Basquete

Marcação em Doncic, conselhos do treinador e experiência na Austrália: o início da carreira de Didi Louzada na NBA

Didi Pelicans
Divulgação/MPC Rio Comunicação

Didi Louzada chegou no New Orleans Pelicans no fim da temporada regular, mas é só sorrisos. Mesmo com a curta carreira na NBA, o ala brasileiro vê um grande passo na carreira ao chegar na maior liga de basquete do mundo. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 19, o jogador comentou vários assuntos como a estreia diante do Dallas Mavericks, a marcação em Luka Doncic e LeBron James e a experiência que teve na Austrália.

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Selecionado no Draft de 2019, Didi esteve nos Pelicans para a disputa da Summer League, mas não ficou na equipe. Para adquirir mais experiência, o ala foi emprestado ao Sidney Kings, da Austrália. Na NBL, o brasileiro atuou durante dois anos e foi um dos bons jogadores da franquia. Ao fim do contrato, o jovem retornou para New Orleans a pedido do técnico Stan Van Gundy, que gostaria de ver de perto o atleta. A experiência no país da Oceania é considerada por Didi como o grande passo na carreira até aqui.

— Os dois anos que eu estive na Austrália foram os dois anos mais importantes na minha carreira como jogador e na minha vida. Aprendi bastante por lá. Desenvolvi mais o meu jogo defensivo por lá e o meu ‘ball-handling’. Preciso continuar melhorando muito, mas nesses dois aspectos a passagem por lá me ajudou muito – comentou Didi.

Na NBA, Didi chegou aos Pelicans com a equipe praticamente sem chances de chegar aos playoffs. Mesmo com o play-in, New Orleans terminou em 11º lugar e já pensa na próxima temporada. Apesar do curto espaço para mostrar seu basquete, o ala esteve em três jogos e pode sentir de perto como é estar na liga e atuar diante de grandes jogadores. Logo na estreia, o jogo contra o Dallas Mavericks de Luka Doncic não assustou o brasileiro que marcou o esloveno e incomodou a estrela da competição.

Didi
Didi Louzada em ação pelo Sidney Kings, da NBL (Foto: BRENDON THORNE)

— Eu estava bem animado para estrear e um pouco nervoso assim como todo jogador. Entrei com um frio na barriga e logo de cara o treinador falou para marcar o Doncic. Eu fiquei muito honrado porque todos sabem como eu sou um jogador defensivo e logo de cara iria marcar um dos melhores jogadores da liga – afirmou Didi.

Com pouco tempo de casa, Didi tem conseguido um bom entrosamento com outros companheiros. Os veteranos Steven Adams e Willie Hernangomez são os favoritos do brasileiro até aqui, principalmente, pelos conselhos entregues. Experientes, os jogadores tem sido peça fundamental em uma melhor adaptação e evolução do jovem na NBA mesmo com nomes como Zion Williamson e Nickeil Alexander-Walker mais conhecidos do camisa 0.

— Tenho conseguido um bom entrosamento com a equipe. Pude conversar com o Steven Adams, o Hernan-Gomez e me fizeram sentir em casa assim como na Austrália. Acho que esse é o caminho que todo veterano tem que traçar para ajudar o rookie que está chegando na liga – continuou.

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Outro nome importante para Didi é Stan Van Gundy. O treinador dos Pelicans elogiou o brasileiro após a estreia contra os Mavericks e vem apresentando grande influência no jogo do brasileiro.

— Tem sido uma experiência boa, mesmo com curto tempo de treino. Eu tive oportunidade de conversar com ele depois do jogo de Dallas. Ele me passou como quer me ver em quadra e como é o jogo da NBA. Toda vez que eu tenho alguma dúvida, ele me auxilia, então é sempre muito bom esse apoio do Van Gundy – completou.

Confira outras respostas de Didi Louzada durante a entrevista coletiva

Pré-convocação para o Pré-Olímpico

É sempre um orgulho de representar o Brasil. Fiquei feliz em ser pré-convocado, mas ainda não sei como vai ser. preciso conversar com os Pelicans e ainda não tive esse tempo pois já cheguei jogando. Espero falar com o pessoal e espero agregar bastante o time na defesa e no ataque.

Surpresa de chegar na NBA

Foi um momento meio chocante pois eu não sabia que viria para a NBA. Eu fiquei sabendo nos dois últimos jogos na Austrália que os Pelicans me trariam de volta e não esperava por isso. Quando recebi a notícia do presidente, eu fiquei muito feliz e recebi o apoio dos meus companheiros.

Expectativas para a próxima temporada

Nós temos um elenco bem jovens como Brandon Ingram, Zion, Nickeil. Ainda não tive tempo de planejar a próxima temporada, mas vou conversar com o técnico e o pessoal da staff. Espero que possa ganhar espaço na rodagem na próxima temporada.

Evolução para 2021/22

Meu foco é melhorar o chute. Meu técnico disse que quando eu arremesso acabo indo para trás e não tenho consistência então vou procurar melhorar isso durante a offseason.

Ritmo da NBA

Eu fiquei muito nervoso contra Dallas, pude ter uma noção de como o LeBron joga. Sou muito fã, mas na hora do jogo precisamos esquecer isso. Antes dos confrontos eu estudo quem vou marcar independente de quem seja e na próxima temporada espero marcar outros como o Kyrie Irving.

De 7 para 0

A camisa 7 nos Pelicans está aposentada, então não dá para usar, mas a 0 é por causa do Wesbrook. Eu sou muito fã dele porque é um cara explosivo dentro de quadra e o número é uma homenagem.

Estilos diferentes de ligas

No Brasil, era um jogo mais fechado, mais tático. Na Austrália tinha um jogo mais fechado, tático e rápido. Mas na NBA tem um jogo mais espaçoso e muito mais rápido do que em outros países. É preciso ficar atento para fazer a marcação certa porque em questão de segundos pode dar errado.

Conversa com Petrovic

Eu comecei a jogar pela seleção brasileira em 2015 no Sul-Americano, na Venezuela. Desde então eu venho numa crescente muito grande, fui pra franca e joguei novamente o sub-16 em Bahia Blanca. Fiquei sabendo que o Petrovic estava de olho, ele me ligou e falou que estava acompanhando alguns jovens para compor a equipe adulta. Estou muito feliz em ter sido convocado de novo para a seleção.

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