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Mais que um ídolo, um ícone: D’Alessandro se despede do futebol e do Internacional

Ricardo Rimoli/Getty Image

O ato final de D’alessandro pelo Internacional, e na sua carreira, ocorreu no último domingo (17) às 19h33. Aos 25 minutos do segundo tempo em Porto Alegre, no Estádio Beira-Rio quando o técnico Cauan de Almeida tirou o argentino para a entrada de Caio Vidal. O meia de 41 anos, recontratado no começo de janeiro justamente para fazer a sua terceira e última despedida à torcida colorada, demonstrou muita emoção, e, com ótimo desempenho, corou o “pendurar das chuteiras” com um belo gol.

Ao longo dos mais de 14 anos no clube – com pausa apenas no ano de 2016, quando optou pela disputa da temporada com a sua equipe de base, o River Plate, da Argentina – El Cabezón, como era chamado carinhosamente pelos seus companheiros e profissionais que marcaram a sua carreira,, disputou 528 jogos e marcou 96 gols com a camisa do Inter. Com o manto colorado, D’Alessandro tornou-se o segundo jogador com mais partidas disputadas pelo clube, atrás apenas do ponta- direita, Valdomiro Vaz Franco (803 jogos).

A partida contra o Fortaleza marca também um marco à carreira de D’alessandro: a aposentadoria dos gramados e agora a escolha pela nova carreira que irá exercer, seja no Futebol ou em outro meio. O argentino, contratado em 2008 do San Lorenzo, da Argentina, não tinha uma popularidade na América do Sul e no Rio Grande do Sul, principalmente. Chegou a disputar duas temporadas na Europa no Wolfsburg, da Alemanha e no Real Zaragoza, da Espanha, mas sem atingir um grande destaque, até chegar ao Internacional.

O interesse colorado à compra de D’Alessandro se deu com as grandes atuações pela camisa do San Lorenzo. A liderança dele nos clubes que atuou sempre chamou a atenção da direção colorada à época, levando à contratação do camisa 10. Em curto prazo, inclusive, já alcançou da braçadeira de capitão, com uma liderança técnica e de vestiário.

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A sua estreia, em 2008, se deu em um Gre-Nal pela Copa Sul-Americana, no estádio Beira-Rio, que terminou com o placar de 1 a 1. O confronto de dois jogos contra o maior rival, levou a conquista da classificação colorada e, posteriormente, ao título inédito da competição continental, em duelos contra o Estudiantes, da Argentina.

O simbolismo e a liderança do argentino, o “D’ale10”, se deu com tamanha efervescência no Beira-Rio, que, apesar das duas despedidas anteriores, sempre pensou-se num retorno do jogador para disputa de mais jogos com a camisa colorada. Na primeira despedida, D’alessandro deixou o Inter em busca de novos ares, com o clube vivendo um momento turbulento, culminando no rebaixamento à Série B do Brasileirão ao final da edição de 2016.

Na segunda despedida, aquela que teria muito para ser a última, ocorreu num contexto atípico: ainda sem a presença de público. Isso por conta da pandemia de Coronavírus, com o duelo contra o Palmeiras, em 19 de dezembro de 2020, sendo disputada de portões fechados. Naquela ocasião, apesar da vitória colorada por 2 a 0 sobre os paulistas, as festividades se limitaram a conteúdos audiovisuais, vistas in-loco do estádio apenas pelos atletas.

Agora, passados estes quase dois anos da sua segunda despedida, o argentino teve aquilo que sempre sonhou. Esse dia 17 de abril de 2022 é o marco final de uma longa carreira, que nunca será esquecida pelo meio-campista. A idolatria e conexão entre Internacional e D’Alessandro, afinal, se deu, também, graças a muita entrega, luta e títulos, sendo o principal a Libertadores da América de 2010, em que, inclusive, ele foi escolhido melhor jogador.

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