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Cruzeiro: Antes de clássico mineiro, fundador da Máfia Azul impediu tragédia com torcedora atleticana 

Foto: Divulgação Cruzeiro / Staff Images

No último sábado (2), em partida válida pela final do Campeonato Mineiro, o Atlético venceu o Cruzeiro, no Mineirão. Se por um lado, em campo, a paz reinou, fora dele, se não fosse um torcedor cruzeirense, a história poderia ter sido diferente.

Em depoimento concedido ao Superesportes, Juliana Fonseca, torcedora do Galo, contou que, ao retornar de um campeonato de futebol infantil em que seus filhos jogaram, acabou passando pela Avenida Presidente Carlos Luz (Catalão), ponto de encontro da torcida celeste. Vestindo camisas do Atlético, ela e seus filhos, de 11 e 13 anos, começaram a ser hostilizados e ameaçados. 

-Falei com os meninos para tirarem a camisa, e eu estava com o Manto da Massa, que é cinza, não tive como tirar, porque não tinha outra roupa. Fomos a menos de 20km, trânsito todo parado, fui indo, com medo e desesperada, gente chegando a jogar pedra, falando que ia jogar foguete no carro. De repente, alguém me chama e fala que era o fundador da Máfia Azul e que iria me escoltar. Mesmo ele me escoltando houve ameaças, não havia policial. Comecei a chorar, estava muito nervosa, meus filhos ficaram apavorados, assim como minha irmã. Mas no fim tudo deu certo, graças ao Éder Toscanini.

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Fundador da Máfia Azul, maior torcida organizada da Raposa, Éder Toscanini passava pelo local e, presenciando o desespero de Juliana, não titubeou em ajudá-la.

-Deixei minha esposa e minha filha perto do Mineirão. Deixei meu carro lá e, na volta, quando descia, vi um pessoal no carro com camisa do Atlético. Comecei a seguir apontando a camisa, e o carro andando devagar, mas eles não estavam entendendo que estavam passando em uma área de torcedores do Cruzeiro. Falei com a motorista para ficar tranquila que eu ia escoltá-la. Um cara tentou me agredir, começou me xingando, outro cara acendeu um foguete e ameaçou jogar dentro do carro dela, tacaram pedra. Falei que era o fundador da Máfia Azul e mostrei minha carteira de fundador para o pessoal. Aí eles se afastaram. Foi um perigo real; relatou Éder.

Aliviada com o desfecho da situação, Juliana Fonseca agradeceu a ajuda do rapaz e afirmou esperar que o ocorrido sirva de exemplo a todos.

-Só quero agradecer, porque vou te falar, ele foi um anjo. Em um momento de ódio entre as torcidas, essa história tem que atingir muita gente para que todo mundo compreenda que violência não faz parte do esporte.

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