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Mancini exalta atuação do Corinthians em vitória e projeta duelo com o Peñarol

Corinthians Timão Vagner Mancini
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Após a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Santos, em clássico disputado na Vila Belmiro, o técnico Vagner Mancini exaltou a atuação de seus comandados. Seguindo o rodízio implementado pelo treinador, o Timão jogou com um time alternativo e foi superior ao rival, que teve um jogador expulso no primeiro tempo. Os gols foram marcados por Raul Gustavo e Lucas Piton.

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“O Corinthians fez um grande jogo desde o início. Nós sabíamos que a equipe do Santos, que joga um futebol muito rápido, deveria ser bem marcada. Eu acho que o Corinthians, dentro da estratégia de jogo, foi muito feliz desde o começo. Tivemos um volume muito bom no primeiro tempo, fizemos dois gols, tiveram outras oportunidades, não demos muito espaço ao Santos. O Santos ficou limitado a bolas longas, e muitas delas chegavam facilmente ao Cássio. Após a expulsão, o domínio foi superior, jogamos o segundo tempo dentro do campo deles, com chances reais de fazer mais gols, mas a equipe soube administrar no momento que percebeu que qualquer tipo de melhora do Santos, segurava a bola, girava fazendo os dois lados terem peso na armação. Vi como um belo jogo, acho que atingimos o que era esperado dentro da nossa proposta”, declarou o comandante em entrevista coletiva.

Pressionado pelo desempenho ruim neste início de temporada, Mancini destacou a importância do triunfo, que deu fim ao jejum do Timão na casa santista desde 2014. O treinador comemorou o bom início na dura sequência que virá pela frente, mas manteve os pés no chão. Depois do Peixe, o clube do Parque São Jorge agora encara Peñarol-URU, São Paulo e Sport Huancayo, respectivamente.

“A vitória foi muito importante para todos que vivem o clube. Um clássico, um jogo difícil, você entra com um time recheado de garotos e vence, é importante para todos. Não posso puxar orgulho ou outro sentimento para mim. Acho importante falar da evolução que o time está tendo. São sete meses de trabalho, tivemos uma queda de rendimento, e hoje vejo a equipe jogando de uma forma ofensiva e agressiva. É uma semana extremamente difícil, a gente inicia bem, mas não quer dizer muita coisa. Amanhã já seremos cobrados por performance, por vitórias e é dessa forma. Quando o treinador entende isso, lida melhor com a situação”, afirmou.

O duelo contra os uruguaios, inclusive, carrega grande importância para o Corinthians. Depois de empatar sem gols com o River Plate-PAR, o Timão precisa de um resultado positivo para se recuperar na Copa Sul-Americana. Vale lembrar que apenas o campeão do grupo avança ao mata-mata. Mancini reconheceu o peso do confronto e indicou que a escalação deve ser parecida com a que entrou em campo no Defensores del Chaco.

“Todo jogo é decisivo, é uma final e se tratando de Sul-Americana, que só um passa, a gente sabe que o Peñarol ganhou, nós empatamos, então, temos de fazer o dever de casa, isso é sabido por todos nós. Futebol te reserva surpresas e muitas vezes não. Importante que o Corinthians seja forte diante do Peñarol como foi hoje. Esse ano, o Corinthians tem muito mais vitórias do que derrotas, está amadurecendo, foram feitas algumas alternativas. Hoje, temos um time que jogou no Paraguai, outro que jogou aqui. Possivelmente, na quinta-feira, esse time do Paraguai volte a jogar”, explicou.

Com o resultado diante do Santos, o Corinthians lidera o Grupo A com 21 pontos conquistados em dez jogos e fica próximo de se garantir na próxima fase. Agora, o Timão vai a campo na quinta-feira (29), às 19h15 (de Brasília), na Neo Química Arena, para encarar o Peñarol.

Veja outras respostas de Vagner Mancini na entrevista coletiva:

João Victor
“O João foi meu atleta também no Atlético-GO e ele também atuou como zagueiro e lateral, foi bem nas duas. Vem se destacando, assim como os outros que entraram hoje. Acho que a tendência, de jogadores modernos, que fazem mais de uma função, é cada vez mais ter espaço no futebol”

Qual competição é prioridade?
“O Corinthians não pode priorizar esse ou aquele jogo. Ele tem de entrar em campo com a responsabilidade de ganhar todas as partidas. Todas têm um peso relevante para a gente, queremos utilizar da melhor maneira as equipes que estão atuando para a gente ir bem nas duas”

Mudanças para o duelo com o Peñarol
“Quando você antecipa alguma coisa soa estranho, porque estamos agora entusiasmados pela partida que o time fez. Foi feito um planejamento, não podemos mudar a todo instante. E ele vem sendo estabelecido dentro de uma sequência desgastante. Não é porque um jogador jogou bem hoje que eu vou mudar o time amanhã, e aí você começa a perder padrão de jogo. O mais importante é ser sensato, entender os processos, fazer tudo com maturidade, passar segurança ao atleta. Senão, você começa a passar insegurança aos atletas. O que chama atenção agora é exatamente isso: a segurança que os atletas jovens estão adquirindo com a ajuda dos atletas mais experientes. Eu, diversas vezes, já vi o Gil falando com Raul, com João Victor, o Fagner também, o Fábio Santos com o Piton. É importante entender tudo isso”

Possibilidade de mescla na escalação
“Essa mistura é perigosa, porque vamos enfrentar na Sul-Americana um time copeiro, acostumado a jogar uma Sul-Americana. De repente, se você mistura o time, você está de antemão demonstrando insegurança em alguns atletas e depositando uma confiança exagerada em cima de outros. Então, vou voltar a dizer. Nós temos um planejamento e vamos cumprir o planejamento. É por isso que as coisas começaram a dar certo novamente. É importante que o atleta se sinta seguro para entrar em campo e apresentar o que está sendo proposto. A gente não pode mudar de opinião porque os atletas são inteligentes para analisar o que está sendo feito também. Em cima disso, vamos seguir o trabalho”

Gestão de grupo
“Eu tenho uma gestão de grupo muito humana. Eu converso muito com o jogador, eu tenho como hábito passar para eles o que estou vendo, dou oportunidade para eles falarem. Dessa forma, a gente construiu um ambiente muito bacana. Todo muito dialoga com o treinador. Quando você traz para si essa humanização você tende a tirar mais do ser humano. Importante olhar dessa forma, porque são atletas, mas são seres humanos, que têm família. Não é só dar treino, montar equipe. Você constrói tudo que eles vão viver no dia a dia. Não é por isso que eles não são cobrados. Cada cobrança em cima de cada jogador é diferente. É importante que quando tenha duas equipes jogando que uma possa botar pressão em cima da outra. Há uma integração e isso é importante”

Boa fase de João Victor, Raul e Piton nas posições de Fagner, Gil e Fábio Santos
“Não só esses, mas todo time hoje fez um grande jogo. Cássio, Jemerson, Gabriel, Ramiro, Roni, Cauê, GP, Gustavo… Todos eles. O João, o Raul e o Piton realmente jogaram muito bem, assim como os outros que citei aqui, e isso é uma questão natural no futebol. A partir do momento que você tem um elenco que você consegue armar duas equipes, natural as performances diferentes. Amanhã, com calma, vamos falar de tudo isso. Aqueles que são mais velhos um dia foram mais novos, já participaram de momentos como esse, dos atletas que jogaram hoje. A vida vai se renovando, a vida é cíclica. Com sabedoria e justiça todos vão se encaixar. Temos uma temporada longa pela frente, todo mundo vai ter oportunidade de jogar. O mais importante é o Corinthians ter vitórias, conquistas. Assim, todo mundo vai ser reconhecido”

Relação com a diretoria
“Nós temos um dia-a-dia tão saudável e ele é saudável porque estamos todos os dias juntos. Eu encontro com Duilio, Alessandro e Roberto todos os dias. Há uma confiança muito grande de todos em cima do que vem sendo realizado. É natural, para o treinador, e eu já vivo isso há 16 anos, que todo técnico passe por situações desse tipo. A gente respeita a opinião de todo mundo. A gente sabe que o torcedor quer ganhar todas as partidas, e ele está certo, eu entendo, porque também sou um torcedor. Eu treino, eu escalo, eu oriento, mas eu também quero ganhar. Todo mundo aqui no Corinthians vive esse sentimento. A vitória gera confiança. E a gente vive de confiança na vida. Todos nós nos encontramos todos os dias e conversamos olho no olho. Não é surpresa, mas tenho de dizer que estou acostumado com isso, assim como os atletas”

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