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Grupo de torcedores do Flamengo critica acordo com Havan e cita relação entre empresa e Bolsonaro

Foto: Divulgação

O Flamengo anunciou nesta segunda-feira o patrocínio com a Havan. A marca ficará estampada na manga do uniforme até o fim de 2021 e renderá R$ 6,5 milhões em sete meses. No entanto, o grupo de torcedores, chamado de “Flamengo da Gente” se posicionou contrário o acerto entre as partes. Além disso, comentou sobre a relação entre a empresa e o presidente Bolsonaro.

— Não é justificável o Flamengo aceitar levar na camisa uma marca que incentiva o negacionismo em relação à principal crise sanitária das últimas décadas — em trecho da nota e ainda complementa.

 — A Havan carrega Bolsonaro em sua garupa e a história julgará quem fez questão de ser sócio desse projeto político — completou.

O último momento entre Bolsonaro Luciano Hang, dono da empresa Havan, aconteceu na tarde da última sexta-feira durante a inauguração de uma ponte sobre o Rio Madeira, no Distrito de Abunã, em Rondônia. O dono da empresa subiu na garupa do presidente em uma moto, o que gerou muitas críticas.

Como de praxe, o contrato terá que passar pelo Conselho Deliberativo para ser aprovado, o que deve ocorrer nos próximos dias.

O Flamengo estipulou, no orçamento de 2021, faturar R$ 149 milhões nesta temporada, o que representa um aumento de R$ 43 milhões em relação a 2020, quando arrecadou R$ 98 milhões, conforme os documentos do clube.

Foto: Divulgação

VEJA A NOTA:

O Flamengo da Gente lamenta a decisão da diretoria de associar a imagem do clube à empresa de um dos maiores fiadores e incentivadores de um governo responsável pela morte de centenas de milhares de brasileiros. Não é justificável o Flamengo aceitar levar na camisa uma marca que incentiva o negacionismo em relação à principal crise sanitária das últimas décadas.

A Havan é muito mais do que uma empresa catarinense de varejo. Seu dono se orgulha de ser um braço avançado de um projeto político de extrema-direita, com os ônus e bônus de seu posicionamento público. Há, por certo, questões econômicas e mercadológicas a serem ponderadas em qualquer cenário e a esse debate ninguém deve se furtar. Mas não há como tapar o sol com a peneira: a Havan carrega Bolsonaro em sua garupa e a história julgará quem fez questão de ser sócio desse projeto político.

Houve um tempo em que todos os brasileiros se orgulhavam da camisa da Seleção Brasileira. Hoje, infelizmente, a camisa da CBF virou símbolo de uma ideologia reacionária e ampla parcela dos brasileiros não se sente mais à vontade de envergá-la. Não podemos permitir que o Manto Sagrado enverede pelo mesmo caminho.

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