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Gavilán planeja sequência de carreira como técnico: ‘A minha ideia é voltar ao Brasil’

Tales Leal/Pelotas

Aos 40 anos, o ex-volante Diego Gavilán, com passagens pelo Inter, Grêmio, Flamengo e Portuguesa no Brasil, segue a carreira como treinador. Em entrevista exclusiva para o Esporte News Mundo no final de dezembro de 2020, o paraguaio contou como tem sido a sua vida com a pandemia da Covid-19, os projetos para 2021 e o sonho de treinar a dupla Gre-Nal.

                 

Gavilán encerrou sua carreira como jogador no Independiente de Campo Grande, do Paraguai, em 2012. No ano seguinte, em 2013, começou a carreira de técnico no Sub-15 do Cerro Porteño, do Paraguai. Depois, ele passou por Olímpia Itá, Sport Colombia, Independiente de Campo Grande, Deportivo Capiatá, Sportivo Trinidense, e Sol de América, todos clubes paraguaios. O último clube foi o Pelotas, em 2019. No clube do interior do Rio Grande do Sul, Gavilán teve uma façanha: venceu o Inter, no Beira-Rio, por 2 a 1, de virada, pelo Gauchão. Foi a quebra de um tabu de 38 anos.

Em 2020, quando fazia planos para retornar ao Brasil, a pandemia da Covid-19 apareceu e prejudicou a sequência da carreira de Gavilán, que foi obrigado a permanecer em Assunção, no Paraguai. Mesmo com toda essa adversidade, o treinador faz curso da CBF e participa de palestras para seguir adquirindo cada vez mais conhecimentos.

— Quando eu estava para viajar ao Brasil, saiu a decisão do governo paraguaio para fechar as fronteiras e ficamos confinados até abrir a fronteira novamente. Na relação do Paraguai ao Brasil, a situação aqui está melhor e a família decidiu ficar. No Paraguai tiveram poucas trocas de treinadores e isso gera um prejuízo bastante importante porque, de alguma forma, você perde o “timming” de treinamento, muita coisa que tem a ver. Embora que, como comissão, a gente se manteve ativo durante o ano, criando situações como se a gente fosse pegar uma equipe ou como se tivesse dentro de uma equipe trabalhando. Está tendo palestras aqui com treinadores badalados, de trajetória, como Muricy (Ramalho), (Paulo) Autuori, Mano (Menezes). De alguma forma, trocando ideias para poder ocupar esse espaço que não temos em campo, mas alguma coisa podemos ganhar através da tecnologia. Hoje, estou fazendo a Licença A da CBF, embora eu já tenha a Licença Pró da Conmebol, mas acho que nós, treinadores, temos que nos manter sempre atualizados e estudados um pouco também, aproveitando essa oportunidade da CBF com o curso para ganhar um pouco mais de conhecimento e trocar ideias com os colegas. Porque o futebol é dinâmico, já que amanhã podemos ter a oportunidade de voltar a trabalhar e a gente tem que estar preparado. O curso, hoje, é online. Mas a parte prática, vamos dizer assim, vai acontecer na Granja Comary, em fevereiro, após o Brasileirão, caso a pandemia permita.

Com a chegada de 2021, Diego Gavilán quer retornar ao cargo de técnico e para isso espera por oportunidades no Paraguai ou Brasil. Segundo ele, o empresário Gilmar Veloz é quem está cuidando do seu futuro.

— Com essa virada de ano, cria-se uma nova expectativa. Lógico que quem está manejando é o meu agente, o Gilmar Veloz. Ele está manejando algumas coisas para que possa se concretizar, porque muitas vezes não depende de mim. E aqui no Paraguai começa a mexer algumas coisas de novo. Vamos ver se aparece aqui (Paraguai) ou se acontece alguma coisa no Brasil. Mas a minha ideia e da família é trabalhar, voltar ao Brasil, porque o ano passado (2020) eu tive a possibilidade de trabalhar no Pelotas, mas, por questões particulares, eu tive que voltar para o Paraguai e aconteceu tudo aquilo da pandemia, e eu fiquei por aqui. Mas a minha ideia e da minha família é voltar para o Brasil.

Por fim, Gavilán falou sobre a possibilidade de assumir um time da dupla Gre-Nal no futuro. O paraguaio conquistou três campeonatos gaúchos na sua passagem pelo Beira-Rio (2003, 2004 e 2005). Já na passagem pelo Olímpico, ele foi campeão gaúcho e vice-campeão da América, ambos em 2007.

— Eu vou me preparar para isso. Agora, não coloco na minha cabeça nunca um tempo “x” para eu pegar uma equipe, mas só Deus sabe quando e em que momento. A única coisa que eu peço a Deus é para que, quando chega esse momento, eu esteja preparado e no nível desse clube. Porque, tanto Inter como Grêmio, são dois clubes que precisam de treinadores de alto nível. Sei o que significa Inter e Grêmio, seis os bastidores, sei a exigência da torcida e sei, principalmente, quando a cidade vive como é de um lado ou outro, e isso é uma vantagem que eu tenho. Mas para poder treinar esses dois clubes, tu precisa ter uma bagagem importante e, principalmente, estar preparados em muitos aspectos, muitos conceitos. E, quando tiver a oportunidade, tu tem que dar conta do recado, porque as vezes o trem passa só uma vez e, se tu não subiu, aí já era — completou Gavilán.

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