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Em coletiva, Braz afirma que demissão de Dome nunca foi discutida

Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, concedeu entrevista coletiva na tarde desse sábado, diretamente de Guayaquil, no Equador. Como não poderia ser diferente, o tema mais abordado foi a goleada sofrida na última quinta-feira e a situação do treinador Domenec Torrent.

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– O Dome está dentro de um planejamento nosso, inclusive já temos o planejamento para o jogo contra o Palmeiras. Em nenhum momento foi discutida a saída de Dome. Aqui está quem manda, que é o presidente Landim. Tem pessoas importantes da diretoria. Fizemos reuniões. Em nenhum momento foi pensado na saída de Dome.”

CONFIRA TRECHOS DA COLETIVA:

Goleada no Equador

– O Flamengo não pode perder de 5 a 0 só na Libertadores, é numa final do mundial, libertadores, brasileiro. Todas as pessoas da diretoria têm a dimensão da derrota. As derrotas às vezes acontecem, mas existem derrotas e derrotas. Essa, de 5 a 0, dá um desconforto, mas passou. A gente tem que analisar daqui para frente. Talvez até pedir desculpa em função do resultado.”

Domenec corre risco em caso de derrota

– Eu não vou fazer análise em cima de derrota, faz planejamento. Eu acho que deu certo, desconfio que deu certo os planejamentos que estão sendo feitos. Até agora eu não vou falar ah se perder de 5, se ganhar de 5, isso não é o momento”.

Candidato a vereador

– Eu fui Secretário de Esportes do Rio dentro do ciclo olímpico, fui vice da Suderj, sempre tive passagens pela política. Em nenhum momento afirmei que seria candidato. Pode conciliar? Acho que sim. Mas nada tem a ver com a minha decisão.

Clima dentro do vestiário

– O vestiário sempre esteve unido, não teve nenhum problema interno. Os jogadores têm uma relação muito boa. Claro que num grupo de 30 jogadores, isso existe em qualquer lugar. Entre 4 ou 5 tem uma relação mais forte, com outros pode ser menos. Mas isso não quer dizer que não tenha respeito ou companheirismo. Relação do Dome com o elenco é boa.

Manifesto do grupo político Fla-Flut, grupo apoiador de Landim

– O que eu posso falar é o seguinte: quem tem que resolver isso é o integrante do Futebol com o seu grupo. Não foi externado para mim qualquer desconforto com o técnico. Como sou do mundo da política, vou dar uma sugestão: ou o grupo tira o Dekko ou o Dekko tira o grupo. Aceito críticas e desconforto de todo mundo, aqui a gente nunca deu banana para torcedor. A gente sempre respeitou”.

Reação do Dome após a goleada

– Lógico que ele mostrou um descontentamento, ele dentro do vestiário estava louco, dizendo que isso nunca aconteceu com ele, pelo menos ele não se lembrava. Essa palavra (tranquilo) nunca pode ser colocada depois de uma entrevista de 5 a 0. Mas a gente precisa caminhar, a gente precisa entender que a gente precisa reverter esse quadro e ir para frente. Essa diretoria não tem compromisso com a derrota e nem vocação para ela.

Jogadores tem culpa pelo atual momento?

– A parcela de culpa é igual a da diretoria. É tudo igual.

Relação com BAP

– Eu posso falar que já tiveram momentos piores. Estamos aqui há 5 dias, ele tem uma participação importante(no futebol), na parte de construção de orçamentos. É uma pessoa importante e tem o seu tamanho na diretoria. A relação é institucional, é cordial. E isso é o que interessa para o Flamengo.

Influência da politica do clube no futebol

– Eu não vejo muito esse problema político dentro do clube, não vejo isso. Isso não tem nada a ver com problema político, pelo menos no meu ponto quem faz política aqui dentro é o presidente Rodolfo Landim

Saida de jogadores do atual elenco

– Os jogadores estão para sair há bastante tempo (risos). Um vai para o Benfica, o outro para não sei onde. E eles continuam aí e, inclusive, perderam de 5 a 0. Esses jogadores têm multa rescisória acima de 40, 50 milhões de euros. E até hoje não teve nada. Lá em Portugal tem gente animada para levar futebol, os árabes também…

Volta do público nos estádios

– O grande ator desse processo todo é o público. Vai um pouquinho na contramão da essência do futebol a gente não ter público. Desde que tenha segurança. Tendo segurança, pode ter público. Então acho que o Andrés está errado, a preocupação dele tem que ser a segurança de quem vai ao estádio. Não é por aí.

Flamengo pode render mais com público?

– Eu não tenho dúvidas. Não quero dizer que 100% para não acharem que dou desculpas. Mas é outra atmosfera. Ainda mais com a torcida do Flamengo, que cobra, fica em cima, ela bota todos que estão dentro do processo numa situação mais desconfortável para que a gente possa ter o êxito

Impacto da derrota no planejamento

– Lógico que tem analise em cima disso. Mas o impacto em cima do que estava planejado para Guayaquil é zero. Por quê? Porque estamos aqui a oito horas de casa, então impossibilita algumas análises. Quando falei da derrota, é claro que a derrota em si tem impacto. Foi 5 a 0, foi a maior derrota do Flamengo na Libertadores. É claro que a gente acende um alerta, todo mundo fica desconfortável.

Empenho dos jogadores

– Quando eu falo que os jogadores tiveram empenho, é o empenho possível de jogar na altitude. Isso não é desculpa. Mas também chegar e não falar dos mais de 2 mil metros, isso não é brincadeira”. Quando existe um acontecimento que não é esperado, e perder de 5 a 0 não é esperado, a gente faz algumas análises. Mas não vou passar essa análise para vocês. O que eu posso falar é que a programação está feita até terça-feira, e é assim que a gente trabalha. Não temos compromisso e nem temos vocação para a derrota

Conversa com os jogadores

– Não teve conversa direta com o elenco. Mas vamos ficar muito tempo juntos. A gente vai ter cinco dias depois do resultado de 5 a 0. Todos estão trabalhando aqui. Não dá para entender. Eu não quero que a torcida entenda derrota de 5 a 0. Muitas vezes nem eu entendo.

Contratação de um novo goleiro

– Quem tem que comunicar isso é o treinador de goleiros. Não fui comunicado. Mas tenho confiança em todos os atletas profissionais aqui. Minha confiança é em todos

Conversa com Gabigol após jogo contra o Fortaleza

– Se ele quisesse externa ele teria dado entrevista. Ele saiu acho que estava insatisfeito porque só fez um gol, acho que porque queria mais tempo para jogar. A relação dele com o grupo é maravilhosa, com a diretoria. Ele está sempre solícito. Não me da trabalho nenhum.

Permanencia Diego Alves

– Trabalhamos em cima de todas as renovações, estamos trabalhando em cima dessa. Mas cada hora tem um problema, tem viagem. No meio desse processo tivemos que viajar para trazer o Isla. O Diego Alves é prioridade nossa, tenho que falar nisso. A gente acredita que vai resolver isso aí. Não é ordem de prioridade, “ah que o atleta tal renovou primeiro…”. É porque tem que renovar um por um, depois que renova com um passa pro outro. Sistematicamente estamos falando com o empresário dele e acho que não vamos ter problema nenhum

A equipe rubro-negra permanece no Equador para o próximo confronto. Na próxima terça-feira, o Flamengo enfrenta o Barcelona, em Guayaquil, em Quito, que fica no nível do mar. O Rubro-Negro é o segundo colocado do Grupo A, com seis pontos.

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