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Nova investigação da Polícia Civil apura irregularidades nas negociações do Cruzeiro envolvendo Arrascaeta

Foto: Divulgação/Cruzeiro

Atualmente no Flamengo, as negociações do Cruzeiro envolvendo a compra, a renovação e a saída do meio-campista Arrascaeta viraram alvo de investigação da Polícia Civil. A suspeita é que existam irregularidades nas movimentações de quantias pagas nas comissões nesses três momentos da passagem do uruguaio pela Raposa, Irregularidades essas feitas com intuito de beneficiar ex-dirigentes do clube estrelado, entre eles o ex-presidente  Wagner Pires de Sá e o ex vice-presidente de futebol, Itair Machado.

Segundo informação inicialmente divulgada por Gabriel Duarte, do ge.globo, a investigação foi iniciada após o recebimento de uma denúncia e os envolvidos podem ser indiciados por formação de organização criminosa e apropriação indébita. Somadas, as comissões superam R$ 12 milhões e a investigação é um desdobrament0o de um primeiro inquérito, em novembro.

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Citado na investigação, André Cury, empresário no futebol, esteve presente nas negociações de Arrascaeta em 2015 (venda do Defensor, do Uruguai, ao Cruzeiro) e 2019 (negociação do Cruzeiro para o Flamengo). Aliás, segundo acordo entre Cruzeiro e Flamengo, por intermediar as tratativas em nome do clube mineiro, Cury teria direito a R$ 4,257 milhões. O Cruzeiro, então, firmou o repasse de dos R$ 1,2 milhão da venda do meio-campista Maurício ao Internacional, em outubro do ano passado.

No outro momento citado, a renovação do contrato do jogador, em 2018, a Polícia Civil apontou, no relatório do inquérito, a suspeita de “possível influência indevida” e irregularidades nas negociações. Sobre todo o processo, as defesas de Itair Machado, Wagner Pies de Sá e André Cury se pronunciaram à reportagem do ge.globo. Confira:

Romeu Rodrigues, advogado de Wagner Pires de Sá:

— São fatos requentados e que já foram investigados no inquérito anterior e que foram apresentados agora. Lamentavelmente, o Cruzeiro tomou rumos de páginas policiais. Não é só uma questão jurídica, tem toda uma paixão que envolve o clube. O Wagner ainda não foi citado para apresentar a defesa. O inquérito está na delegacia para finalizar o segundo relatório da investigação.

Bruno Agostini, advogado de Itair Machado:

—  A alegação do senhor Itair Machado é que, na maior parte das questões que se encontram neste novo inquérito, nada mais é do que matérias requentadas do inquérito anterior. O que de novo poderia surgir que não seria matéria do inquérito anterior? Mas o senhor Itair Machado continua à disposição da Justiça, da Polícia Civil e da Corregedoria.

Já a defesa do empresário André Cury disse “lamentar que haja essa possibilidade, especialmente por colocar em questionamento instituições que deveriam proteger o cidadão de bem que exerce de forma lícita a sua profissão e paga devidamente seus impostos.”

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