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‘Final é notabilizada por poucas chances’, diz treinador do Corinthians; números falam o contrário

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Na noite desta quarta-feira (05), Corinthians e Palmeiras se enfrentaram pela primeira partida da final do Campeonato Paulista. Em jogo de poucas chances, o empate sem gols persistiu. Agora, o Derby decisivo será no sábado (08), às 16h, pelo horário de Brasília.

                 

Na coletiva de imprensa após a partida, o treinador do Corinthians, Tiago Nunes, falou sobre a falta de criatividade de ambas as equipes. “Final é notabilizada por poucas chances”, disse. É verdade que esse jogo em específico teve poucas oportunidades.

Jogo morno

O Derby foi marcado por dois times pouco incisivos e que mal chegaram ao gol. O jogo só contou com uma grande chance, a de Ramiro, ainda no primeiro tempo. Foram, ao todo, 14 finalizações (6 do Corinthians, 8 do Palmeiras). Além disso, a quantidade de lançamentos e chutões da defesa para o ataque contribuíram para a baixa qualidade da partida.

Segundo dados do SofaScore, ao longo do jogo, o Corinthians errou 100 passes; o Palmeiras, 97. As bolas longas, protagonistas da partida, vieram aos montes: 60 do time da casa e 63 dos visitantes. E, ainda por cima, com pouco aproveitamento – 42% para o alvinegro e 38% para o alviverde.

Sem falar do baixo nível de conclusão de cruzamentos. No lado corintiano, foram dois acertos em oito tentativas (25%). O Palmeiras teve os mesmos dois cruzamentos certos, mas em 22 tentativas, alcançando rasteiros 9% de aproveitamento. Destaque negativo, também, para o número expressivo de desperdícios. O Corinthians perdeu a bola 151 vezes, enquanto o Verdão, 159.

Mas nem toda final é assim

O comentário de Tiago Nunes sobre a pouca criatividade no jogo é pertinente. Ainda assim, não se aplica se analisadas as finais recentes do Corinthians. Pegando as últimas decisões do Paulistão, os números mostram jogos mais abertos e ofensivos que o da última quarta-feira.

A final de 2017, contra a Ponte Preta, é um grande exemplo. O jogo de ida teve 27 finalizações (17 da Ponte, 10 do Corinthians). Além disso, foram 18 escanteios ao total – no último Derby, apenas quatro ao todo. O jogo da volta foi mais aberto ainda. Foram 23 chutes do time de Campinas contra 12 do Timão, além de duas bolas na trave.

Em 2018, outra decisão em um Derby, o jogo foi menos criativo. Ainda assim, somaram-se 24 finalizações ao longo do jogo de ida (13×11 para o Palmeiras). Na partida de volta, o Corinthians se retraiu e chutou apenas quatro vezes ao gol. Em contrapartida, o alviverde finalizou 18 vezes e contou com 12 escanteios.

No Majestoso, em 2019, a primeira partida também terminou sem gols. Nem por isso foi um jogo de poucas oportunidades: 19 finalizações para o São Paulo e sete para o Corinthians. Na decisão, um jogo mais parelho e com menos chances. Foram 10 chutes para cada lado, mas com um bom aproveitamento – que resultou em três gols na partida (2×1 para o Corinthians).

Até mesmo a Copa Sul-Americana de 2018, disputada por Tiago Nunes com o Athlético Paranaense, foi uma decisão de várias chances. Diante do Junior Barranquilla, o jogo de ida contou com 20 finalizações. Na volta, uma partida muito ofensiva: 36 chutes a gol.

Derby de pouco rendimento

Na verdade, este jogo da final que foi “de poucas chances”, como disse o treinador. Dentre os números das finais citadas, as partidas tinham, em média, 25.6 finalizações por jogo. Além disso, foram 10 escanteios por partida, ajudando a colocar perigo ao gol adversário.

O fato é que o Corinthians tem criado pouco. Nesse histórico recente, não teve um jogo das decisões em que o alvinegro finalizou mais que o adversário. Foram, em média, 9 chutes por jogo dentro das seis partidas das finais.

Mesmo com a pouca criação ao longo desse tempo, o Corinthians ainda é tricampeão Paulista. Resta saber se, caso esse baixo número continue, o clube do Parque São Jorge conseguirá o tão almejado tetracampeonato.

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