Automobilismo

Max Mosley, polêmico ex-presidente da FIA, morre aos 81 anos na Inglaterra

Foto: via Imago Images

Na manhã desta segunda-feira (24), o ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo, entre os anos de 1993 a 2009, Max Mosley, morreu em sua casa, no bairro de Chelsea, em Londres, na Inglaterra. A informação foi confirmada por Bernie Ecclestone, ex-CEO da Fórmula 1.

Max Mosley era uma pessoa muito polêmica no mundo da Fórmula 1. Ele era um dos donos da equipe March e foi peça chave na consolidação da associação das equipes. Aliado com Bernie Ecclestone, o empresário foi nome importante do primeiro Pacto de Concórdia, documento que passou a reger os aspectos comerciais da F1 junto à Federação Internacional de Automobilismo.

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Críticas a rival o leva a presidência da FIA

Seu nome cresceu no mundo da Fórmula 1 no polêmico acidente provocado por Alain Prost com Ayrton Senna, no GP do Japão de 1989. Na ocasião, ele criticou duramente o então presidente da FIA, Jean-Marie Balestre, por favorecer o francês, seu compatriota. Sua pressão deu certo, pois três anos depois ele estava na cadeira do rival.

Em 1994, Max Mosley se viu em um momento difícil na presidência da FIA pelas mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, no fim de semana da prova de Ímola. Com isso, ele adotou medidas de segurança mais rígidas nos autódromos e carros. Para muitos, o dirigente é o principal nome para a integridade física dos pilotos na Fórmula 1, pois após suas medidas, somente Jules Bianchi, em 2014, acabou vindo a falecer.

As polêmicas de Max Mosley aumentaram quando ele permitiu que seu amigo, Bernie Ecclestone, assumisse toda a parte comercial da Fórmula 1. Anos depois, o inglês revelou que queria uma redução severa dos orçamentos das equipes, o que fez algumas escuderias fundarem uma nova associação de equipes e confrontassem Mosley.

Orgia com tema nazista derruba dirigente

O castelo de Max Mosley começou a ruir em 2008. Um vazamento de imagens dele participando de uma orgia de temática supostamente nazista o enfraqueceu no mundo da Fórmula 1. Ele admitiu participação na orgia, mas negou que o conteúdo fizesse referência ao nazismo, mesmo com sua família tendo sido acusada de defender a ideologia.

A pressão aumentou sobre Max Mosley por parte dos adversários políticos e ele não teve mais forças para defender sua reputação. Em 2009, o dirigente deixou a presidência da FIA e deu lugar ao francês Jean Todt, ex-dirigente da Ferrari, que segue no cargo até hoje.

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