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Keno explica falta de gols como ‘sacrifício’ para favorecer estilo de Cuca e revela não conversar muito com o treinador

Keno explica falta de gols como 'sacrifício' para favorecer estilo de Cuca e revela não conversar muito com o treinador
Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

O Atlético-MG finalmente chegou a boa fase sob o comando do técnico Cuca, vencendo os últimos três jogos com muita autoridade, sendo um pela semifinal do Campeonato Mineiro, 3 a 0 no Tombense, e outros dois pela primeira fase da Copa Libertadores, com direito a goleada por 4 a 0 sobre o Cerro Porteño na última terça-feira (4). Porém, não são todos os jogadores do Galo que estão em um ‘mar de rosas’. O atacante Keno marcou apenas um gol em nove jogos e não tem tido o mesmo protagonismo que teve na temporada passada.

Keno explica que, com a mudança no estilo de jogo com o Cuca, o atacante tem que ficar mais atrás, compondo as linhas e flutuando no meio de campo e que, assim, o jogador acaba ficando cansado e afobado para finalizar a jogada quando chega no último terço do campo.

— É diferente as formações de jogos do Sampaoli com o Cuca, só pode jogar mais no ataque, a gente corria pouco para trás e no esquema do Cuca prevê mais cada um com o seu e ter que ir até a morte. Então, ele manda a gente fazer, como com o Savarino, Marrony, o Sasha, todos. É o estilo de jogo dele, é questão de tempo para a gente adaptar. A gente acaba cansando quando chega na frente para fazer o gol, mas isso aí a gente vai ter que se adaptar, porque é o jogo dele, então isso não vai acabar atrapalhando nós não.

Além de perder o protagonismo com o estilo de jogo de Cuca, Keno ainda vê a dupla Savarino e Hulk em grande fase, fazendo sete gols e cinco assistências. Mas o jogador explica que se preocupa em fazer o seu papel dentro do campo.

— O que ele manda fazer, cada um tem que fazer o seu papel. Então, se eu estou fazendo o meu papel, Savarino faz o dele e o Hulk faz o dele. Então, independente se eu chego cansado para fazer o gol, isso acontece. Porque a gente acaba fazendo gol e abaixamos muito as linhas, isso dificulta na hora que temos o contra-ataque para sair, acaba que a gente fica um pouco abafado. O Cuca vai ter que ver o melhor pra a equipe para tentar mudar isso, mas dando certo, bola para frente.

Mesmo com dificuldades em se adaptar nesse novo estilo de jogo, Keno disse não conversar muito com o treinador e vai fazer o que ele pedir, pois ‘é preciso se sacrificar pelo clube’.

Eu não sou muito de conversar com treinador. Já trabalhei com ele no Palmeiras, mas a gente conversa pouco. Não tive essa oportunidade de falar sobre isso com ele, porque se for para correr pelo seu companheiro para ajudar a equipe você tem que fazer, se ele quer que eu faça isso, eu vou fazer. Se ele ver que eu não estou fazendo, ele vai colocar outro jogador para fazer. Então, a gente tem que fazer o que o treinador pede. Nesse último (jogo) mesmo eu corri demais para trás e quando chegava no terço do meio de campo para frente eu não tinha mais perna, porque o lateral-direito está jogando de ponta, então tem que se sacrificar pelos companheiros. Como a gente tinha feito 4 a 0 já, ele me perguntou e eu estava cansado, eu falei que estava, ele foi e me tirou. Então, uma hora você tem que correr para trás, não é só correr para frente, tem que se sacrificar pelo clube, não tem jeito não.

Falta de confiança?

Perguntado sobre uma possível falta de confiança, Keno disse que pensa no grupo em primeiro lugar e conta que teve oportunidades que poderia chutar para o gol, mas que preferiu servir o companheiro.

— Não é questão de confiança, é questão de pensar no grupo ao invés de pensar em si. Eu penso primeiro no grupo. Tinham algumas bolas que eu poderia testar elas no gol, mas eu preferi tocar, porque vi meus companheiros sozinhos. Quando o cara chuta, aí o cara é fominha. O cara faz a decisão para tentar achar o companheiro é falta de confiança. Se eu chuto aquela bola falam ‘por que viu o companheiro e não quis tocar?’ Sempre tem essa picuinha, então a preferência foi a minha. Eu pensei em tocar aquela bola ali, se eu pudesse chutar, também poderia ter chutado e meu grupo tem toda a confiança em mim. Todos sabem que não sou individualista. No ano passado, acabei sendo o maior líder de assistências do clube, então sabem que quando chego naquele pedaço de linha ali, procuro fazer o meu melhor, procuro os meus companheiros para poderem finalizar.

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