Flamengo

Gerson se pronuncia sobre o caso de injúria racial, após prestar depoimento na delegacia

Foto: Reprodução/Flamengo

Após deixar a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, o meia Gerson se pronunciou através da redes sociais do Clube do Flamengo sobre o caso de injúria racial. O atleta salientou que tem voz ativa sobre o caso e disse que não fala só por ele, mas pelas pessoas que passam por esta situação.

– Estou aqui na Delegacia para falar sobre o ocorrido e quero deixar claro que não vim falar só por mim, mas pela minha filha, que é negra, meus sobrinhos, meu pai, minha mãe, amigos e todos os negros do mundo. Hoje eu tenho status de jogador de futebol e tenho voz ativa para poder falar, dar força para outras pessoas que sofrem racismo e qualquer preconceito – disse.

O camisa 8 chegou a delegacia, por volta das 09h53 para dar seu depoimento sobre a acusação de injuria racial que o camisa 8 alegou ter sofrido do jogar colombiano Ramirez, do Bahia. Ele foi acompanhado pelo vice jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, pelo advogado Rômulo Holanda e pelo seu pai e empresário, Marcão. O episódio ocorreu no último domingo na partida entre Flamengo 4 x 3 Bahia, no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.

No final da partida, Gerson em entrevista ainda a beira do campo para a TV Globo afirmou que o jogador do Tricolor Baiano disse: “Cala a boca, negro”. Na segunda a polícia civil abriu inquérito para apurar a denúncia de injúria racial cometida pelo jogador Ramírez. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) ouvirá atleta do Bahia, o técnico Mano Menezes e o árbitro Flavio Rodrigues de Souza.

Ramirez disse que não ofendeu o Gerson

Na noite desta segunda, o colombiano Ramirez divulgou um vídeo em que disse que não ter ofendido o camisa 8 do Rubro-Negro:

– Em nenhum fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com qualquer outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e o Bruno Henrique finge e eu arranco a correr e eu digo a Bruno que” jogue rápido, por favor”, “vamos irmão, jogar sério”. Aí ele joga a bola para trás e Gerson, não sei o que me fala, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei “joga rápido, irmão”.  

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