Olimpíadas

Kelvin Hoefler projeta futuro para o skate brasileiro após medalha de prata: ‘É só o começo’

(Foto: Jonne Roriz/COB)

Na madrugada desse domingo (25), o skatista Kelvin Hoefler conquistou a primeira medalha do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. O brasileiro ficou com a prata no skate street, modalidade estreante em jogos olímpicos. Após a final, o atleta comentou sobre o feito histórico e fez boas projeções para o esporte em seu país natal.

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– Bem difícil de descrever, porque foram muitos anos de luta. Isso daqui representa o skate brasileiro, a nossa garra, a nossa persistência. Cara, isso aqui não é só minha não, é o skate do Brasil que merece isso aqui, merece até mais, mas isso daqui é o começo. É o começo de uma geração que está aí por vir, e amanhã tem muito mais – disse Kelvin.

Agora medalhista de prata e no topo mundial do skate, Kelvin Hoefler não teve vida fácil no começo da carreira. Emocionado, o paulista de 27 anos relembrou as dificuldades que passou quando pequeno: “Foi difícil. Vim de uma cidade pequena, não tinha o esporte. Meu pai me levando para as pistas de skate no fim de semana, ele era policial, não era fácil conciliar, foi garra. Na minha cozinha, a minha mãe quebrando prato, panela… dificuldades em casa para chegar aqui representar uma nação, é uma pressão grande. Eu acreditei, o skate acreditou, o skate abraçou”.

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Dias antes da estreia nos Jogos Olímpicos, Kelvin Hoefler acabou lesionando o ombro e a costela enquanto treinava. O brasileiro assume que a lesão havia o deixado triste, mas que lembrou das origens para tirar forças. Ainda na mesma resposta, o skatista comentou sobre a falta de favoritismo dele antes das provas serem iniciada:

– Infelizmente eu tive uma lesão nesses dias, no ombro e na costela, estava triste, mas eu lembrei de onde vim… sou coringa. Sempre fui assim. Nunca fui favorito, não serei, prefiro ser assim, sempre mantenho o pé no chão, humildade sempre.

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Mesmo em esportes individuais, um atleta não se prepara sozinho. Com Kelvin Hoefler, isso não foi diferente. O brasileiro destaca a importância da esposa Ana Paula, com que está casado há mais de 10 anos, e de Pamela Rosa, que foi a técnica do skatista:

– Converso com a minha esposa Ana Paula, ela me ajuda desde sempre, há mais de 10 anos, ela é meu tudo, sem ela, aquela motivação, dizendo ‘você precisa acertar, aguenta que você já chega em casa’. Acredito que sem a motivação dela, nada teria acontecido. E a Pamela Rosa, dando aquela motivação a a mais. Foi minha técnica. É difícil parar para pensar, o skate é individual, lifestyle, a gente faz o que quer e precisa ter alguém experiente de fora, tendo a visão da pista e ela sabe. Ela disse pra trocar manobra, tomar água, ficar na sombra, detalhes que me ajudaram muito.

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