O São Paulo acertou, no último sábado (17), a rescisão de contrato com o meia Hernanes, de 36 anos. Nesta segunda, em entrevista ao ‘Bem, Amigos’, o veterano falou sobre como foi a difícil saída do Clube do Morumbi, que o revelou.
– O que me fez chegar até a diretoria, de uma forma amigável, foi isso: eu estava sendo útil da maneira que eu poderia ser, mas não era a maneira que eu queria e nem que estava acostumado. Queria voltar a ser protagonista dentro de campo, e percebi que no São Paulo não estava conseguindo, por mais que eu tentasse. Não estava conseguindo. E esse é o sentimento, ser útil. A gente está aqui para servir através do nosso trabalho, e não, colocar todo nosso potencial para fora para servir. Acabei tomando essa decisão, pois acredito que posso ser útil, quero muito ainda jogar futebol. Me transformaram num ídolo, é legal e tudo, mas quero voltar a ser jogador de futebol. Então esse foi o principal motivo para deixar o São Paulo neste momento. Quero jogar. – disse o meia.
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O torcedor tricolor pode acabar reencontrando o ídolo. Durante a entrevista, Hernanes comentou que gostaria de continuar atuando no Brasil.
– Na verdade, eu gostaria muito (de continuar) no Brasil, estou com muita vontade de jogar o Brasileirão. Fiquei alguns jogos no banco, estava com muita vontade mesmo. Já joguei vários campeonatos, a Série A da Itália, mas o Brasileirão tem uma magia legal. Gostaria muito de me encaixar num clube aqui no Brasil. Já chegaram (contatos), estou avaliando e pensando com cuidado. Tem cidade que só tem um clube (risos) – falou.
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Mesmo que não tenha revelado seu futuro clube, o meia de 36 anos falou como chegaria para uma nova oportunidade.
– Para ter um Hernanes que não está no top, conseguindo fazer a diferença, na minha posição tinha: Liziero, Igor Gomes, Benítez, Rigoni, Vitor Bueno… qualquer um desses jogadores consegue suprir. Tem muita competição. Se você não está bem, acaba ficando fora. Um clube que não tenha tanta competição e precise que eu esteja bem, vai me dar uma atenção e tempo maior. É o que eu preciso. E o treinador entender a posição que quero jogar, que eu me sinta melhor, possa ajudar e ser útil – disse o meia.
Hernanes também falou sobre um possível futuro como treinador.
– À princípio, eu sempre dizia que quando eu parasse de jogar eu já teria descartado a opção de ser treinador. Não é que quero ser, mas hoje eu digo que pode ser. Vou deixar essa porta aberta até o momento que eu encerrar a carreira e eu já quero estar preparado para poder exercer, se for necessário e se assim me aparecer uma oportunidade. Tenho feito atividades com meu irmão que já foi jogador profissional lá no Nordeste e tem visão muito boa de futebol. Temos feito um trabalho de captação de jogadores. É um lado que quando encerrar através de minha rede de contatos, Brasil e Itália podem ser interessantes – finalizou.
