Olimpíadas

Érika, zagueira da Seleção Brasileira, fala em estratégias para jogo contra o Canadá: ‘Detalhes farão a diferença’

Érica pontua bom treinamento de Pia
Foto: Reprodução/CBFTV

A zagueira Érika, em coletiva de imprensa, na tarde desta quinta (horário de Tóquio), pontuou sobre a experiência de encarar mais uma vez as canadenses e o bom retrospecto do Brasil sobre elas. Ela falou em estratégia para parar o ataque do Canadá e, especialmente, a jogadora Sinclair. Ainda analisou o futebol da seleção, se é suficiente para pódio.

A experiência diante das canadenses conta. Mas, cada jogo é diferente, segundo Érika:

– Enfrentar o Canadá é sempre duro, independente dos resultados passados. Sabemos da qualidade que aquela seleção tem, que individualmente também tem jogadoras que desconcentram. Mas, sabemos a qualidade que nós temos. E isso é fundamental, acreditar no nosso trabalho. Temos muitos vídeos do passado e recentes, em que a gente sabe como é o futebol que elas jogam. Mas, futebol é futebol, e não podemos desconcentrar nem perder o foco em nenhum momento do jogo porque tem qualidade do outro lado. Então, acredito que a gente vá bastante concentrada e o objetivo é ganhar. Não tem outro objetivo a não ser fazer isso e bem feito. Temos uma proposta de jogo muito boa e elas vão ter trabalho também. – disse Érika.

Sobre avaliação da performance do Brasil e futebol suficiente para pódio, Érika pontua que a seleção quer fazer o básico, mas bem feito:

– Acredito que estejamos fazendo um bom trabalho, não tenho dúvidas disso. Aceitamos e estamos juntas às ideias da Pia e de toda a comissão técnica, isso é o mais importante. E sabemos o quanto o stafe da Pia é condicionado a fazermos o melhor. Ela consegue fazer isso. Hoje ela acredita que somos as melhores jogadoras do nosso país. Mas, não esperem placares elásticos, a gente quer fazer o básico e bem feito. – pontuou.

Existe uma estratégia especial para parar a Sinclair e o ataque canadense? Érika afirma que além de estratégia sobre as adversárias, há conversas sobre jogo e que detalhe é o que vai fazer a diferença:

– Todo mundo fala de cada atleta e nós falamos de jogos e cada momento de jogo. Eu sei o que a Sinclair faz, eu sei que se colocar o que a Marta faz, o que a Cristiane faz, mas mesmo assim nós caímos porque elas fazem bem feito. Se eu estiver escalada, eu sei o que fazer como parar e eu não posso pecar em detalhes. Trabalhamos nesses detalhes. – falou a zagueira.

+Dias e horários dos jogos e competições das Olimpíadas de Tóquio

CONFIRA OUTROS TRECHOS:

Pandemia em meio à problemas e análises sobre ela mesma, na quarta Olimpíada:

– É difícil falar porque cada campeonato tem seu valor e a Olimpíada não é diferente. Eu sei que, dessa vez, é um pouco diferente em relação à pandemia, mas quando você está em uma Olimpíada e você vê os melhores atletas do mundo do seu lado, óbvio que é um momento muito gostoso para o atleta e tem que ser aproveitado porque ele é único na sua vida. E, dessa vez, é do hotel para o campo e do campo para o hotel. Acho que falta esse pouquinho mais, mesmo assim, sabemos que estamos em uma Olímpiada e não podemos bobear. Os detalhes vão mudar cada partida. Vim com outra cabeça, tenho uma visão melhor do que é a Olímpiada. – afirmou a zagueira.

Estar acompanhando outras modalidades e o encontro com a seleção masculina

– O encontro com a seleção masculina é legal porque não temos muito isso no dia a dia do nosso país. As pessoas ainda tem uma cabeça muito fechada, masculino para um lado e feminino para outro, mas não. Temos que parar com isso. Essa integração foi importante, sim. É o futebol da seleção brasileira. – disse.

Pressão do adiamento dos jogos olímpicos

– Acredito que isso seja o normal a partir de agora, não sei mais para frente. Estamos nos acostumando com algo que não é tão bom, mas que precisamos saber lidar com essa situação. Não foi fácil para chegar até a uma Olimpíada, os treinamentos e o que a gente está passando. Tem um stafe completo por trás da gente que permite que tudo dê certo e que nós só tenhamos que jogar nosso futebol e nada para pensar. – falou.

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Simone Biles e pressão emocional

– É difícil porque cada atleta passa por uma situação. Nós temos uma psicóloga na seleção brasileira, a Marina. Há momentos em que a gente se perde um pouco, nós somos atletas e seres humanos e sabemos que nada vai ficar perfeito. Psicologicamente, sabemos que o futebol abala. Mas temos um trabalho muito forte com a psicóloga. A Simone chega em um momento em que ela se cobra bastante, mas ela sabe o que fazer. – disse Érika.

Inspiração para meninas do Brasil que jogam bola, em relação à Rayssa, do skate, que ganhou medalha de prata

– Eu vejo essa pergunta como algo do meu passado porque eu já andei de skate e continuo andando, hoje, com a minha sobrinha. O primeiro presente que eu dei para ela foi um skate. Muitas pessoas falavam que era iria se machucar ou que era coisa de menino. E na minha família não tem isso. É necessário permitir que a criança escolha o que ela quer. – concluiu Érika.

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