Com uma lesão na coxa, Luciano ficou afastado em recuperação nas últimas semanas. Após ficar fora do duelo contra o Atlético-MG, o camisa 11 corria risco de também perder as semifinais da Copa do Brasil. No entanto, um dia antes de encarar o Grêmio, o atacante são-paulino treinou normalmente e aumentou as expectativas para que fosse escalado como titular.
Por essa razão, o Esporte News Mundo trouxe o fisioterapeuta esportivo Saulo Davi para comentar as chances de Luciano entrar em campo diante do Grêmio, pelas semifinais da Copa do Brasil.
RECUPERAÇÃO RELÂMPAGO
Com lesão constatada após o clássico contra o Corinthians, Luciano preocupou os torcedores e o Departamento Médico do São Paulo.
A princípio, o estiramento poderia tirar o atleta da reta final do ano, voltando somente em janeiro de 2021. Contra o Galo, o DM vetou a participação do atleta, que nem foi relacionado. Restava a dúvida sobre a presença do camisa 11 nos dois duelos contra o Grêmio, nos dias 23 e 30 de dezembro, pelas semifinais da Copa do Brasil.
Na manhã da última terça-feira (22), Luciano participou de parte do treino com o grupo – o primeiro em mais de uma semana – e viajou com a delegação para Porto Alegre, ascendendo as expectativas sobre sua escalação na equipe titular. O clube, no entanto, avaliou Luciano como dúvida para o confronto, inclusive convocando 24 atletas para o confronto, um a mais do que o normal.
ENTENDENDO A LESÃO DE LUCIANO
No Majestoso, Luciano teve que sair ainda no primeiro tempo por conta de um incômodo próximo a virilha. Após exames, o Departamento Médico do São Paulo constatou um estiramento no músculo adutor da coxa esquerda do atleta, mas não confirmou o grau da lesão.
A lesão de estiramento acontece quando as fibras musculares são alongadas além do limite normal. No caso de Luciano, essa contusão certamente ocorreu devido ao desgaste, fadiga e sobrecarga do atleta, que deixou o campo ainda na primeira etapa.
Um estiramento pode-se dividir em três graus:
- Grau 1: Estiramento de pequena parte das fibras musculares (5%), sem sinal de ruptura e restauração rápida.
- Grau 2: O número de fibras lesionadas são maiores, rompimento parcial das fibras (entre 5 e 50% do músculo) – gravidade maior do que o grau anterior, restauração lenta.
- Grau 3: Ruptura total do músculo ou da maior parte dele (acima de 50%), que resulta em uma perda de função. O defeito muscular pode ser palpável e visível.
Dados: CEPEUSP – Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo
Na situação de Luciano, o DM são-paulino não especificou o grau da lesão sofrida, dificultando a analise do diagnóstico e tempo de recuperação. Para o fisioterapeuta Saulo Davi, a presença do camisa 11 em campo já nesta quarta diante do Grêmio, sugere que o atleta tenha tido o grau mais leve entre os estiramentos:
“Eu, entendo que se o Luciano tiver capacidade de retorno nessa partida, certamente, ele teve uma lesão de grau 1 – onde temos um estiramento dessas fibras, sem sinal de ruptura muscular. É fundamental reafirmar a qualidade com o que o Luciano foi tratado no Reffis – onde o SPFC é sempre referência em tratamento de lesões esportivas”.
Saulo Davi, fisioterapeuta esportivo.
Sobre os riscos de Luciano entrar em campo ou ter uma nova lesão, o fisioterapeuta frisa que o perigo sempre irá existir, mas que acredita nos critérios de tratamento e avaliação feitos pelo REFFIS do São Paulo:
“O risco sempre irá existir na reabilitação esportiva, pois vivemos em uma linha de limite, com protocolos acelerados visando um retorno eficiente e seguro. Mas, em uma estrutura como a do SPFC, existem critérios rigorosos para qualquer evolução. E, o Reffis, certamente se cercará de todos os cuidados para que o Luciano tenha um retorno pleno, sem rescidiva dessa lesão”, completou Saulo, que trabalhou 10 anos como fisioterapeuta no futsal do Intelli/Orlândia.
COM OU SEM LUCIANO?
Apesar da análise, a escalação de Luciano contra o Grêmio ainda é dúvida. Porém, mesmo sem o atleta, o São Paulo tem uma boa alternativa para entrar em campo.
Caso Luciano não inicie entre os titulares, Fernando Diniz deve escalar a mesma equipe que superou o Galo por 3 a 0 pelo Brasileirão. O esquema montado teria cinco jogadores no meio campo: Luan, Dani Alves, Gabriel Sara, Igor Gomes e Tchê Tchê, o último herdaria a vaga do camisa 11. Brenner seria o único atacante de ofício.
Além da vitória em cima do vice líder, o esquema rendeu uma nova variação tática ao Tricolor, que conseguiu suprir a falta de Luciano, jogador com mais participações em gols pelo clube na temporada – 22 no total: 15 gols e sete assistências.
A presença de Luciano entre os relacionados ou titulares deve sair uma hora antes da partida, horário em que o São Paulo disponibiliza a lista dos jogadores.
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