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Felício comenta manifestações antirracistas nos Estados Unidos: “Não há mais espaço para intolerância”

(Divulgação/MPCRIO)

A morte brutal de George Floyd perturbou completamente a vida social e política dos Estados Unidos. Este episódio chocante, ocorrido no dia 25 de maio, tem levantando um intenso debate sobre o racismo estrutural na sociedade americana e questionamentos sobre atuação policial com a comunidade negra. Ala-Pivô do Chicago Bulls, uma das maiores franquias da NBA, Cristiano Felício entrou no assunto e opinou, em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, sobre tudo que está acontecendo neste tema delicado e polêmico.

Entre idas e vindas, Felício se mudou para os EUA em 2012, mas mora efetivamente desde 2015, quando foi contratado pelo Bulls, e tem vivência suficiente para entender as mazelas que a população negra americana sofre perante a truculência policial. A cidade de Chicago é um exemplo claro e evidente da segregação racial não oficial americana. Para se ter uma ideia, a região sul da cidade é praticamente dominada por negros, enquanto o centro é predominantemente branco. Por isso, o Ala-pivô não ficou em cima do muro e falou abertamente sobre o tema e os famosos se posicionando a favor das manifestações.

“Não há mais espaço para intolerância. Infelizmente, os casos de racismo, discriminação e preconceito acontecem todos os dias, não apenas com negros, e é preciso que isso pare porque vidas são perdidas e injustiças são cometidas. O mundo inteiro está se manifestando. Vidas são perdidas todos os dias, pessoas, famílias, pela intolerância e ignorância. Vemos celebridades, ídolos, referências de diversas áreas, se manifestando, usando suas forças e suas vozes, seu poder em prol de causas para a humanidade. Isso é muito importante”, comentou Felício.

Felício falou sobre as manifestações contra o racismo nos Estados Unidos (Divulgação/MPCRIO)

O Ala-pivô também falou de outro fator que sacudiu o mundo em 2020: o Covid-19. Jogadores de grande relevância na NBA, como Kevin Durant e Rudy Gobert, contraíram o coronavírus, se curaram, viveram momentos tensos e de preocupação diante da doença que se espalhou ao redor do mundo. Um vírus devastador que pegou todos de surpresa, inclusive as principais cidades do mundo.

“Ninguém estava preparado para isso. Acho que ninguém está ainda, na verdade, pensando em como vão ser as coisas daqui pra frente, no que estamos chamando de ‘novo normal’. Tudo é dificuldade, porque estamos lidando com ansiedade, com emoções diferentes. Vamos ter que nos adaptar à rotina, ao novo dia a dia, obedecendo protocolos de segurança, enquanto vivemos em meio à pandemia, esperando que seja descoberta uma vacina o mais breve possível”, afirmou.

Sobre sua rotina, o atleta afirma que está seguindo todas as recomendações da OMS para se manter em isolamento: “Estou em isolamento, em casa desde o momento em que a temporada foi suspensa. Tenho feito as atividades e os treinos, o que consigo, o que é possível, dentro de casa, seguindo as orientações da equipe. Estamos esperando ainda uma definição sobre o retorno dos jogos, ninguém sabe ainda o que vai acontecer e como isso vai acontecer.”

Felício atualmente defende o Chicago Bulls (Divulgação/MPCRIO)

Felício também afirma que não imagina como será jogar em ginásios sem público. O atleta está bem acostumado com o calor da torcida – jogou por duas temporadas no Flamengo e agora no Chicago Bulls, que mesmo em baixa, tem uma das melhores médias de público da NBA. Ele também elogia o protocolo que a NBA está colocando em prática para preservar os atletas.

“Difícil imaginar como seria isso, especialmente pela relação e importância dos fãs para o esporte. Temos que esperar ao invés de falar sobre hipóteses. Acho que o cancelamento do campeonato, a sequência da competição, fica em segundo plano. A NBA acertou em suspender a temporada e está estudando todas as possibilidades. É o certo. A prioridade é a saúde de todos, a segurança de todos.”

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