A derrota nos últimos segundos para Jiri Prochazka no UFC 275 talvez será lembrada para sempre por Glover Teixeira. Mas mais do que ver o cinturão dos meio-pesados do Ultimate deixar suas mãos faltando muito pouco para uma vitória praticamente certa, o que mais deixa o brasileiro decepcionado foi com o fato de que poderia ter encerrado a luta antes de ser finalizado pelo tcheco.
Ao podcast Trocação Franca, o mineiro lembrou que, pouco antes de perder a luta e o título em Singapura, por pouco não finalizou o rival com uma guilhotina num momento em que o tcheco esteve em dificuldades. Um momento que, segundo o próprio, o faz chorar ao reassistir a luta.
– Foi instinto né? Ele botou a cabeça para baixo e o pescoço dele caiu direto na guilhotina. Eu não tentei, foi ele que deixou a posição para mim. Eu poderia ter sido mais paciente, claro, acho que me apressei. Mas, do mesmo modo que ele me pegou depois, quando a gente consegue machucar o cara e você vai para a finalização porque ele vai bater, talvez aconteça A guilhotina, cara… só de ver de novo sinto que vou chorar – declarou Glover.
O agora ex-campeão não se arrepende de tentar se arriscar por uma finalização numa luta bastante disputada como foi a do último sábado. Citando nomes históricos do jiu-jítsu, o brasileiro defendeu a atitude e lamentou que não tenha conseguido finalizar Prochazka.
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– Sempre disse isso, que sempre uma finalização pode acontecer no MMA. Você pode colocar o Roger Gracie, que tem o melhor jiu-jítsu do mundo. Se ele levar uma porrada e ele sentir, qualquer um pode pegar ele no mata-leão. Se você enfrentar o Rodolfo Vieira no jiu-jítsu, você não conseguir finalizá-lo. Eu sei disso, mas acontece no MMA e aconteceu comigo – declarou o mineiro.
– Muita coisa acontece na luta e a gente tem que aprender com elas. Do tipo ‘se eu fizesse isso ou aquilo’. Sempre vejo minhas lutas para achar algo para corrigir, ganhando ou perdendo. Sempre me critico e procuro corrigir meus erros. Mas é o que é – completou.
