Atlético-MG

Ex-diretor do Atlético-MG diz que Sampaoli mal cumprimentava funcionários e revela incômodo do treinador com perguntas da imprensa

O ex-Diretor de Comunicação do Atlético-MG, Domênico Bhering, falou pela primeira vez após sua saída do Galo, em 22 janeiro deste ano, depois de quase 20 anos no clube. Em entrevista à Web Rádio Galo na última quinta-feira (25), Domênico comentou sobre alguns bastidores da ‘era Sampaoli’. Bhering, entre outras coisas, revelou uma blindagem ‘excessiva’ ao treinador e teceu críticas ao ex-gerente de futebol do Galo, Gabriel Andreata, contratado a pedido do argentino.

— Talvez o Sampaoli tenha ficado confortável demais nesse processo, sempre muito blindado (…)Muita gente me perguntou se eu tinha ido à festa. Eu não sei nem onde foi a festa. Depois a gente ficou sabendo, quem tinha participado. O Sampaoli mal, mal, cumprimentava os funcionários do Atlético, quando cumprimentava, respondeu ao ser questionado sobre a festa em que o comandante argentino participou e que pode ter gerado o surto de covid-19 no clube.

— Nunca trabalhei com uma mala maior do que o cara chamado Andreata. É um cara que foi extremamente nocivo ao Sampaoli. Se o Sampaoli soubesse o que o cara é… Porque é aquele cara que blinda o Sampaoli, só não carrega a mala, se é que não carregava a mala do Sampaoli. Ele era um secretário do Sampaoli, ele não era gerente de futebol, ele era secretário do Sampaoli. Ele era um cara que veio para blindar o Sampaoli o dia inteiro, de tudo. E muitas vezes o Sampaoli não sabia o que estava acontecendo

Domênico Bhering, ex-diretor de Comunicação do Atlético-MG

Outro assunto abordado por Domênico Bhering foi sobre o veto a algumas perguntas da imprensa,. Tudo começou após Sampaoli ter reclamado de questionamentos feitos depois do empate em 1 a 1 com o Grêmio, em Porto Alegre, pelo Brasileirão, em janeiro. Na ocasião, as perguntas foram enviadas por veículos ao assessor do clube, Cássio Arreguy, que repassou para o então diretor, encarregado de levá-las à entrevista pós-jogo com o treinador, como prevê o processo criado para as entrevistas durante a pandemia.

— Ele não gostou das perguntas, porque as perguntas da imprensa foram duras, mas é um direito da imprensa. Se a imprensa estivesse lá, faria as mesmas perguntas. Ele reclamou das perguntas feitas pela assessoria com o Sérgio Coelho (presidente do clube), ele reclamou com o Rodrigo Caetano (diretor de futebol do clube). E eu fui saber disso depois.

O ex-Diretor contou, ainda, que tentou interferir nessa atitude, que classificou como ‘censura’.

— Tive oportunidade de falar isso com algumas pessoas: não censurem, não cortem perguntas, a gente não está aqui para fazer isso, estamos aqui para ler as perguntas. Se o treinador se sentiu ofendido com a pergunta e não quer falar, ele diz ‘essa pergunta ele não respondo’. É direito dele também. Na sequência, teve outro jogo, em que algumas perguntas foram cortadas. Eu já estava fora [do clube]. Eu vi a Itatiaia batendo, eu vi o Superesportes batendo, eu vi a rádio 98 batendo. Uma coisa que eu tinha cantado a pedra, finalizou.

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