Automobilismo

Fórmula 1 quer nova prova nos Estados Unidos e retorno da África do Sul

Estados Unidos Indianapolis
Paul Gilham/Getty Images

Cada vez mais global, a Fórmula 1 planeja expandir corridas para outros locais nos próximos anos. Um segundo Grande Prêmio nos Estados Unidos e um na África estão na mira, de acordo com dois dirigentes: Stefano Domenicali, CEO, e Chloe Targett-Adams, diretora de promoção de provas.

Em entrevista para a Autoweek, Domenicali explicou que o mercado americano é um dos focos da F1 e que deseja envolver o país cada vez mais com as equipes e pilotos. “O objetivo será aumentar para duas as corridas na América. Isso é realmente a meta. Para ser honesto, não consigo dizer hoje se Vegas é melhor ou pior que Miami. Estamos nos esforçando muito nisso. Indianápolis está nessa equação [também]”, afirmou.

Atualmente, os Estados Unidos recebem o GP de Austin, no Texas, mas o país já viu provas em Indianápolis, Phoenix,  Dallas, Watkins Glen, Riverside e Sebring, ainda nos primórdios da categoria.

Barrichello e Schumacher, separados por 0.011s em 2002 (Divulgação / Twitter F1)

A VOLTA DA ÁFRICA PARA A F1

Os olhos também estão voltados para outro continente. A África do Sul sediou um Grande Prêmio pela última vez em 1993 e, desde então, Bernie Ecclestone, antigo chefe, tentava encontrar uma forma de recolocar o país no calendário. O objetivo não foi abandonado após a mudança de gestão.

“Concordo completamente com Lewis [Hamilton], a África é um continente que não temos uma corrida, e isso é muito errado”, disse Targett-Adams, segundo a Autosport. “É um lugar que queremos muito, é a prioridade. Estamos mantendo conversas com possíveis opções para os próximos anos”, revelou. De acordo com a publicação, além da África do Sul, o Marrocos também é estudado.

Jim Clark venceu pela 25ª e última vez na África do Sul (Divulgação / Twitter F1)

CALENDÁRIO APERTADO

O atual calendário da F1 tem 23 provas, sendo 25 o número máximo permitido por regulamento. Dessa forma, a categoria terá que tomar algumas decisões duras se quiser incluir mais provas.

Entre os eventos na “berlinda” estão as corridas na China, Vietnã e Holanda, canceladas em função da pandemia do novo coronavírus. Targett-Adams admite o desafio de incluir novos mercados, mas sem esquecer a tradição. Para isso, a alternância de circuitos poderia ser uma solução:

— Temos a sorte de haver muito interesse, e, da mesma forma, há vagas limitadas (…) sem querer deixar nenhum dos pilares do calendário para trás ou relacionamentos de longo prazo, como gerenciamos essa oportunidade de trazer novos locais e ser capaz de alcançar fãs nessas áreas? É nesse cenário que a alternância de circuitos existentes se torna um conceito bastante interessante. E trabalhando nisso, África, EUA e Ásia é onde queremos atingir em termos de novas corridas, neste momento — concluiu.

Já Domenicali entende que, independentemente do número de corridas, a qualidade delas deve ser prioridade:

— Penso que o real foco deve ser se as corridas são realmente interessantes. Aí o balanço dos números fica fácil de encontrar. É por isso que temos que ter certeza que as provas são extremamente desafiadoras e emocionantes, porque de outro modo, até três corridas seria mais do que a gente precisa — afirmou.

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