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Feliz e motivado, Nenê é apresentado no Vasco, compara cenário atual com 2015, mas afirma: ‘as chances são maiores dessa vez’

Foto: Rafael Ribeiro|Vasco

Regularizado e devidamente apresentado, Nenê está oficialmente de volta ao Vasco e pronto para reestrear pelo Cruz-Maltino. Das mãos do diretor executivo de futebol, Alexandre Pássaro, o meia de 40 anos recebeu a camisa de número 77, e não escondeu a felicidade de retornar ao Gigante da Colina.

— Um turbilhão de sentimentos. Foi tudo muito rápido. Estou muito feliz e motivado em voltar para um lugar onde eu mais me identifiquei e fui feliz. Não há dúvida sobre esse novo desafio. Venho para ajudar a somar e ajudar o time a conquistar o acesso para a Série A.

Apesar do acesso estar distante, Nenê demonstrou muita confiança na conquista do objetivo. O meia afirmou que a missão será bastante difícil, porém já viveu situação semelhante no Vasco, quando em 2015 o time estava praticamente rebaixado. Dessa vez, Nenê entende as chances de sucesso são maiores.

— Eu acho que o outro ano era mais difícil, já nos davam como rebaixado. Conseguimos a arrancada e chegar na última rodada vivo, foi um milagre. Ficamos invictos vários jogos, a maior série do clube, juntando os jogos da Série A e da B de 2016. Esse ano vai ser difícil, a Série B é muito complicada, mas a probabilidade matemática é maior e pela qualidade do grupo, com o trabalho do Diniz, as chances são maiores dessa vez.

Nessa nova passagem, Nenê terá a companhia de Germán Cano, que vai poder dividir a responsabilidade de liderar o Vasco. O meia elogiou o companheiro de time e ressaltou que não é o salvador da pátria.

— A responsabilidade é menor, vai ser dividida, então vai ser muito bom. Eu não sou um salvador da pátria, mas vou ajudar o time. O Germán Cano é muito inteligente, se posiciona bem, sabe fazer gol e com certeza vou ajudar a ele a fazer os gols. Vamos juntos na conquista dos objetivos.

Nenê chegou ao Vasco em agosto de 2015 após 12 anos atuando no exterior. No Cruz-Maltino ficou até janeiro de 2018, quando foi para o São Paulo. Em 2019, fechou com o Fluminense e agora retornou ao Gigante da Colina. O meia explicou os motivos que o motivaram a trocar a sair do Tricolor.

— Eu voltei pelo Vasco, pelo time que eu acredito, o elenco é muito competente. Pelo Fernando Diniz, porque eu gosto do estilo de jogo, mas principalmente pela torcida, com o respeito e admiração, por eu ter ficado com o time na Série B, realmente é uma coisa que os vascaínos não esqueceram. Agora é a minha vez de retribuir, para dar a eles o acesso ao Vasco para a Série A.

O Vasco volta a jogar nesta quinta-feira, contra o CRB, no Rei Pelé, em Maceió. Nenê estará entre os relacionados, assim com Jhon Sánchez e Walber, contratados recentemente.

Outras respostas de Nenê

Saída do Fluminense
— Foram várias coisas, vários aspectos, em relação ao meu contrato, sobre a renovação, chance de voltar para o Vasco, esticar um pouco mais a minha carreira e isso vai sendo colocado na balança, que pesa para se tomar a decisão. Não foi primordial, mas eu estava bem tranquilo. Saí pelas portas de frente e isso é muito importante. Todos sabem que eu sou profissional e dou a vida. O respeito que eu deixo é uma coisa que me deixa muito feliz.

Negociação com o Vasco
— Foi muito rápido. Depois que eu não estava jogando, uma semana começou a conversa. Começamos a ver os torcedores e os dois lados tiveram a ideia na cabeça. Chegou um momento que tínhamos que tomar uma decisão e eu acabei conversando com o Fluminense. Dois dias depois, já estávamos resolvendo. Assinei a rescisão 17h30 e 18h30 estava assinando com o Vasco.

Número da sorte?
— Creio que os meus números falam sobre isso. Eu adotei a 77 e espero que possa continuar dando sorte, com muitas assistências e gols também.

Condição de jogar
— Eu estava jogando normalmente e como foi rápido, eu achava que não daria. Eu estou à disposição. Vou estar com o grupo e pronto para jogar.

Condição física
— É uma coisa que a gente vai ter que lidar. Nos últimos dois anos já foram assim. Claro que eu vou querer estar em todas, mas tem que ver o melhor para o time. Se não der para jogar todos os jogos, vai ser tranquilo, já estou acostumado com isso.

Quarto maior artilheiro do Século 21
— Fico feliz e orgulhoso com isso. Nem sabia disso. Estar no top-5 já é uma honra grande. Poder entrar no pódio é ainda mais especial.

O Cruz-Maltino para Nenê
— O Vasco representa para mim uma coisa diferente. Foi um clube que me abriu as portas no Brasil, quando todos diziam que viria para roubar, encerrar a carreira e fui muito bem, voltando a ser conhecido como era lá na minha geração, em 2001, 2002. O Vasco me deu a importância de novo, como eu tive na Europa. Representa muito para mim e espero retribuir dentro de campo nesta nova etapa no Vasco.

Salário em permanência na Série B
— Claro que é uma possibilidade, mas estou pensando de forma positiva. Sim, é uma possibilidade (readequação). Se for na Série B é uma coisa, se for na Série A é outra.

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