Seleção Brasileira

Com dúvidas sobre Neymar, Tite aposta em Everton Ribeiro e xará Cebolinha para abrir retranca em estreia do Brasil nas Eliminatórias

O Brasil estreia diante da Bolívia, nesta sexta-feira, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. E para dar o primeiro passo visando a conquista do hexacampeonato mundial no Catar, em dois anos, Tite pode não ter a ajuda de Neymar. O principal nome da Seleção Brasileira sentiu dores na lombar durante o treino da última quarta-feira e é dúvida para o duelo na Neo Química Arena – que o Esporte News Mundo transmite, em tempo real, a partir das 20h. Com isso, o treinador deve ter uma dupla de xarás no time inicial.

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Caso Neymar não reúna condições de começar a partida em São Paulo, Tite irá com Everton Ribeiro na esquerda, na faixa de campo que seria ocupada pela estrela do Paris St-Germain, e Everton Cebolinha na direita. Assim, o time titular, confirmado pelo treinador em coletiva nesta quinta, terá Weverton; Danilo, Marquinhos, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Casemiro e Douglas Luiz; Everton, Coutinho e Neymar (Everton Ribeiro); Roberto Firmino.

A escolha pela inversão do posicionamento da dupla de “Evertons” em relação a como ambos atuam em Flamengo e Benfica, respectivamente, carrega algumas explicações.

O técnico de 59 anos justificou que, com o canhoto Everton Ribeiro e o destro Everton atuando com seus pés dominantes abertos, busca “alargar o campo” e permitir mais “infiltrações” pelo centro. E a necessidade deste movimento está no, não muito longínquo, último encontro entre Brasil e Bolívia, na Copa América de 2020.

Na oportunidade, que também tratou-se de uma estreia, o Brasil sofreu com a retranca boliviana no primeiro tempo, no Morumbi. O time da casa só conseguiria furar a defesa adversária em cobrança de pênalti no início do segundo tempo, após toque de mão. Com o placar aberto, a equipe brasileira construiu a vitória por 3 a 0 ao longo da etapa final.

Eduardo Villegas, à época treinador da Bolívia, não está mais no cargo – agora ocupado pelo venezuelano César Farias. A postura defensiva, no entanto, deve se repetir. Assim, Tite busca com o trio Everton Ribeiro, Philippe Coutinho e Cebolinha, mais Roberto Firmino à frente e o apoio de Renan Lodi pela esquerda, igualar numericamente a quantidade de atacantes diante da provável numerosa retaguarda boliviana.

A outra justificativa é mais simples: o plano não é ter meia do Flamengo na esquerda, e sim, “forçar” Everton, ex-Grêmio, na direita. Não é segredo que Tite vem com dificuldades em encontrar um titular pelo lado do campo contrário ao que pertence a Neymar. Richarlison, Coutinho e Willian foram testados por ali, mas nenhum justificou sequência. Gabriel Jesus, ao longo da Copa América, entregou gols e boa recomposição defensiva, mas a criação por aquele lado ficava à cargo de Daniel Alves, que não está mais no elenco.

A intenção de Tite é sempre que pontas e laterais se complementem. Um Neymar cada vez mais armando por dentro (o que serve para Everton Ribeiro, desde sempre um meia-atacante aberto), é o match perfeito para Renan Lodi, lateral-esquerdo agressivo dono de bom cruzamento. Na direita, o contrário: Everton Cebolinha é o cara amplitude, da linha de fundo, enquanto Danilo terá o papel de se aproximar de Douglas Luiz e Casemiro. No banco, o lateral-direito reserva, não por acaso, será Gabriel Menino, volante de origem.

RETROSPECTO FAVORÁVEL

O Brasil tem ampla vantagem no confronto com a Bolívia. Foram 30 jogos, com 21 triunfos brasileiros, cinco vitórias do time boliviano e quatro empates. Em estreias em Eliminatórias, a Seleção Brasileira tem seis vitórias, cinco empate e apenas uma derrota – a última, em 2015, diante do Chile. Nesta quinta-feira, a equipe canarinho debuta pela primeira vez na história na competição em território nacional.

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