Automobilismo

Análise: Após dobradinha na classificação, Ferrari chega como favorita à vitória no GP de Mônaco

Foto: Divulgação/Scuderia Ferrari

Além de todo o glamour, o GP de Mônaco é conhecido por ter a pista mais travada de todo o calendário da Fórmula 1, o que torna as ultrapassagens praticamente impossíveis. Por isso, a classificação é uma atividade chave e que pode dizer muito sobre o resultado final da corrida no domingo.

                 

Ao que tudo indica, o cenário está completamente favorável a uma vitória da Ferrari, e quem sabe até uma dobradinha. Na sexta-feira, no primeiro dia de Treinos Livres, o time italiano mostrou a que veio. Charles Leclerc liderou as duas primeiras sessões, enquanto Carlos Sainz foi segundo e terceiro, respectivamente.

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No último Treino Livre a situação se inverteu. Em uma sessão que o primeiro lugar se alternou entre Red Bull e Ferrari inúmeras vezes, Sergio Pérez se sagrou o mais rápido. No entanto, ficou apenas 0,041s a frente de Leclerc.

A proximidade no Treino Livre 3 dava a entender que a disputa pela pole-position seria acirrada, mas não foi o que aconteceu. Leclerc liderou completamente o Q3 e, na última tentativa de volta rápida, viu Pérez cometer um erro que prejudicou a volta de Sainz e Max Verstappen.

Com isso, a primeira fila amanhã será formada por carros da Ferrari, enquanto as duas Red Bull vêm logo atrás.

Além do resultado perfeito na classificação, existem outros dois fatores que podem colaborar para a vitória do time italiano no GP de Mônaco: o traçado e o baixo desgaste de pneus.

A pista do principado é caracterizada por seus trechos de baixa velocidade, o que foi bom para a Ferrari em outras corridas ao longo do ano. As pistas do Bahrein, Áustrália e Barcelona também têm pontos de baixa velocidadee foram fundamentais para o F1-75 exercer um bom desempenho.

O desgaste prematuro do pneu dianteiro foi um dos pontos fracos apresentados pela esquadra de Maranello em 2022, tanto que Leclerc sofreu com isso nos GPs de Ímola e Miami. Contudo, a degradação da borracha deve ser muito menor no GP de Mônaco por dois motivos.

O asfalto no principado é bastante liso e é aberto para o tráfego durante a noite, o que ajuda no emborrachamento da pista, que aumenta a aderência dos carros. Ademais, as curvas de baixa velocidade exercem menos pressão sobre os pneus. Tudo isso resulta em um desgaste menor dos compostos. Não à toa, a Pirelli disponibilizou a gama de pneus mais macia (C3, C4 E C5) para o GP de Mônaco.

A própria fornecedora, inclusive, acredita que uma parada nos boxes será o suficiente para completar a corrida de amanhã. Falando em pits stop, esse pode ser um dos ‘pulos do gato’ da Red Bull para tentar reverter a situação.

Sabendo da dificuldade de ultrapassagem na pista, o time dos energéticos podem se valer da estratégia para vencer o GP de Mônaco, em uma eventual tentativa de fazer o undercut. Mas, para que isso funcione, a largada é fundamental.

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Se Pérez ou Verstappen não conseguirem se posicionar, no mínimo, entre os dois carros da Ferrari no apagar das luzes, as chances de vencer reduzem drasticamente. Afinal, o time de Maranello pode usar o piloto que estiver na segunda colocação como uma espécie de escudeiro, que diminua o ritmo e ‘trave’ os rivais taurinos enquanto o companheiro de equipe estiver nos boxes.

Aos supersticiosos, tem mais um fator que pode ser favorável à Red Bull. Desde os tempos de Fórmula 2, Leclerc nunca terminou uma corrida em Mônaco. Além disso, Sainz vem em uma fase ruim e está cometendo erros em quase todos os fins de semana de GP. Seguindo por esse caminho, não seria absurdo pensar que a chegada de uma possível chuva estrague todos os planos da Ferrari.

A largada para o GP de Mônaco será no próximo domingo (29), às 10h, no horário de Brasília.

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