O coração do torcedor são-paulino pulsa mais forte ao saber que o seu clube completa mais um ano de vida no dia 25 de janeiro. Mais um ano que chega para conquistar grandes coisas, ser lembrado dentro e fora de campo e fazer história.
Nascido da união de dissidentes do Club Athletico Paulistano e da Associação Athletica das Palmeiras, para mais tarde se tornar “São Paulo Futebol Clube”, o Tricolor se tornou um dos alicerces do futebol na capital paulista, com suas cores de origem e o escudo no coração de cinco pontas. O Clube carrega consigo em 92 anos de existência, grandes conquistas e jogadores que deixaram seu legado vestindo a camisa do Tricolor.
Aquele que se tornou TRI campeão Mundial e da Libertadores, também foi HEXA Campeão Brasileiro e BI campeão da Recopa Sul-americana, entre outras tantos triunfos importantes. Dominou o mundo vencendo equipes recheadas de craques, conquistou a américa por duas vezes seguidas e mais tarde, coroou o ano de 2005 com mais uma conquista.
Ah, o torcedor são-paulino se orgulha de tantas histórias e glórias. Aquele que sofre, que inflama, que chora aos 90 minutos de pura emoção, com o sentimento pulsando no coração, o grito de gol e de campeão. Esse é o mesmo torcedor que vibrou, mas também sofreu e chorou. A fase ruim chegou. E ela chega até mesmo para os mais vitoriosos.
Após conquistar a América, ser campeão mundial e levantar tantas taças de campeonatos importantes, o Clube que estava acostumado a alcançar grandes feitos, se deparou com o dia 12 de dezembro de 2012 – o último dia do grito de “É campeão!” em um campeonato oficial – a taça da Copa Sul-americana. O torcedor não imaginava que aquele seria o primeiro dia de nove anos de jejum.
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Passaram-se anos e o São Paulo não se encontrava mais no pódio. O torcedor se encontrou em um abismo onde os 90 minutos eram de emoção, mas também de aflição por tanto tempo sem as conquistas. É verdade que eventuais tropeços servem de trampolim para momentos de aprendizado e construção de algo melhor no futuro, mas o São Paulo Futebol Clube não conseguia se reencontrar.
A partir de 2013, técnicos como Paulo Autuori, Muricy Ramalho, Juan Carlos Osorio, Doriva, Milton Cruz, Edgardo Bauza, Ricardo Gomes, Dorival Junior, Diego Aguirre, Fernando Diniz não conseguiram levar o Tricolor às conquistas. Batendo na trave no Campeonato Paulista em 2019, sem a tão sonhada Copa do Brasil chegando somente à semifinal, a doída eliminação na segunda fase da Libertadores e a “perda” do Brasileirão caindo do 1º lugar para o 4º, em 2020.
– “Onde está aquele time que amo, que dominou o mundo e conquistou tantos títulos?” – se perguntava o torcedor são-paulino.
Mas, mesmo com toda a angústia de nove anos sem nenhum título, o torcedor são-paulino conheceu um homem que chegou para mudar a história atual e as prateleiras do Clube: Hernan Crespo. O treinador chegou sem muita expectativa e com poucas conquistas em seu currículo, mas conseguiu realizar a melhor campanha, sendo o melhor time em quase todos os quesitos do Paulistão 2021. Um elenco competitivo e, comandado por ele, conseguiu devolver a alegria a aquele torcedor que estava machucado e com saudades de cantar: “É campeão!”. Como ele mesmo dizia: “Onde não chegar as pernas, vai chegar o coração”. O grito veio: após nove anos o São Paulo acordou e voltou a levantar a taça conquistando o Paulistão.
O São Paulo ressurgiu. Foi campeão. Mas, ‘Llego el corazón, gracias, Crespo’. Tudo que é bom dura pouco. E durou.
A temporada passada fez o torcedor reviver tudo aquilo que ele tinha mais medo: o mau desempenho do seu clube nas competições. O São Paulo não conseguiu demonstrar o mesmo ritmo do Paulistão e acabou optando pela saída de Hernan Crespo.
Rogério Ceni, ídolo e ex atleta do próprio Tricolor Paulista, chegou com o objetivo de repetir sua carreira vitoriosa pelo São Paulo, agora como treinador do Clube. Com reforços experientes para esta temporada de 2022, o torcedor espera reviver grandes momentos, seja nas arquibancadas, seja onde estiver.
O torcedor são-paulino espera reencontrar o Clube que, dominou o mundo, conquistou títulos importantes, com garra, tradição e raça, voltar ao pódio e poder dizer mais uma vez:
“Esse sim é o meu Tricolor vitorioso, o meu Clube bem amado. A ti seja dada a honra devida”.
Feliz aniversário, São Paulo Futebol Clube.
