Automobilismo

Haas confirma rescisão de contrato de Mazepin e patrocinador

A Haas confirmou na manhã desse sábado, 5, a rescisão do contrato de Nikita Mazepin e seu principal patrocinador e reposição pode ser brasileira.

Foto: Divulgação / Haas F1 Team

Faltando menos de duas semanas para o início da temporada de 2022 da Fórmula 1, a Haas oficializou nesse sábado, 5, a saída de Nikita Mazepin. A rescisão com o piloto vem acompanhada da saída do principal patrocinador da equipe, a Ural Kali, representada pelo pai de Nikita, Dmitry Mazepin.

(Divulgação / Haas F1 Team)
Nikita Mazepin deixa a Haas após apenas um ano na Fórmula 1 (Divulgação / Haas F1 Team)

A saída do dinheiro russo do time americano é mais um movimento dentro da Fórmula 1 causado pela invasão da Rússia à Ucrânia. No último dia de testes em Barcelona (ocorreram entre 23 e 25 de fevereiro), a Haas já havia retirado a pintura e a marca da Ural Kali do carro, indo para a pista com o VF-22 praticamente todo branco.

Na nota divulgada nas redes sociais, a equipe oficializou as saídas e declarou solidariedade e apoio à população ucraniana:

— Haas F1 Team escolheu encerrar, com efeito imediato, o patrocínio da Ural Kali, e o contrato do piloto Nikita Mazepin. Assim como o resto da comunidade da Fórmula 1, o time está chocado e entristecido pela invasão da Ucrânia, e torce por um fim rápido e pacífico para o conflito.

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Recentemente, a Federação Internacional de Automobilismo recebeu um pedido da Ucrânia que requisitava o banimento de pilotos russos e belarussos do automobilismo internacional. A FIA, no entanto, optou por, além de outras decisões, apenas proibir o uso de qualquer símbolo referente ao estado russo (bandeira, hino, etc), e então os pilotos correrão sob uma bandeira neutra.

Como resposta à decisão, Mazepin publicou nas suas redes sociais uma nota declarando sua decepção com a maneira que decidiram retirá-lo do grid, e que a Haas teria “ignorado” o piloto:

— Queridos fãs e seguidores, estou muito decepcionado em ouvir que meu contrato na F1 foi encerrado. Enquanto eu entendo as dificuldades, a decisão da FIA somadas as minhas contínuas tentativas em aceitar as condições propostas para eu continuar foram completamente ignoradas e nenhum processo foi seguido nesse passo unilateral. Para aqueles que tentaram entender, meu eterno agradecimento. Eu considero meu tempo na F1 muito valioso e genuinamente espero que poderemos estar juntos em tempos melhores. Terei mais a dizer nos próximos dias.

A reposição para o piloto deve ser anunciada no começo da próxima semana, enquanto a primeira sessão oficial de testes da pré-temporada se aproximam, com data marcada para o início no dia 10 de março, quinta-feira, no Bahrein. As primeiras opções da Haas devem ficar entre Antonio Giovinazzi e Pietro Fittipaldi, ambos pilotos reservas.

O italiano Giovinazzi atualmente corre na Fórmula E, e as datas correspondentes dos dois calendários poderiam ser um problema se o antigo piloto da Alfa Romeo não abandonasse a Dragon / Penske Motorsport durante a temporada. Essa problemática já foi prevista pela Ferrari quando anunciou Mick Schumacher na reserva, dizendo que o alemão seria a opção quando Giovinazzi não estivesse disponível.

Enquanto isso, Pietro Fittipaldi é da Haas desde 2019, e reserva da equipe desde 2020, chegando a pilotar em duas corridas, nos GPs de Sakhir e Abu Dhabi, após o grave acidente de Romain Grosjean. Segundo relatórios da imprensa alemã, o brasileiro seria a primeira escolha da equipe americana.

(Divulgação / Pietro Fittipaldi)
Pietro Fittipaldi voltou à Stock Car em 2022 na corrida de duplas com Tony Kanaan (Divulgação / Pietro Fittipaldi)

Outras opções fora da reserva da Haas surgiram em rumores. O prodígio Óscar Piastri, hoje reserva na Alpine, foi considerado pra vaga, mas seu vínculo com a escuderia francesa pode complicar a negociação. Nico Hülkenberg também é um nome que sempre é levantado nessas situações, com o alemão sendo o piloto reserva da Aston Martin na última temporada. Sua última corrida foi em outubro de 2020, quando substituiu Lance Stroll na corrida em Eifel, na Alemanha.

Quanto à invasão russa na Ucrânia, segundo dados publicados pela Organização das Nações Unidas (ONU), o número de refugiados do país já passa de 1,2 milhão de pessoas, e a expectativa é que o crescimento desse número se intensifique nos próximos dias. Enquanto isso, a segunda tentativa de cessar-fogo definitivo não teve sucesso, porém, “houve um entendimento” de um corredor humanitário para passagem dos refugiados. A terceira negociação deve ter data definida nos próximos dias.

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