Automobilismo

Envolvido em polêmicas, GP da Arábia Saudita reinventa circuito urbano na F1

GP da Arábia Saudita
Divulgação / Twitter F1

A Fórmula 1 divulgou, nesta quinta-feira (18), o traçado do GP da Arábia Saudita, que acontece no começo de dezembro. O circuito, construído nas ruas de Jidá, cidade perto de Meca, promete ser um dos mais longos e rápidos do calendário de 2021.

À beira do Mar Vermelho, a prova terá 27 curvas, distribuídas ao longo de 6,1 km. A organização da prova prevê muitas ultrapassagens, apostando na combinação de curvas de alta velocidade e até três zonas para ativar o DRS. A velocidade média pode ser de 250km/h.

Ross Brawn é um dos responsáveis pelo circuito e explica que o traçado é pensado para desafiar os pilotos e permitir disputadas roda-a-roda.

Trabalhamos muito próximos do time da Tilke e com o promotor [da prova] para assegurar que tivéssemos um traçado que permitiria uma emocionante corrida roda com roda para os torcedores e que desafiasse os pilotos. O design traz o melhor de um moderno circuito de rua, mas também tem áreas de ritmo rápido, que criam altas velocidades e oportunidade de ultrapassagens. A paisagem é incrível, no Mar Vermelho, e mal podemos esperar para ver os carros na pista, em dezembro — explicou o Diretor Geral da F1.

POLÊMICAS E VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS

A Arábia Saudita é acusada constantemente pela comunidade internacional de violar direitos humanos sob o reinado de Salman bin Abdulaziz Al-Saud, mas o país tenta se desvincular desta imagem recebendo eventos internacionais, como o GP da Arábia Saudita.

Em fevereiro, 50 organizações ligadas aos direitos humanos encaminharam uma carta a Lewis Hamilton, pedindo o apoio do piloto para dar voz à essas denúncias. O texto fez menção à prisões, torturas e à guerra no Iêmen, que segundo o documento, “está deixando quase 20 milhões de pessoas morrerem de fome”.

Recentemente, um relatório da inteligência dos Estados Unidos implicou o príncipe herdeiro do país na morte de Jamal Khashoggi, correspondente do The Washington Post. O jornalista foi raptado e morto em uma embaixada saudita na Turquia.

Outra preocupação é com a violência. No final da segunda etapa da Fórmula E, disputada em Diriyah, um míssil foi interceptado pelo país saudita. De acordo com as autoridades locais, a responsável seria a milícia Huti, do Iêmen e o alvo era capital Riyadh. A Fórmula 1, que tem impacto global, seria um alvo mais tentador.

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