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Olimpíadas: Flores presenteadas aos medalhistas carregam um forte significado para o Japão

Olimpíadas: Flores presenteadas aos medalhistas carregam um forte significado para o Japão
Gabi Juan/CBJ/Divulgação

Há 12 dias, os Jogos Olímpicos de Tóquio têm roubado a cena no cenário internacional. Em meio a pandemia e sem público, cerca de 11 mil atletas olímpicos participam do evento representando 205 nações, que competem por medalhas em 33 esportes diferentes. Além do prêmio principal, os vencedores também recebem um buquê de flores no pódio que foram selecionadas de forma particular com forte significado para o Japão.

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A entrega de flores é uma tradição olímpica de longa data, de mais de 3.000 anos, e tem raízes na Grécia antiga.

Desde quando o país conquistou o direito de sediar sua segunda olimpíada em 57 anos, o Comitê Organizador do evento começou a cultivar as flores para a competição. Os ramos, compostos de Girassóis, Lisiantos, Gencianas, Aspidistra cultivadas principalmente nas áreas afetadas pelo Grande Terremoto no Leste do Japão em 2011, transbordam simbolismo e esperança para nação japonesa.

Provenientes de produtores principalmente nas áreas afetadas pelo destrutivo Grande Terremoto do Leste do Japão em 2011, os buquês foram cultivados na região com o objetivo de apoiar essas economias e servir como um símbolo de “gratidão ao povo do mundo por sua cooperação e gentileza”, como disse o presidente do Nippon Flower Council, Nobuo Isomura, ao site oficial das Olimpíadas. 

O terremoto foi o mais poderoso já registrado no Japão, tirou a vida de mais de 10.000 pessoas e provocou tsunamis e o colapso da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi.

Em contraste com os eventos trágicos de 2011, os buquês brilhantes e alegres atingiram um tom esperançoso com flores amarelas, azuis, verdes e rosa, e também apresentam os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos

++ Dias e horários dos jogos e competições das Olimpíadas de Tóquio

O significado por trás de cada flor


Girassóis de Miyagi: Representam os pais que perderam filhos no Grande Terremoto do Leste do Japão em 2011, que voltaram à área para plantar girassóis na colina em Miyagi, onde as crianças buscavam proteção contra o tsunami. A cada ano, a colina floresce com as flores amarelas em memória.

Lisianto de Fukushima: Hoje, uma organização sem fins lucrativos cultiva flores em Fukushima para alimentar a esperança de recuperação após o terremoto e o desastre nuclear, que interrompeu a indústria agrícola da região.

Gencianas, também conhecida por gencianela, de Iwate: O azul índigo das flores de genciana combina com a cor escolhida para o emblema dos Jogos de Tóquio em 2020. Mais da metade das gencianas cultivadas no Japão vêm de Iwate, tornando as flores sinônimas da região.

Aspidistra de Tóquio: A folhagem serve como um símbolo da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2020, colocando algo cultivado em solo de Tóquio nas mãos dos atletas que tiveram sucesso lá.

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