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Ex-presidente do Atlético-MG revela negociações com Pratto e Rodrigo Caetano, além do desgaste do elenco com Sampaoli

Ex-presidente do Atlético-MG revela negociações com Pratto e Rodrigo Caetano, além do desgaste do elenco com Sampaoli
Foto: Twitter/Atlético

O ex-presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, revelou ao Canal do Nicola no YouTube que, durante o seu mandato (entre 2018 e 2019), o clube mineiro tentou a contratação de três jogadores, dentre eles o atacante querido pela torcida atleticana Lucas Pratto, O ex-mandatário alvinegro confirmou, ainda, que na época, o salário exigido pelo atleta argentino era de 2,5 milhões de dólares por temporada (R$ 13.075.000 na cotação atual).

Nós chegamos a ter uma conversa com o Pratto, mas depois tivemos uma análise que não daria, por várias circunstâncias. Nós estávamos negociando para desbastar. É um camarada que gosta de BH, foi bem aqui, mas acabou levando em consideração uma série de fatores e acabou não dando certo, Mas é um baita de um caráter também, um cara de grupo, sujeito que vestiu a camisa do Atlético e honrou. Tiveram outros, um zagueiro, teve um meio-campista argentino também, que a gente chegou perto de contratar, não é um desses famosos não, mas depois a gente viu que tinha rolo de um agente aí. Começaram a achar que o Atlético estava jogando dinheiro para fora da bacia, contratando todo mundo, e não era bem assim, a gente avaliava muito cada uma das contratações e, claro que não se acerta todas, mas um percentual bastante elevado daquilo que investimos tem dado certo ou ainda vai dar.

Durante a entrevista, Sette Câmara disse que via a saída do diretor de futebol Alexandre Mattos como normal, devido à preferência da atual gestão e que a troca de funcionários no cargo não tem nenhuma relação com o técnico Jorge Sampaoli. Além disso, o ex-presidente do Atlético-MG revelou que o primeiro diretor que ele procurou em seu mandato foi Rodrigo Caetano, que é a pessoa que ocupa este cargo atualmente no Galo. “Foi o primeiro diretor de futebol que eu procurei, ele estava no Internacional e na época não podia largar o contrato lá, é um cara muito sério”, disse.

Relação com Jorge Sampaoli

Sérgio Sette Câmara foi perguntado sobre a sua relação com o treinador Jorge Sampaoli, que foi contratado no início do ano passado e manteve uma relação conturbada com funcionários e elenco do Atlético-MG. No entanto, o ex-presidente do Galo contou que sua relação com o técnico argentino era positiva e não via problemas em sua forma de trabalhar.

— Ele sempre me tratou bem, com deferência e educação, nunca foi descortês comigo. Mas também não tinha aquela resenha, aquela aproximação, que eu já tive com outros treinadores. Como eu não queria o Sampaoli para casar com a minha filha, tudo bem. Ele fazendo o trabalho dele lá. Eu entendi a forma dele trabalhar, que ele não gostava muito que as pessoas estivessem testemunhando os treinos dele, eu deixei o trabalho ser feito por aquele que, efetivamente, é a pessoa da minha confiança, que tinha o contato direto com ele, que era o Mattos, que era muito habilidoso e soube lidar bem com o Sampaoli.

Entretanto, Sette Câmara confirmou uma quebra de confiança do grupo de jogadores do Atlético-MG com o treinador após a festa que Sampaoli participou com o seu assessor. Isso porque, na época, o episódio coincidiu com uma alta taxa de infecção por Covid-19 no elenco alvinegro, chegando a ter que colocar atletas das categorias de base para atuar no Campeonato Brasileiro.

— Houve um momento que o Atlético claudicou no ano passado que foi quando aconteceu aquele surto de Covid. Não estou dizendo que foi, mas coincidentemente aconteceu depois que teve uma festa de um assessor do Sampaoli e ali eu tenho a impressão que houve uma quebra da confiança total do elenco com ele. Um dia seguinte que recebi a notícia que o time todo titular praticamente estava infectado, eu fui até o CT, antes da preleção, nós tivemos que buscar o nosso treinador do time de transição e eu levei os jogadores para o refeitório e eu senti que o elenco estava abatido. Com toda a minha experiência de muitos anos de Atlético, de bastidores, vestiário e tudo, que nós tínhamos ali um problema sério.

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O ex-presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara deu uma entrevista ao Canal do Nicola no YouTube na última semana e o ex-mandatário atleticano contou como que ele chegou até o conselheiro, dono da Arena MRV e principal investidor alvinegro, Rubens Menin para buscar suporte financeiro do mecena.

— Em um dado momento, quando vi que o clube tinha uma situação financeira muito difícil, tentei viabilizar uma comissão do Conselho para encontrarmos saídas. Mas isso não teve andamento. Então, diante de tudo que estava vendo, fiz uma auditoria no clube e encontramos uma série de obstáculos para dar andamento ao dia a dia do clube. Foi aí que eu procurei o Rubens Menin. E foi uma coisa que mudou a história do Atlético — contou Sette Câmara.PUBLICIDADE

No percorrer da declaração do ex-presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara revelou que o time atleticano não era um dos melhores e a situação financeira era crítica.

— Quando ele (Rubens Menin) me recebeu, falei: ‘Rubens, sei que um dos maiores sonhos que você tem é ver o Atlético campeão, como grande atleticano que você é, e ver a nossa arena inaugurada com um grande time, com títulos, isso que vai fazer com que a gente se torne pujante, vibrante, à altura da arena que estamos construindo. Mas com a situação atual do clube nós vamos inaugurar esta arena na Série B, não dá‘ — revelou o ex-presidente.

Sette Cãmara conta que foi a partir daí que começou os processos para a criação e um órgão colegiado, que hoje é chamado de ‘4Rs’, composto por Renato Salvador, Rafael e Rubens Menin e Ricardo Guimarães.

— Ele (Rubens Menin) assustou e falou que ia ver. Pediu um prazo para analisar e falou que ia nos ajudar. E aí começamos, veio o Rafal Menin, que ajudou muito, o Rubens começou a colocar recursos numa condição que eu tive que aceitar, porque tínhamos muitas dívidas de Fifa, salários, contratações, pensamos em um projeto grande, e ficamos felizes porque eu desconheço uma coisa que o Rubens tenha colocado a digital dele e que não tenha dado certo. Ele veio, trouxe o Rafael, o Ricardo Guimarães, o Renato Salvador. Ali nós mudamos o clube, e percebi que o clube iria virar — disse.CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

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DÍVIDA BILIONÁRIA

Sette Câmara também comentou sobre o crescimento exponencial da dívida do Atlético-MG durante a sua gestão — hoje já chega a R$ 1,2 bilhão. Para o ex-presidente atleticano, o aumento dos débitos também acompanha a valorização do elenco, que antes era por volta de R$ 140 milhões (em 2019) e hoje é de R$ 630 milhões.

— O Atlético pode ter tido aí um aumento substancial do seu endividamento financeiro. Mas teve aumento gigantesco da valorização do seu elenco — destacou.Leia mais

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