Red Bull Bragantino

Equipe feminina do Red Bull Bragantino cai em grupo com três campeões; conheça as adversárias

Camilla Orlando, ex-técnica do Internacional, comandará o primeiro time feminino do Massa Bruta. Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Estreante no futebol feminino, o Red Bull Bragantino medirá forças com os favoritos: Ferroviária, Palmeiras e São Paulo. No grupo 1 do Campeonato Paulista, além dos três clubes, as meninas do Massa Bruta ainda enfrentarão o Realidade Jovem e o Taboão da Serra.

A competição – que tem data prevista para iniciar em 30 de setembro – terá número de equipes reduzidas neste ano. Isso porque quatro clubes desistiram de participar, em razão das dificuldades trazidas pela pandemia.  Caldeirão F.C, Inter Franca, Portuguesa e União Mogi sofreram com a falta de patrocínios, cortes de verbas e prazos de inscrição na competição.

A fim de realizar um campeonato à altura, o Red Bull Bragantino trouxe a técnica Camilla Orlando. Pelo Internacional, ela carrega os títulos de campeã brasileira sub-18 e campeã gaúcha sub-18, além de ter conquistado o estadual pelo profissional no ano passado, quando venceu o Grêmio.

AS ADVERSÁRIAS

• Ferroviária

Com quatro títulos do Paulistão, dois do Brasileiro e uma Libertadores, a Ferroviária tem um dos principais times femininos do país. Comandadas por Tatiele Silveira pela segunda temporada – única técnica mulher campeã do nacional – a Locomotiva quer acabar com o jejum de ter conquistado o estadual pela última vez em 2013, quando bateu o São José.

Nesses sete anos, o clube disputou apenas uma final. Contra a própria Águia do Vale, em 2014, a Ferroviária não obteve o mesmo sucesso e ficou com o vice-campeonato.

Recentemente a técnica sueca da seleção brasileira, Pia Sundhage, convocou três atletas da equipe de Araraquara para a preparação na Granja Comary, em Teresópolis-RJ: a goleira Luciana, 33, a meio-campista Aline Milene, 26, e a atacante Chú, 30. As atletas se apresentam para os treinamentos que acontecerão entre os dias 14 e 22 de setembro.

A principal destaque da Ferrinha é a camisa 10 Aline Milene, campeã da Copa América pelo Brasil em 2018. A jogadora já disputou 45 jogos pela equipe do interior e marcou 12 gols. 

• Palmeiras

O único título das meninas do Verdão foi em 2001. Após terminar a primeira fase em 3º lugar – atrás de Matonense e Corinthians – o time avançou para a semifinal, goleou o maior rival por 5 a 1 e venceu a final contra a equipe de Matão por 1 a 0. No ano seguinte, chegou até a decisão novamente, porém foi derrotado pela Portuguesa.

A modalidade feminina no Alviverde – que havia sido implementada em 1997 – reativou as atividades no ano passado, mantendo como sede a cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo.

No primeiro ano do retorno, as palestrinas subiram para a elite do nacional e sagraram-se campeãs da Copa Paulista contra o Tricolor do Morumbi.

Assim como a Ferroviária, o Palmeiras também cederá jogadoras para a seleção feminina principal. São três as convocadas: a lateral-direita Isabella, 20, e as meio-campistas Camila, 25, e Ary Borges, 20. Emprestada pelo Orlando Pride, dos Estados Unidos – time de Marta – Camilinha é a novidade para esse ano e a grande esperança do Verdão.

• São Paulo

Com dois títulos paulistas, em 1997 e 1998, o time feminino do São Paulo foi dissolvido em 2000. De lá para cá, houve algumas tentativas de reestabelecer o projeto, mas sem sucesso.  O Tricolor paulista voltou a disputar uma final em 2015, quando foi derrotado pelo São José. No entanto, foi no ano passado – em parceria com o Centro Olímpico – que o time apareceu de vez no cenário.

Promovido à primeira divisão do Brasileiro – ao lado de Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio –, o clube da capital contava em seu elenco com a atacante da seleção brasileira, Cristiane. Além do acesso no nacional, as meninas do São Paulo ainda chegaram na final do estadual, mas foram derrotadas nos dois jogos pelo Corinthians.

Agora sem Cristiane, atualmente no Santos, o Tricolor paulista quer repetir os feitos do passado e manter a modalidade forte. Para isso, foi ao mercado em busca de Gláucia – melhor atacante de 2019 pela CBF – com 19 gols em 32 partidas pelo time da Vila Belmiro.

Visando as Olimpíadas de Tóquio – adiadas para 2021 – a treinadora da seleção brasileira também convocou jogadoras do São Paulo. A meio-campista Yaya,18, e as atacantes Carol, 27, e Duda, 25, participarão dos treinamentos.

• Realidade Jovem

No fim de 2018, com o rompimento da parceria vitoriosa entre a Associação Realidade Jovem e o time do Rio Preto – bicampeão paulista em 2016 e 2017, e campeão brasileiro em 2015 –, a cidade de São José do Rio Preto foi utilizada como sede da Ponte Preta no ano passado, em parceria com o Realidade.

Dessa forma, a temporada 2020 será a primeira do Realidade Jovem sem ligação alguma com outra equipe.

• Taboão da Serra

Tradicional no futsal feminino – com o feito de ser o melhor time do mundo na modalidade em 2019 – o Taboão irá para seu terceiro ano no Paulistão. O clube disputou a competição nos anos de 2010 e 2011, mas foi eliminado precocemente na primeira fase nas duas ocasiões.

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