Automobilismo

Fórmula 1 discute sobre teto salarial, porém pilotos não apoiam a ideia: “Não é necessária”

Foto: Divulgação/Fórmula 1

Neste começo de temporada da Fórmula 1 um dos tópicos mais discutidos é a criação de um teto salarial, algo comum nas ligas esportivas dos Estados Unidos e na Oceania. O plano de limitar quanto pilotos recebem de salário por um determinado período encontra razão na intenção de criar-se uma menor desigualdade entre competidores e controlar os gastos das equipes.

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Esse plano chegou na Fórmula 1, que se vê diante de mais um limite orçamentário. Como parte de seu novo regulamento técnico, a categoria sugeriu um novo teto de gastos para 2022: quantia de US$ 140 milhões (aproximadamente R$ 666 milhões, na cotação atual), cerca de US$ 5 milhões (próximo dos R$ 24 milhões) a menos em comparação a 2021. O teto de gastos da F1, entretanto, se limita atualmente aos gastos gerais de cada equipe em instalações de desenvolvimento e membros de engenharia. Os três maiores salários pagos a peças-chave do corpo de funcionários também não entram na conta.

Atualmente as equipes da Fórmula 1 estão muito pressionados para cumprir com o teto orçamentário. Com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia e a inflação subindo devido à guerra, a tendência é que algumas equipes não consigam respeitar com a determinação dos gastos, pois teriam que fazer cortes bem duros para se manterem dentro da regra. Dentro desse contexto, propostas para a introdução de um teto salarial dos pilotos ressurgiram.

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“Este é um ponto que começamos a discutir há um mês, junto com times, a F1 e a FIA. Não há uma solução direta e não será no curto prazo. A razão para isso é que já temos contratos em vigor e não podemos simplesmente quebrar tais acordos – existem implicações legais”, revelou Mattia Binotto, chefe da Ferrari, explicitando a ideia, que enfrenta uma forte resistência dos pilotos.

“Não sou um grande fã da ideia”, disse Valtteri Bottas, ao dizer que espera que a proposta “não vá para frente”. “Os pilotos ainda precisam tirar algo disso. Talvez a gente possa reduzir o salário dos chefes de equipe. Vamos ver. Se for justo para chefes e pilotos, então tudo bem”, completou o finlandês.

“Não sei quem inventou essa ideia e qual é sua intenção. Não sei se isso acontecerá. Talvez os times queiram fazer ainda mais dinheiro”, sugeriu Sebastian Vettel.

Um dos pilotos que menos concordou com a ideia foi o espanhol da Alpine, Fernando Alonso disse que a Fórmula 1 está mais uma vez tentando explorar os atletas.

“Acho que não é necessário. Os pilotos sempre foram excluídos de discutir esse tópico. Estão nos usando para promover mais e mais a Fórmula 1. Nós fazemos cada vez mais eventos, estamos cada dia mais em contato com fãs e o paddock em geral. Nos pedem por mais e se beneficiam disso”, disparou o bicampeão mundial.

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