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Juventus perde 15 pontos no Campeonato Italiano e ex-dirigentes são punidos em fraude fiscal

Juventus integrou projeto da Superliga Europeia em 2021 (Emilio Andreoli/Getty Images)
Emilio Andreoli/Getty Images

A Juventus mais uma vez é punida de forma séria no âmbito esportivo por causa de erros cometidos em sua gestão. Nesta sexta-feira (20), a Corte Federal de Apelação da Federação Italiana de Futebol (FIGC, em italiano) acatou pedido de denúncia da Procuradoria Federal, reabriu o caso e penalizou o clube italiano e seus ex-dirigentes. Os piemonteses perdem 15 pontos na atual tabela de classificação do Campeonato Italiano, além do banimento da cúpula diretiva que comandava a equipe até o último mês de novembro.

                 

A Velha Senhora foi acusada de manter um sistema de adulteração de valores de forma proposital para equilibrar os balanços financeiros a serem apresentados a cada ano. O caso tinha sido encerrado no último mês de abril. Mas, de acordo com o Ministério Público Federal, surgiram novas provas das irregularidades cometidas, principalmente materiais em áudio, evidências colhidas pelas autoridades de Turim que apontaram fraudes nos valores apresentados pela Juventus com o objetivo de manter sua respectiva licença para permanecer na elite do futebol italiano e disputar competições nacionais e internacionais.

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A princípio, a Procuradoria pediu a punição de alguns dirigentes demissionários e a perda de nove pontos na tabela de classificação. Após ouvir os argumentos de defesa e de acusação, a Corte de Apelação tomou decisão mais incisiva. Dessa maneira, por considerar clara e comprovada manifestação de irregularidade nos valores apresentados e, consequentemente, no balanço financeiro anual, a Juventus perdeu 15 pontos na tabela de classificação da Serie A. Quanto aos dirigentes, suas penas referem-se apenas ao âmbito esportivo nacional, mas a Corte já entrou com recurso para que Uefa e Fifa sejam notificadas e a suspensão seja abrangentes a todas as esferas do futebol.

O caso da Juventus não era exclusivo, outros clubes também eram afetados. Mas as acusações mencionadas à Sampdoria, ao Genoa, ao Parma, ao Pisa, ao Empoli, ao Pro Vercelli, ao Pescara e ao antigo Novara (refundado após falência) permanecem arquivadas, sem qualquer hipótese de reabertura do caso, desde que não haja a descoberta de novas evidências, como ocorreu com os bianconeri.

A Juventus ainda não se manifestou oficialmente após a declaração da FIGC. Com isso, a equipe cai do terceiro lugar, com 37 pontos, e ocupa a 11ª posição, com 22 pontos, empatada com Bologna e Empoli. O clube ainda pode recorrer e deverá fazer isso junto ao Colégio de Garantia do Comitê Olímpico Nacional Italiano (CONI), que irá tomar a decisão final sobre o assunto.

Veja quais as punições aplicadas pela Corte de Apelação da FIGC

  • Juventus – 15 pontos deduzidos na tabela de classificação da Serie A 2022-23;
  • Fabio Paratici – suspensão imediata de quaisquer atividades no âmbito italiano por 30 meses (dois anos e meio), com pedido de extensão de abrangência da pena para Uefa e Fifa;
  • Andrea Agnelli e Maurizio Arrivabene – suspensões imediatas de quaisquer atividades no âmbito italiano por 24 meses (dois anos), com pedido de extensão de abrangência da pena para Uefa e Fifa;
  • Federico Cherubini – suspensão imediata de quaisquer atividades no âmbito italiano por 16 meses (um ano e quatro meses), com pedido de extensão de abrangência da pena para Uefa e Fifa;
  • Pavel Nedvěd, Enrico Vellano, Paolo Garimberti, Assia Grazioli Venier, Caitlin Mary Hughes, Daniela Marilungo e Francesco Roncaglio – suspensões imediatas de quaisquer atividades esportivas no âmbito italiano por oitro meses, com pedido de extensão de abrangência da pena para Uefa e Fifa
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