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Expectativas, mudanças, oscilação e recuperação: relembre o 2020 do Athletico

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Foto: Reprodução/Athletico

O ano de 2020 começou cheio de expectativas para o Athletico Paranaense: campeão da Sul-Americana em 2018, da Copa J.League e Copa do Brasil em 2019, além dos Campeonatos Paranaenses, boas colocações no Brasileirão e duas classificações seguidas para a Libertadores – feito inédito na história do clube. Era um ano que prometia muito ao torcedor.

Com bastante dinheiro em caixa, por conta das vendas de nomes que atuaram no time em 2019, como Bruno Guimarães, Renan Lodi, Léo Pereira e Rony, o clube tentou trazer nomes com salários maiores. 

Porém, a temporada – que ainda não acabou – sofreu oscilações: por conta da pandemia de coronavírus e erros nas contratações, o planejamento foi prejudicado e o time oscilou entre momentos bons e ruins. Veja a retrospectiva do Furacão:

Chegada de Dorival Júnior e primeira fase do Campeonato Paranaense

Com a saída de Tiago Nunes antes da temporada de 2019 acabar, o Athletico precisava de um novo técnico. Nomes “badalados” no momento, como Rogério Ceni e Sebastian Beccacece, foram ventilados e até dados como certos, mas as propostas foram recusadas e o clube fechou com o veterano Dorival Júnior.

Sem peças importantes no elenco, o Furacão foi atrás de reforços. Entre o fim de 2019 e começo de 2020, os destaques que chegaram no clube foram Marquinhos Gabriel, Carlos Eduardo, Fernando Canesin e Guilherme Bissoli.

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Dorival Júnior enquanto comandava o Furacão. Foto: Reprodução/Athletico

Já que o Athletico disputa o Campeonato Paranaense com um time Sub-23, Dorival não teve muitos jogos antes da paralisação para mostrar a “cara” do seu time. O técnico atuou em amistosos, na Supercopa do Brasil, onde o Furacão foi derrotado para o Flamengo, dois jogos da Libertadores (vitória sobre o Peñarol e derrota para o Colo-Colo) e três jogos do Campeonato Paranaense.

Em meio aos jogos do time principal, o time que disputava a maioria dos jogos do estadual era comandado por Eduardo Barros, que tinha assumido o time como interino na saída de Tiago Nunes e teve bom aproveitamento no Brasileirão em 2019. A equipe do Athletico teve algumas oscilações e terminou em terceiro lugar no primeiro turno. Jajá e Pedrinho foram os principais destaques.

Mas a pandemia chegou e todas as competições foram paralisadas. O primeiro turno do Paranaense chegou a terminar, e os aspirantes do Furacão se despediram com uma derrota para o Coritiba por 4 a 0.

Pandemia e caso Rony

Por alguns meses, os treinos nos CTs de Curitiba estavam suspensos, mas o Athletico não ficou parado no mercado. Entre março e julho, chegaram no CT do Caju nomes como Walter, Felipe Aguilar, Jaime Alvarado, Ravanelli e Geuvânio.

Em meados de junho o Athletico já realizava algumas atividades no CT e a Federação Paranaense de Futebol (FPF) discutia o retorno do Campeonato Paranaense. A data do primeiro jogo das quartas de final foi marcada para o dia 17 de julho. 

Mas, antes do campeonato começar, uma bomba atingiu o clube: a Fifa puniu o Athletico e o atacante Rony por conta de irregularidades na contratação do jogador quando ele atuava no Albirex Niigata, do Japão. A pena foi que o clube não pode fazer contratações até julho de 2021.

Título do Campeonato Paranaense 

Os estaduais retornaram e o Athletico passou a disputar o Paranaense com o time principal, para os jogadores comandados por Dorival Júnior terem ritmo de jogo. A equipe teve boas atuações contra Londrina e FC Cascavel, adversários das quartas de final e semifinal. 

E a decisão do título seria mais um clássico Atletiba. O primeiro jogo contra o rival Coritiba foi na Arena da Baixada, um jogo pegado e sem muitas emoções. Até que, no final do jogo, Léo Cittadini marcou o único gol da vitória do Furacão.

Já no jogo da volta, na grande final no Couto Pereira, o Furacão passou a maior parte do jogo com dificuldades. O Coxa abriu o placar e segurou 1 a 0 até o final do segundo tempo – resultado que levaria a decisão para os pênaltis. Porém, no “apagar das luzes”, Khellven e Nikão marcaram dois golaços e o Athletico sagrou-se tricampeão paranaense.

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Nikão foi um dos destaques do título do Campeonato Paranaense. Foto: Reprodução/Athletico

Início do Brasileirão e saída de Dorival Júnior

Apesar do título, Dorival e o time sofriam algumas críticas pelo futebol apresentado – um estilo bem diferente do Athletico de 2019. Mas o time começou bem no Campeonato Brasileiro – duas vitórias seguidas sobre Fortaleza e Goiás. Mas logo uma má fase se instaurou: Dorival Júnior testou positivo para Covid-19, e seu filho Lucas Silvestre comandou a equipe. 

Mas os resultados não foram bons – a equipe teve uma sequência de quatro derrotas seguidas. Na última, contra o São Paulo, Dorival Júnior estava de volta após cumprir quarentena. Porém, os maus resultados e as atuações abaixo da média pesaram e o treinador foi demitido. Em 18 jogos oficiais, Dorival teve um aproveitamento de 55,5%.

A fase oscilante de Eduardo Barros

Eduardo Barros, que treinou o grupo principal no final de 2019 e os aspirantes no Paranaense, foi o escolhido para comandar a equipe. Os primeiros resultados foram bons – jogos importantes na Libertadores e início de recuperação no Brasileirão. 

Porém, após uma sequência de quatro vitórias seguidas, o Athletico começou a decair novamente. No campeonato nacional, o time chegou à zona de rebaixamento. Na Libertadores, um empate com o Jorge Wilstermann e uma derrota para o Peñarol fizeram com que o clube perdesse o primeiro lugar no grupo, algo que parecia fácil para o Furacão. E muitas das contratações não davam resultado. Mas outros nomes chegaram, como Renato Kayzer e  Jorginho, enquanto a punição da Fifa não começava a correr.

Em meio a isso, Paulo Autuori chegou para ser diretor técnico do Athletico, Ele atuaria como um superior de Eduardo Barros, até que o clube achasse um técnico efetivo. Porém, a derrota para o Peñarol motivou a demissão de Barros, e foi decidido que Autuori comandaria o time até fevereiro de 2021. 

Eliminações e recuperação no Brasileirão

Os bastidores permaneciam movimentados no Furacão: pouco tempo depois da demissão de Eduardo Barros, o diretor de futebol Paulo André, responsável pela maioria das contratações, pediu para sair do clube. Os planos eram começar uma reestruturação no departamento de futebol.

Em campo, Paulo Autuori tinha grandes desafios: além da recuperação no Brasileirão, enfrentar dois adversários difíceis: Flamengo pela Copa do Brasil, e River Plate pela Libertadores. 

O Athletico acabou eliminado para as duas equipes. Mas, no caso do River Plate, o time passou por um momento de superação e “caiu de pé”: o time teve um surto de Covid-19 no elenco, tendo ao todo 11 desfalques. Mas mesmo com os problemas, a equipe soube segurar e deu trabalho para o gigante argentino.

No Brasileirão, Paulo Autuori montou um time base, e a constância deu resultados.

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Com Paulo Autuori, a equipe se mostrou mais regular no Brasileirão. Foto: Reprodução/Athletico

O clube conseguiu sair da vice-lanterna para disputar vagas entre o 9º e 12º lugar e, embora ainda exista um mínimo risco de queda para a Série B, para 2021 o Athletico já dá sinais que o final da temporada pode ser melhor.

O próximo compromisso do Furacão é contra o Botafogo, no dia 6 de janeiro, no Engenhão. O time busca uma vaga na Sul-Americana. 

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