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Guerrero relembra detalhes da lesão e do longo período sem atuar pelo Internacional

Reprodução/Internacional

16 de agosto de 2020 e 14 de março de 2021. Essas duas datas ficaram marcadas na história do peruano Paolo Guerrero. A primeira por dor e tristeza, afinal é o dia em que o jogador rompeu os ligamentos cruzados do joelho direito. Já a segunda foi o momento de redenção quando, quase 7 meses depois, o atacante do Internacional finalmente voltou a atuar profissionalmente. Diante deste cenário complexo para Guerrero, o colorado resolveu fazer um vídeo, em que o artilheiro relembra o momento da lesão e revela detalhes da recuperação e do quanto sofreu por não atuar.

                 

– Eu não tinha visto o zagueiro, Luccas Claro, se aproximar. Então eu tentei ajeitar a bola e ele chega muito forte e me machuca. No primeiro momento senti muita dor, e que alguma coisa tinha quebrado. Mas nunca pensei que era o ligamento. Na hora pensei que era o menisco, ou uma coisa mais suave. Sabia que eu não podia continuar por causa das fortes dores, não conseguia andar direito. No banco botaram gelo e, já no hotel, o doutor Caputo me passou que tinha certeza que era rompimento dos ligamentos cruzados do joelho. Já no Rio de Janeiro, no dia seguinte, e também no voo de volta, meu joelho estava muito inchado – relembrou Guerrero sobre o lance que resultou na lesão, uma dividida com o zagueiro Luccas Claro, do Fluminense, em partida pelo Brasileirão.

Como a lesão se deu em meio à disputa do Campeonato Brasileiro, isso acabou sendo mais um problema para Guerrero. Além da parte física debilitada, o peruano revelou que também sentiu muito o fator psicológico nesse período afastado. Ver os companheiros atuando, e não poder ajudar, deixava o artilheiro “muito triste”.

– O mais difícil foi ver meus companheiros jogando. Tinham diversos momentos em que eu queria estar ali com eles. Para mim é muito bom viver a vida do futebol, dentro da concentração e dos treinos. Deixar de fazer isso te limita muito. Ainda mais não podendo caminhar, correr, ou praticar esportes. Eram momentos tristes quando eu assistia os jogos. Eu tentava ver pois queria lá estar. E não poder estar me deixava muito triste – revelou Guerrero, com um semblante triste no rosto.

Guerrero dá detalhes de como foi a recuperação

A parte emocional abalada demorou para se recuperar, mas a parte física teve trabalhos intensos para acelerar a volta de Guerrero. Com detalhes temporais e de exercícios, o atacante falou sobre como foram os primeiros meses de avaliação e treinamentos, até finalmente poder voltar a correr em volta do gramado do Centro de Treinamentos Parque Gigante.

– Primeiros 15 ou 20 dias eu fiquei em casa. Depois vinha para o clube fazer fisioterapia. Após isso tiraram uma muleta e, uma ou duas semanas depois, a outra. Comecei então a pôr o pé no chão e caminhar. Mas sempre vindo no CT fazer fisioterapia. Então passei a vir em um turno e um pouco mais com o passar do tempo. Após sair da fisioterapia fui trabalhar o fortalecimento, para a perna ficar forte novamente pois eu tinha perdido muita massa muscular. Esse trabalho de força, em dois turnos, durou um mês e meio. Comecei a correr somente com 4 meses. Fizemos um teste, os níveis de força entre pernas tinham alguma diferença, mas não era tanto, daí me liberaram para correr. Para um atleta só isso já é um alento e passa confiança, de que tu já estás voltando aos poucos – detalhou Guerrero, sobre os momentos iniciais de recuperação.

O processo de transição, a partir do momento em que passou a correr, foi mais rápido para Guerrero. Todavia, o sonho de finalmente voltar a chutar a bola fez parecer que foi mais para ele. Além disso, o desespero de não poder ajudar na reta final de Brasileirão incomodou o artilheiro. Diante de todo esse cenário, o jogador expressou a imensa emoção de ter voltado aos gramados, na vitória sobre o Ypiranga, pelo Campeonato Gaúcho.

– Nesse período sempre esteve o sonho de poder chutar a bola, jogar e brincar. É isso que faz os atletas felizes. Com 5 meses e pouco passei a treinar com o professor Élio Caravetta (preparador físico). Foi uma preparação muito boa, ótimos trabalhos com ele. E a partir daí já passei a fazer alguns treinos com o time, bem na época do fim do Campeonato Brasileiro. Meu desespero ali era de ir mais, de que pudesse estar nessa luta pelo título. Eu sou muito ansioso e queria estar do lado dos meus companheiros. Mas foi assim e hoje estou muito feliz de ter voltado e quero retomar o meu nível o mais rápido possível – finalizou Guerrero, visivelmente emocionado por relembra estes quase 7 meses sem entrar em campo pelo Internacional.

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