O diretor executivo da base do Cruzeiro, Gustavo Ferreira, participou de uma live no canal Somos Gigantes, no Youtube, nesta terça-feira (2). Uma de suas declarações, quando falou em implantar um “Dia da dificuldade” na Toca, repercutiu nas redes sociais.
O Cruzeiro passa por uma crise financeira jamais vista em sua história. Os jogadores da equipe profissional estão completando quase três meses sem receber seus salários e os funcionários receberam seus pagamentos correspondentes ao mesmo período há poucas semanas.
Sobre o assunto, o diretor executivo foi perguntado sobre uma possível falta de alimentação dos atletas da categoria de base do clube, alegada pelo pai de um dos jogadores. Gustavo se mostrou enfurecido sobre o assunto.
—Eu convido o pai do Sales Neto (jogador da base), a vir almoçar aqui com a gente. Vocês conseguem ver? (O diretor mostra uma foto, que segundo ele, é sobre o almoço desta terça-feira na Toca I). Nunca chegou a faltar alimentação na Toca, nunca.
O diretor executivo da base do Cruzeiro completou ao falar que esse assunto é um desrespeito com a população.
—Se tem uma coisa que me tira do sério, é falar que faltou alimentação. É um desrespeito com a população, com o país na pandemia e as pessoas perdendo emprego, com a dificuldade que o país passa. É inadmissível falar que faltou alimentação, é uma ofensa à população brasileira. Quisera eu ter alimentação que tem dentro do Cruzeiro hoje. O nutricionista é um dos melhores do país.
Logo em seguida, comentou sobre a ideia que deseja pôr em prática na Toca da Raposa, o chamado “Dia da dificuldade”, para os atletas verem a realidade de muitas famílias no país.
— Vai ter o Dia da dificuldade. Porque uma vez por mês, os meninos vão ver o que é dificuldade, o que a família brasileira passa. Porque aqui é tanta fartura, tanta coisa bacana, que às vezes os meninos até esquecem e ele fica um pouco alienado. O quanto o mundo tá complicado hoje, o quanto é difícil para um trabalhador com salário mínimo colocar comida na mesa? Nós estamos fazendo os treinos online, mas foram inúmeras vezes que os pais e os meninos pedem para voltar, que não desejam ir para casa. A gente lamenta.
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