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Em nota oficial, CBF explica confusão na arbitragem de Ceará x São Paulo: “comunicação paralela prejudicou a conversa entre Árbitro e VAR”

Foto: Kely Pereira/AGIF

Na noite dessa última quarta-feira (25), o Ceará empatou em 1×1 com a equipe do São Paulo, na Arena Castelão, pelo Campeonato Brasileiro Série A. O fato de maior destaque na partida, porém, foi uma confusão protagonizada pela arbitragem. Pablo, impedido, marcou o gol que seria o segundo do São Paulo. Inicialmente, o bandeira acertou e anulou o tento. O Árbitro de Campo, após isso, ouviu o VAR e confirmou o gol do time paulista. Depois do centro ser batido e já com o jogo em movimento, o Juiz do confronto mandou os atletas esperarem e, em seguida, retirou o gol que havia confirmado, o que vai contra às regras do esporte.

Na noite desta quinta-feira (26), a CBF divulgou uma nota oficial da Comissão Nacional de Arbitragem explicando a ordem dos fatos e o ocorrido que causou todo o problema. Confira a nota a seguir:

“Após a análise dos áudios e imagens da cabine do VAR e dos fatos ocorridos na partida entre Ceará Sporting Club e São Paulo Futebol Clube, realizada nesta quarta-feira (25), pelo Campeonato Brasileiro da Série A, a Comissão Nacional de Arbitragem esclarece a cronologia dos acontecimentos que levaram à anulação de gol do São Paulo Futebol Clube:

1 – Importante registrar que, inicialmente, a arbitragem de campo, diante do lance concluído, marcou impedimento do atacante do São Paulo, invalidando o gol.

2 – Após a primeira checagem da jogada de ataque do São Paulo, o árbitro de vídeo informou tratar-se de lance legal, o que fez com que o árbitro central validasse o gol para a equipe visitante de forma factual, ou seja, sem necessidade de ir até a área de revisão.

3 – Constatado que haveria mais um lance a ser revisado, o árbitro de vídeo imediatamente iniciou este segundo procedimento de checagem, momento em que solicitou ao árbitro central que aguardasse o processo ser concluído para, aí sim, determinar o reinício da partida.

4 – Acontece que uma comunicação paralela, mantida entre o árbitro central e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, prejudicou a comunicação que vinha sendo mantida entre o árbitro de campo e o VAR. E fez com que o árbitro central não ouvisse a solicitação da cabine do VAR e autorizasse o reinício da partida.

5 – Imediatamente o VAR alertou ao árbitro, que interrompeu a partida para que o procedimento de checagem, que já estava em curso antes do reinício, fosse concluído.

6 – Por fim, o VAR comunicou ao árbitro central que o lance que deu origem ao gol foi ilegal e que, portanto, deveria ser mantida a decisão inicial da arbitragem de campo, que invalidou o gol de forma correta.

Diante do ocorrido, a Comissão Nacional de Arbitragem facultou aos clubes envolvidos na partida a possibilidade de comparecerem à sede da Confederação Brasileira de Futebol para os esclarecimentos que se façam necessários.”

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