado, a defesa ganhou novos nomes: o EDGE Trey Hendrickson foi uma das grandes aquisições do time e responsável por 16,5 sacks no ano, contando temporada regular e pós – temporada.

Além de Hendrickson, outro nome que fez sucesso na defesa foi do cornerback Eli Apple. O controverso defensor adicionou qualidade a secundária dos Bengals e foi muito importante para a caminhada até o Super Bowl. A dupla de safeties Vonn Bell e Jessie Bates III também foram fundamental para essa caminhada, como por exemplo no AFC Championship Game, quando foram responsáveis pela interceptação de Patrick Mahomes na prorrogação:

BENGALS UNDERDOGS

No começo da temporada, pouca gente apostava nos Bengals chegando no Super Bowl. Isso porque além de Burrow estar retornando de uma grave lesão, o time ainda possuia muitos buracos. A linha ofensiva, apesar de ter recebido reforços, ainda permitia muita pressão em Burrow. A defesa, não era explosiva o suficiente.

Mas, ao longo do ano, Zac Taylor foi fazendo essa equipe evoluir, a ponto de chegar ao Super Bowl. Agora, como no restante do ano, os Bengals são os underdogs, a zebra. Será que conseguirão repetir a história de sucesso que começou lá em 2019?

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo