Futebol Internacional

Empresários ligados a Jorge Jesus e Abel Ferreira estavam na lista de passageiros de voo apreendido com 500kg de cocaína, diz jornal

FOTO: CARLOS COSTA/AFP via Getty Images

No começo do mês, um voo particular que saiu de São Paulo com destino a Portugal, foi apreendido em Salvador, na capital da Bahia. O motivo da investigação foi por conta de os pilotos da companhia aérea Omni terem desconfiado da carga a ser transportada. Após a investigação, cerca de meia tonelada de cocaína foi encontrada na fuselagem do avião. Dentre os passageiros estavam empresários do futebol, de acordo com informações confirmadas neste sábado (20), pelo jornal português Correio da Manhã.

A aeronave saiu de Portugal com destino ao Brasil no dia 27 de janeiro com três tripulantes e dois passageiros (João Loureiro, ex-presidente do Boavista, e um cidadão espanhol). O regresso estava previsto para o dia 06 de fevereiro, mas foi sendo adiado, até partir apenas no dia 09 deste mês, tendo apenas a tripulação.

Além do ex-presidente do Boavista, a aeronave deveria levar para Portugal, de acordo com a publicação portuguesa, os empresários Bruno Macedo, Hugo Cajuda e Bruno Carvalho Santos, todos ligados a grandes clubes e personalidades do futebol português. O zagueiro Lucas Veríssimo, contratado pelo Benfica junto ao Santos, também estava como possível passageiro, mas o clube português mudou de ideia e preferiu que o jogador chegasse a Portugal por um voo comercial que fez escala na França.

Até o momento, o único que foi ouvido pelas autoridades foi João Loureiro, ex-presidente do Boavista. Durante quatro horas ele explicou que não teve qualquer envolvimento no caso e que já estava decidido a não viajar na aeronave. De acordo com a polícia federal, o depoimento foi arquivado como provas do inquérito e será agora confrontado com outras informações. O celular de Loureiro também foi apreendido.

Loureiro chegou a conceder entrevista a SIC, emissora de televisão portuguesa. Na ocasião ele afirmou não conhecer o cidadão espanhol que veio na aeronave oriunda de Portugal. Além disso, explicou que foi ao Brasil em avião privado pago por uma empresa brasileira que queria contratá-lo como consultor para encontrar oportunidades de investimento em Portugal.

O empresário Bruno Macedo já fez negócios no Brasil principalmente nas negociações de chegada e saída do técnico Jorge Jesus no Flamengo. Recentemente ele assumiu a intermediação da transferência de Pepê do Grêmio para o Porto, em acordo com Giuliano Bertolucci, conforme informou o jornal português Record. Normalmente o empresário sempre trabalha alinhado a Bertolucci em negociações que o brasileiro precisa fazer em Portugal. Bruno também é amigo pessoal de Luis Filipe Vieira, presidente do Benfica e foi responsável por indicar o voo para levar o zagueiro Lucas Veríssimo a Portugal. Questão recusada pelo clube português.

Hugo Cajuda, de 41 anos, foi um dos responsáveis a levar Abel Ferreira para o Brasil. A empresa de Cajuda, a FIA Dubai – Managgement & Consultacy, representa não só o treinador campeão da Libertadores pelo Palmeiras, mas também Ricardo Sá Pinto, que recentemente esteve no comando técnico do Vasco. Já Bruno Carvalho Santos, de 32 anos, é proprietário da empresa Team of Future, que representa jogadores como Trincão, do Barcelona, e Florentino Luis, do Monaco, considerados duas das melhores revelações recentes do futebol português.

As informações publicadas pelo jornal Correio da Manhã garantem que Cajuda e Bruno Carvalho ainda não foram ouvidos pela Polícia Federal. Ambos, no entanto, se colocaram disponíveis para colaborar com as investigações e afirmaram não ter qualquer relação com a apreensão dos 500kg de cocaína.

De acordo com as investigações iniciais da Polícia Federal, há suspeitas de que a droga tenha sido colocada no avião em São Paulo, aonde a aeronave ficou parada por alguns dias. A carga ilegal estava escondida em vários pacotes com logotipos de marcas esportivas. Os tripulantes do avião já retornaram a Portugal em voos comerciais e a empresa Omni, que tem sede em Porto Salvo, Oeiras, explicou que o voo encontrou um problema técnico na aproximação e por isso precisou passar pela vistoria. Durante a investigação, que abriu um painel técnico na fuselagem, o volume foi encontrado.

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