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Ex-Botafogo, Marcinho nega consumo de bebida alcoólica em atropelamento que levou dois a óbito e diz: ‘Fiquei com medo de ser realmente linchado’

Reprodução: TV Globo/ Fantástico

Uma virada de ano trágica, assim podemos tentar definir a entrada para 2021 do ex-atleta do Botafogo, Marcinho e da família do casal, Alexandre Silva Lima e Maria Cristina José Soares. O Fantástico exibiu uma entrevista exclusiva com o jogador neste domingo (10), sobre o acidente ocorrido no último dia 30. Os professores do Cefet anteciparam a data em que tinham o hábito de jogar flores para Iemanjá na praia do Recreio. Apesar de morarem perto, foram de carro para a praia. Depois de estacionarem, atravessavam a rua, quando foram surpreendidos por Marcinho, acima do limite de velocidade da via.

O lateral-direito estava no penúltimo dia de contrato com o Botafogo e não prestou socorro as vítimas. Pouco depois de acertar o casal, Márcio acertou o casal, passou por cima de Alexandre e dirigiu por mais um quilômetro até perto da casa de um amigo da família. O jogador nega que tenha consumido bebida alcoólica e confirmou a mesma versão que deu à polícia para não ajudar as vítimas: teve medo de ser linchado.

– Eu fiquei com medo de ser realmente linchado. Eu estava muito assustado, muito assustado. Muito vidro no olho, o carro todo quebrado, o vidro na minha cara, você entra em choque. Eu tenho a dizer que eu não ingeri bebida alcoólica. – disse o atleta

A versão de não ter socorrido as vítimas por medo de linchamento não foi tragado pela família e nem pelo delegado que cuida do caso, Alan Luxardo. Para o advogado das vítimas, Márcio Albuquerque, não haveria a possibilidade de ele temer uma represália de quem estava na praia porque a saída do local do acidente foi quase instantânea – como é possível perceber nas imagens das câmeras de segurança.

– Eu não entendi no depoimento dele, porque ele diz que já estavam juntando pessoas, mas como juntando pessoas, se ele nem parou o carro? Então como é que ele viu que estavam juntando pessoas?

A investigação da polícia civil ainda não chegou ao fim. A espera é pelo o resultado das três perícias realizadas no Mini Cooper que Marcinho dirigia no momento do acidente. Apesar de não haver uma velocidade já determinada pelos especialistas, o delegado afirma que é possível dizer que ele estava acima da máxima permitida.

Marcinho foi indiciado por duplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar). A pena pode ser de até oito anos de prisão e que pode ser ampliada entre um terço e metade dada a omissão de socorro.

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