Uma análise econômica-financeira anual realizada pelo banco Itaú BBA indicou que o Internacional teve mais pontos negativos do que positivos em seus cofres no ano passado.
De acordo com o estudo, o colorado teve o aumento das receitas como o ponto positivo em 2019. Por outro lado, seis pontos distintos foram listados pelo banco como itens que não funcionaram no clube no ano passado.
O que deu certo:
- Aumento de receitas totais;
O que não funcionou:
- Dependência de vendas de atletas para gerar caixa;
- Crescimento de custos;
- Investimento acima da capacidade;
- Aumento de dívida;
- Alavancagem acima do ideal;
Portanto, de acordo com a análise, alguns pontos foram primordiais para que desencadeasse problemas financeiros no Inter. As dívidas, por exemplo, cresceram 29% em relação a 2018. Os maiores impactos estão nos impostos, as despesas com salários e os valores a pagar aos clubes – também os investimentos, que totalizaram R$ 81 milhões em 2019.
“O clube precisa encaixar um modelo mais eficiente de gestão, com controle efetivo de custos e menor dependência de receitas não-recorrentes ou variáveis. Não é mais possível trabalhar um clube de futebol esperando apenas a venda de atletas ou contando com uma conquista para fechar as contas”, alerta o relatório.
Os problemas seguem
Neste ano, o Internacional continua enfrentando problemas financeiros – com o agravante da pandemia da Covid-19. Nos primeiros cinco meses, o colorado acumulou R$ 51 milhões de déficit.
A maneira encontrada pelo clube para gerar receitas é a venda de atletas. O lateral-esquerdo Erik e o atacante Gustavo foram vendidos e deixaram uma quantia nos cofres do Beira-Rio. Porém, os gaúchos ainda buscam vender jogadores na janela de transferência para equacionar suas contas e diminuir os prejuízos em 2020.
O zagueiro Bruno Fuchs é o principal nome especulado no Velho Continente. Clubes como Ajax-HOL, Arsenal-ING e Milan-ITA já fizeram sondagem pelo jogador, mas nenhuma proposta oficial chegou. O Inter segue na expectativa e estipula o valor de 15 milhões de euros (R$ 90,7 milhões) para negociar o defensor.
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