Vôlei

O que esperar da seleção feminina de vôlei?

(Créditos: Divulgação/FIVB )

Com a aposentadoria da capitã do último ciclo da seleção de José Roberto Guimarães, amantes do esporte se questionam sobre como será a adaptação e reformulação da equipe para os próximos torneios que contarão com a presença da seleção brasileira feminina de vôlei.

                 

Ainda em 2021, o brasileiro tricampeão olímpico e técnico da seleção brasileira, Zé Roberto, teve de enfrentar duas despedidas pós-olimpíadas: a da ponteira Fernanda Garay, de 35 anos, e da líbero Camila Brait, de 33. Ambas foram titulares absolutas em Tóquio, mas acabaram decidindo que seria melhor se aposentar da amarelinha por motivos pessoais.

Agora, em 2022, José Roberto enfrenta novamente mais um adeus. A capitã Natália Zílio, 32, que passou por diversas lesões em sua carreira, decidiu que sua dedicação será integralmente focada em seu clube e em sua família. Garay e Natália foram campeãs nas olimpíadas de 2012, juntas a Brait e Gattaz ganharam prata nos últimos jogos olímpicos. 

Mas ainda há um ponto aberto antes de falarmos do futuro sem essas peças em nossa seleção, Carol Gattaz, atleta com seus 40 anos e ainda na ativa, deixou em aberto seu futuro no esporte, afirmando que apenas tomará as devidas decisões após os playoffs da Superliga, a central defende o Minas Tênis Clube, time com a segunda melhor campanha do campeonato. Carol não decidiu se renovará com o clube mineiro e também não ousa afirmar que continuará a vestir a amarelinha ainda.

Durante as olimpíadas, a equipe do Brasil foi surpreendida com uma notificação pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). Tandara Caixeta, de 33 anos, foi suspensa por potencial violação antidoping e teve que deixar Tóquio e as Olimpíadas às pressas. O teste havia sido realizado em 7 de julho, fora da competição, no centro de treinamento de vôlei em Saquarema. A atleta ainda está cumprindo suspensão e continua afastada, o representante legal da oposta ainda não estipulou datas do seu retorno às quadras publicamente. O caso corre em segredo de justiça.

Após desfalques no novo ciclo, há uma certa curiosidade e até apreensão para os campeonatos que estão por vir, isso porque a seleção feminina disputará a VNL (Liga das Nações) no período de maio a julho, além de disputar o Campeonato Mundial de Voleibol Feminino entre setembro e outubro desse mesmo ano.

Apesar das diversas mudanças, é esperado que a ponteira Gabi Guimarães tome as rédeas e assuma a posição de liderança da seleção do Zé Roberto. A mineira que joga atualmente na Turquia pelo Vakifbank, está em seu melhor momento na carreira, e não parece ser dúvida para nenhum fã de vôlei, ela é a cara da seleção e tem conquistado pódio em tudo o que se compromete a disputar, tendo conquistado em dezembro de 2021 junto ao Vakifbank o título de campeão Mundial de Clubes.

De acordo com o site turco Voleybol Magazin, a brasileira será também capitã do time do Giovanni Guidetti, ela chegou na temporada 2019/2020, mas vem somando vitórias e acrescentando ao grupo não só na recepção e defesa como também no ataque em momentos decisivos para o time turco.

Com uma geração jovem de atletas em seu time, Barueri Volleyball Club, José Roberto demonstra a sabedoria e a sensibilidade de se trabalhar e lapidar novos talentos, foi da sua equipe que saíram nomes como Lorenne Teixeira, que está atualmente na liga japonesa e Kisy Nascimento, que defende o Itambé Minas, além de vários outros nomes que estão jogando e se saindo bem em suas temporadas.

A nossa Superliga possui nomes importantes que podem somar ao técnico, para além do Brasil, há atletas brasileiras que podem surpreender espalhadas em diversas ligas diferentes, como a polonesa, italiana, turca, grega e até na liga universitária dos Estados Unidos, nessa última citada temos uma brasileira em destaque, a ponteira Julia Bergmann.

O que se espera é que o técnico consiga impor ritmo e entrosar novos talentos com as mais experientes rapidamente, é certo que haverá uma grande responsabilidade das veteranas para com as mais jovens, a sensibilidade e ajuda na transição entre clube e seleção fará toda a diferença, e para nós, basta ficar na torcida. 

Convocadas pelas campeãs olímpicas em homenagem aos 10 anos do ouro em Londres 2012

Como forma de homenagem, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) convocou as campeãs em Londres para iniciar as preparações e apresentar os nomes que possivelmente representarão o Brasil no próximo ciclo olímpico, que acontecerá em 2024.

A lista reunirá atletas para a VNL, que inicia em 31 de maio e conta com uma fase do torneio em Brasília, entre 14 e 19 de junho.

Na segunda-feira, dia 4, a responsável por encabeçar a lista de lendas do vôlei não poderia ser outra, a consagrada líbero, Fabi Alvim, foi a primeira a divulgar dois dos nomes, que inclusive já foram citados acima, a oposta Lorenne e a ponteira Julia.

Já na última sexta-feira, dia 8, novos nomes foram chamados. A Fernanda Garay, ponteira que há pouco se aposentou da amarelinha, tendo sua última participação marcada pela conquista da medalha de prata nas olimpíadas de Tóquio, foi a campeã escolhida para convocar as “chiquititas” Lorena Viezel e Diana Duarte, apelidadas como “as torres gêmeas do Barueri”; além das duas centrais, a Karina Souza, ponteira do Barueri também foi convocada. Gabi Cândido, atleta do Fluminense chegou a ser convocada, mas recusou devido a uma paralisia facial que vem tratando.

Além das seis convocações (e uma recusa), até o momento, duas atletas foram chamadas para os treinamentos em Saquarema na condição de atletas convidadas: a levantadora Kenya Malachias, do Osasco/São Cristóvão Saúde e a oposta Lorrayna Marys, que, assim como Diana, Lorena e Karina, integrou e defendeu na última temporada o time paulista sob o comando do Zé Roberto.

Foi dada à largada aos treinos, as jovens convocadas do Barueri e a levantadora Kenya já estão em quadra, enquanto aguardamos a chegada da Julia Bergmann e da Lorenne Teixeira, que devem se apresentar nos próximos dias. Espera-se que após a final da Superliga 1XBET 2021/2022, novos nomes possam ser convocados.

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