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Maurício Souza destaca apoio da torcida na vitória contra o Ceará: ‘A Nação deu mais uma prova de amor ao clube e ao time’

Maurício Souza destaca apoio da torcida na vitória contra o Ceará: ‘A Nação deu mais uma prova de amor ao clube e ao time’
Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Após perder o título da Copa Libertadores da América para o Palmeiras, o Flamengo voltou a campo na noite desta terça-feira. No Maracanã, o Rubro-Negro enfrentou o Ceará, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time da Gávea levou a melhor, vencendo o duelo por 2 a 1, gols de Gabigol e Matheuzinho, com Rick descontando. Sem Renato Gaúcho, demitido na segunda-feira, coube a Maurício Souza comandar a equipe. Em entrevista coletiva, o interino exaltou Andreas Pereira, que falhou diante de Deyverson na finalíssima no último sábado. O volante teve a opção de não jogar, mas fez questão de enfrentar os cearenses.

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– Em relação ao Andreas, conversamos com ele, o deixamos à vontade. Ele fez questão de estar em campo, de jogar. Deixamos bem à vontade porque sabemos que ele foi um dos atletas que mais sentiram em função do segundo gol do Palmeiras. Mas ele mostrou personalidade e foi recompensado com bom jogo e a vitória.

Na partida desta terça-feira, o Flamengo contou com quase 50 mil rubro-negros no Maracanã. Mauricio Souza agradeceu o apoio vindo das arquibancadas.

– Na verdade sim (esperava apoio). A gente percebeu que a torcida percebeu que todos nós estávamos muito machucados com a derrota. Sabíamos que precisávamos fazer um bom jogo para termos uma resposta positiva. A Nação deu mais uma prova de amor ao clube e ao time. Fico muito feliz com o que vimos aqui no Maracanã.

Com a vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, o Flamengo garantiu a segunda colocação do Brasileirão. O Rubro-Negro soma 70 pontos, enquanto o Palmeiras, terceiro lugar, chega no máximo a 68.

O Flamengo volta a campo na próxima sexta-feira, quando encara o já rebaixado Sport, às 20h (de Brasília), na Arena Pernambuco.

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Confira outras respostas de Maurício Souza

Grupo merece respeito

– Eu acho que sábado também mostramos muita vontade de vencer. Eu sei que futebol não existe justiça. Mas o que aconteceu foi uma fatalidade. Vontade não é o ponto. O que aconteceu hoje foi que conseguimos fazer os gols, que sábado não conseguimos. E conseguimos manter um nível de concentração alto. Talvez as pessoas não saibam, mas fizemos uma viagem desgastante. Não é desculpa, é a verdade, mas é um ano bem desgastante para estes atletas. Este grupo precisa ser respeitado pela força como entrou em campo hoje e por jogar o que jogou.

– É um grupo muito profissional, que sabe o que tem que fazer. Imagina vir hoje ao Maracanã e não jogar nada com esse apoio, essa massa dando apoio para nós. Jogar pelo Flamengo, por si só, é uma motivação a parte. Não tem jeito. Estão motivados. O Diego foi muito feliz antes do jogo, agradecendo a todos que se mostrou apto a estar aqui. Só não esteve aqui hoje quem não tinha condições físicas. Então, o que falar desse grupo? Acho que vamos acabar o ano muito bem.

Time fica nervoso na hora de matar o jogo?

– Eu não sei. Na verdade, nós temos o melhor ataque do Brasil. O time que mais fez gols. Criamos demais. Mas não condiciono isso a nervosismo ou preciosismo. São momentos. Às vezes, você tem chances mais claras, outras menos. Mas se formos ver os números são extraordinários na hora de empurrar a bola para dentro.

Férias antecipadas a parte do grupo?

– Isso é uma situação que a diretoria vai decidir caso a caso. Na verdade não conversei sobre isso, eu não sei. O que me foi passado é que temos quatro jogos. Se a diretoria achar que deve antecipar férias alguém, ela vai.

O que falou antes do jogo?

– Eu falei o que eles precisavam ouvir. Mas eu acho que, independentemente do que eu falei ou o que a gente fez de preparação, este grupo mostra mais uma vez a força que tem. Repetindo: foi uma derrota traumática. Estávamos confiantes. E três dias depois, depois de uma viagem extremamente cansativa, pegamos um adversário que ganhando hoje estaria brigando pela Libertadores, um adversário difícil.

– E mostramos a força que mostramos hoje, com atletas no seu limite fisicamente falando. Isso mostra a força mental que esta equipe tem. Em relação ao Andreas conversamos com ele, o deixamos à vontade. Ele fez questão de estar em campo, de jogar. Deixamos bem à vontade porque sabemos que ele foi um dos atletas que mais sentiram em função do segundo gol do Palmeiras. Mas ele mostrou personalidade e foi recompensado com bom jogo e a vitória.

Matheuzinho

– Eu o conheço bem. Ele é um jogador extraordinário, extremamente profissional. Evoluiu muito. Principalmente nas questões defensivas. Mas tem o Isla, que é um grande jogador e não vai deixar barato, vai lutar com ele até o final para ser titular. Eu acho que o Flamengo está bem servido na posição. Hoje, o Isla não pôde jogar, e o Matheuzinho, mais uma vez, deu conta do recado. Os dois precisam estar de olhos bem abertos porque se um bobear o outro vira titular.

Mudança na marcação

– Tivemos muito pouco tempo para treinar. Se alguém acha que alguém viu hoje um time do Maurício e não do Renato, eu não concordo. Renato era um treinador que às vezes marcava individual e, às vezes, marcava zona. Eu sou adepto da marcação por zona na maior parte do jogo. Não pensem que foram 20 minutos de treino que fizeram a equipe mudar. A equipe tinha um lastro. Coisas que precisam melhorar e coisas muito boas. Eu só coloquei um pouco das minhas ideias. Porque para falar com eles eu controlo. Agora para falar das ideias de outro treinador, eu não controlo. Só por isso. Futebol existem várias formas de você chegar a uma vitória e não existe uma certa ou errada. Existe a que você controla. Tenho um vídeo para ver amanhã e várias coisas para corrigir.

Tom do discurso antes do jogo

– Foi um tom motivador. Um tom em que falei para eles que eles sabem fazer dentro de campo. Não tem outra forma a não ser se entregar. Tínhamos que dar uma resposta positiva. Podíamos estar aqui com 30, 40 mil pessoas vaiando a gente. Pelo contrário. Estavam apoiando a gente e sabíamos que isso ia acontecer. Que a maioria esmagadora ia nos apoiar. E a resposta foi a entrega. Tínhamos jogadores com cãibras, jogadores que seguraram até onde puderam.

– Eu fiz apenas duas trocas técnicas ou táticas. As outras foram por lesão. E se eu tivesse hoje eu faria, porque o time foi ao seu limite. Não porque não temos bom preparo físico, ou que o trabalho não é bom. Muito pelo contrário. Mas depois do ano que tivemos, conseguimos vir aqui enfrentar uma equipe motivada por uma vaga na Libertadores, e sair vencedor, é a prova que o trabalho está no caminho certo.

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