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Grupos políticos do Vasco da Gama se manifestam em relação ao momento ruim do time e cobram promessas da gestão

Vasco inicia venda de ingressos
Foto: divulgação

O Vasco da Gama encerrou na última quarta-feira (18) o primeiro turno do campeonato brasileiro da série B com derrota para o Londrina por 2 a 1 em São Januário. Com o resultado o time comandado por Lisca está em décimo lugar com 28 pontos conquistados e corre riscos de não retornar para a primeira divisão.

Por causa dos péssimos resultados no campo, quinto lugar no carioca, eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil, o ambiente político do Vasco esquentou novamente e dois grupos que se posicionam atualmente como oposição divulgaram notas. O primeiro foi o grupo ArquiBaVasco, que postou no dia 18 de agosto.

Nesta quinta-feira (19) depois da derrota para o Londrina, o grupo Guardiões da Colina também divulgou uma nota citando os problemas do Vasco da Gama e promessas não cumpridas pela gestão. Principalmente em relação ao plano de 100 dias do grupo que comanda o Vasco atualmente.

Confira as notas na íntegra

Grupo ArquibaVasco

Velhos problemas, velhas desculpas.
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É extenuante a situação de nós torcedores vascaínos.
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Não bastasse a crise vivenciada no futebol, diariamente somos achincalhados com as situações noticiadas.
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Independente da decisão surpreendente do Dr. Fernando Reis de Abreu, a vitimização da atual gestão, refletida na nota expedida, atesta sua incompetência ao informar a inviabilidade do clube.
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Grande parte de seus membros são oriundos e tomadores de decisão da gestão que a antecedeu e, mesmo os que não faziam, foram parte presente da “transição mais pacífica dos últimos 20 anos no clube”. Portanto, nada pode ser pontuado como surpresa.
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O VP Adriano mendes, aponta soluções de austeridade que não passam meramente de um “enxugamento de gelo”. O mesmo VP de Controladoria por dois dos três anos da gestão anterior, capitaneou a elaboração e disseminação de um plano de recuperação financeira, com a segunda ação se materializando por meio de eventos à investidores inclusive, que previa um período de tempo para sua maturação e consolidação, de modo demandar que a execução do plano referenciado ocorresse tanto no mandato anterior, bem como na gestão seguinte pela característica de médio e longo prazo do plano recuperação financeira supracitado.
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Os cortes, as contratações duvidosas, não ajudaram na diminuição das dívidas, pelo contrário, resultou no aumento do passivo – e pior – refletiu no encolhimento das receitas. Clamamos por soluções contundentes e não promessas, que já vimos que não deram certo.
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O mínimo que se espera de quem disse ter todos os problemas do Vasco mapeados é que não sejam usadas as mesmas desculpas para justificar o fracasso da continuação da Gestão anterior.

Confira a nota do grupo Guardiões da Colina

O Guardiões da Colina não pode e nem tem o direito de se manter em silêncio diante do já concreto desastre administrativo, financeiro e esportivo que vem sendo conduzido pela gestão do presidente Sr. Jorge Salgado.

Poucos dias após uma campanha positiva, crítica às administrações anteriores, repleta de afirmações, planos de soluções e promessas de profissionalismo na gestão do Clube, o vascaíno mais atento teve vislumbre da calamidade que estava por vir ou a continuidade da que vivemos há mais de duas décadas.

A primeira proposta não cumprida – Plano de 100 Dias – apontou que venderam o que não tinham para entregar, não passavam de ideias lançadas em telas de powerpoint e documentos em pdf, sem qualquer sustentação com a realidade do que tinham e diziam-se capazes.

Foi divulgado aos quatros ventos para quem quisesse ver, ouvir ou ler, coisas como:

  • Temos fundo de R$ 100 milhões.
  • O Salgado tem muita credibilidade, é recebido nas entidades financeiras com tapete vermelho.
  • O Salgado está a um telefonema dos maiores clubes do mundo.

Como se constata com facilidade tudo não passou de ilusão, criaram enredo fictício, mexeram com a emoção do vascaíno, apresentaram embalagem nova de conteúdo antigo, onde vieram participantes de administrações passadas muito criticadas por eles próprios, tendo a frente um legítimo representante da casta que conduziu ou se omitiu ao processo de destruição do Vasco.

Não por outra razão, vimos recentemente movimento dito saneador, no sentido de afastar sócios e ex-dirigentes que feriram o estatuto e prejudicaram o Clube, que no final resultou na exclusão dos inimigos políticos, não que não houvesse razão para expulsão, e proteção ao amigo do presidente Salgado, Sr. Godoy, outro destacado representante da casta.

Os últimos dias foram bem característicos do velho-novo da gestão Salgado. O Vasco fora do Ato Trabalhista e tem a execução das dívidas trabalhistas determinadas pelo TRT-1, até o momento num total de quase R$ 100 milhões; vira o turno do fraquíssimo brasileiro da série B em décimo lugar; salários voltam a não ser pagos em dia; nenhum movimento de melhora do elenco que já deu provas em demasia de sua fragilidade, desequilíbrio e descompromisso, reflexo da falta de comprometimento da diretoria; e, ainda dão folga a dois jogadores que estiveram na Olimpíada, quando todos os demais de outros clubes retornaram as atividades normais, inclusive jogando partidas inteiras.

Qual a reação dos dirigentes? Festejar participação de jogadores na Olimpíada, lançar patch comemorativo de jogador que completou 100 jogos e com erro na data, e os até então tão vaidosos, faladores e donos da verdade desapareceram, não dão qualquer satisfação aos vascaínos, sumiram das redes sociais.

Não ficou só nisso, como ápice tiveram a desfaçatez de alegar como justificativa de tanto insucesso a “Herança Maldita”. Isso fala por si só. Contudo, não se pode deixar de mencionar que a atual gestão da Mais Vasco, do Presidente Jorge Salgado, assumiu legitimamente o Clube ciente do cenário real, e contando com Conselho Deliberativo milagrosamente harmônico, para os padrões beligerantes dos últimos 20 anos, disposto a ajudar a retirar o Vasco do limbo.

Ainda foram capazes, no afã defender e esconder a incapacidade administrativa, usar de maneira leviana e desrespeitosa a belíssima, diríamos ímpar, história do Club de Regatas Vasco da Gama em nota sobre a determinação de execução da dívida trabalhista pelo TRT -1. Uma lástima! Imperdoável!

Está faltando liderança e sobrando omissão. Os torcedores, sócios torcedores, adeptos do CRVG clamam por compostura, por mais atitudes e menos palavras vazias. É preciso coragem e vergonha na cara para dar fim a essa situação vexaminosa com providências concretas e proporcionais à energia vaidosa da hora de se orgulhar de lançar uniforme ou de fazer selfie em almoço em São Januário em busca de likes, enquanto o Vasco respira por aparelhos.

Somos todos orgulhosos das nossas lutas da nossa bandeira, e da nossa história, até porque ela é hoje a única coisa que nos resta e nos une. O que temos para comemorar na semana de aniversário do Vasco? O Clube estar fora do ato trabalhista? Ou estar em décimo lugar da segunda divisão do futebol brasileiro? Ou a imobilidade da diretoria?

Por fim, destacar que os vascaínos estão vacinados contra quimeras, não serão possíveis novidades relevantes a serem apresentada no dia 21, quando o Vasco completará 123 anos, capaz de lançar nuvem de fumaça sobre a realidade trágica dessa gestão.

Saudações Vascaínas.

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